Reuters
BUENOS AIRES – Dois importantes bancos internacionais desistiram de concorrer para participar da reestruturação da dívida de US$ 88 bilhões da Argentina, divulgou o jornal La Nación nesta quarta-feira.
Segundo o jornal, duas fontes próximas às negociações disseram que o Goldman Sachs e o Morgan Stanley se retiraram, por conta de divergências sobre a proposta do governo de reduzir em 75%o valor de face dos títulos da dívida em “default”.
Autoridades do Morgan Stanley não estavam disponíveis imediatamente para falar. Um porta-voz do Goldman Sachs em Nova York afirmou que o banco não iria comentar a matéria.
O Ministério da Economia argentino disse que “existem negociações acontecendo e não temos nada a comentar”.
Se for confirmada, a decisão será um golpe para os planos de reestruturação do governo. Investidores já criticaram amplamente a postura “pegar ou largar” na oferta da dívida.
O governo argentino, que se recupera do colapso de 2002 após declarar default da sua dívida, disse que escolheria os bancos até o fim de 2003. O atraso no anúncio tem gerado especulações na mídia de que a estratégia de dívida está com problemas.
O JP Morgan e a unidade Salomon Smith Barney, do Citigroup , retiraram suas candidaturas no ano passado.
Se o Goldman Sachs e o Morgan Stanley também sairem, apenas cinco bancos ficarão na disputa: ABN Amro , Barclays , UBS , Dresdner Kleinwort Wasserstein –do Dresdner Bank — e Lehman Brothers.
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