AB
(Brasília) O governo apresentou hoje nova tabela de reajuste salarial para o funcionalismo público federal, durante reunião com lideranças sindicais no Ministério do Planejamento.
A tabela, que beneficia 905 mil servidores, corrige índices da proposta anterior, apresentada no dia 30 de março, na Mesa Permanente de Negociação.
Os representantes da categoria consideraram o aumento insuficiente. O ministro do Planejamento, Guido Mantega, afirmou que foram feitos reajustes diferenciados, representando o início de um processo de reestruturação das carreiras.
Ele destacou que os aposentados ficaram em situação melhor do que na proposta anterior. Segundo o ministro, todos os reajustes cobrem os índices de inflação.
A previsão orçamentária para o reajuste dos salários dos servidores é de R$ 1,5 bilhão. Além dos recursos do orçamento, vão ser adicionados R$ 900 milhões para reestruturação de carreiras e mais R$ 500 milhões para auxílios refeição e saúde.
Para aumentar as aposentadorias, o governo estima que vai precisar de R$ 300 a R$ 500 milhões, que deverão sair de excessos de arrecadação ou de outras rubricas orçamentárias. Mantega disse que já tem autorização do governo para a liberação dos recursos.
Segundo o ministro do Planejamento, os aumentos propostos dão ganho real de salário. Ele lembrou que o menor reajuste para o servidor da ativa ficou em 12,85%.
Para Mantega, o governo está seguindo uma política de valorização do servidor público.
A partir da próxima semana, os sindicatos que representam os servidores, incluindo as instituições federais de ensino, se reúnem para avaliar a proposta apresentada hoje.
No dia 18, está prevista uma reunião plenária em Brasília, para avaliação final da tabela.
Pela nova proposta, o menor salário de aposentado passa de R$ 690,77 para R$ 759,45, um reajuste de 9,94%.
O menor salário de nível superior sobe de R$ 1.911 para R$ 2.157. Na área educacional, o governo propõe elevar o menor salário, de R$ 682,19, para R$ 812.
Para os docentes (segundo grau), os salários de R$ 2.040,53 sobem para R$ 2.552,57. Os professores universitários que ganham R$ 4.115,72 terão os salários corrigidos para R$ 4.659,84.
Os aposentados do PCC que ganham R$ 690,77 passam, pela nova tabela, a perceber R$ 759,45 (9,94%) e os de nível superior que ganham R$ 1.580,94 terão o salário aumentado para R$ 1.740.
Fonte: Lourenço Melo – repórter da Agência Brasil