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BANCO REBAIXA BRASIL E DERRUBA MERCADOS

Gazeta do Povo

São Paulo (AE) – O mercado financeiro tinha tudo para ter um dia tranqüilo depois de o Comitê de Política Monetária (Copom) confirmar as expectativas dos analistas e cortar em 0,25 ponto porcentual a taxa Selic. Mas um relatório divulgado ontem pelo banco americano JP Morgan, reduzindo a recomendação de investimento em títulos da dívida externa brasileira e questionando a política fiscal do país, azedou o humor do mercado.

O nervosismo elevou o risco-país para o maior nível desde 29 de outubro do ano passado. Até o fim da tarde, o indicador havia subido 9,33%, para 609 pontos.

As críticas expressas no relatório – divulgado no dia de vencimento de US$ 5,1 bilhões de dívida externa brasileira – também afetaram a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), que caiu 2,57%, para 21.739 pontos. O dólar subiu 1,04%, para R$ 2,918.

O tom negativo do banco americano, ao afirmar que a qualidade fiscal do Brasil deve piorar e prejudicar o crescimento da economia, assustou os investidores, que correram para desfazer suas posições em papéis brasileiros. Com isso, o C-Bond – título mais negociado no exterior – caiu 2,61%, para 93,12% do valor de face, e o Global 40 despencou 4,2%, para 97,55%.

Para muitos especialistas, o rebaixamento dos papéis brasileiros pelo JP Morgan foi exagerado. “O desempenho fiscal de janeiro e fevereiro não foi tão bom, mas isso não quer dizer que o país não conseguirá cumprir a meta (de 4,25% do PIB)”, diz o estrategista e gerente de Risco de Mercado do Banco BNL do Brasil, Everton Gonçalves.

“Portanto, o relatório foi muito forte. E como o capital esperto procura sempre pontos de melhor rentabilidade, são nestes momentos que o mercado aproveita para fazer ajustes de portfólios”, diz ele.

Apesar das críticas ao relatório, os analistas reconhecem que o ambiente, tanto interno como externo, está mais sensível. “Por isso, a análise do JP Morgan pode ser entendida como um alerta para o governo em relação à política fiscal”, afirma o economista-chefe da Gap Asset Management, Alexandre Maia.

De acordo com ele, vários fatores devem ter contribuído para a decisão do banco americano, como a negociação do salário mínimo e o aumento para os servidores públicos federais.

O tom pessimista também potencializou o impacto no mercado brasileiro dos números de inflação nos Estados Unidos, divulgados na quarta-feira.

Os índices acima do esperado pelos analistas aumentaram a expectativa de alta nos juros americanos um pouco mais cedo do que muitos previam. Isso prejudicaria o fluxo de recursos estrangeiros para países emergentes, como o Brasil.

Outro fator que contribuiu para o nervosismo do mercado financeiro veio da China. Com o crescimento econômico do país de 9,7% apenas no primeiro trimestre deste ano e inflação de 2,8%, os analistas já começam a temer uma possível elevação dos juros chineses para conter pressões inflacionárias.

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BANCO REBAIXA BRASIL E DERRUBA MERCADOS

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São Paulo (AE) – O mercado financeiro tinha tudo para ter um dia tranqüilo depois de o Comitê de Política Monetária (Copom) confirmar as expectativas dos analistas e cortar em 0,25 ponto porcentual a taxa Selic. Mas um relatório divulgado ontem pelo banco americano JP Morgan, reduzindo a recomendação de investimento em títulos da dívida externa brasileira e questionando a política fiscal do país, azedou o humor do mercado.
O nervosismo elevou o risco-país para o maior nível desde 29 de outubro do ano passado. Até o fim da tarde, o indicador havia subido 9,33%, para 609 pontos.
As críticas expressas no relatório – divulgado no dia de vencimento de US$ 5,1 bilhões de dívida externa brasileira – também afetaram a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), que caiu 2,57%, para 21.739 pontos. O dólar subiu 1,04%, para R$ 2,918.
O tom negativo do banco americano, ao afirmar que a qualidade fiscal do Brasil deve piorar e prejudicar o crescimento da economia, assustou os investidores, que correram para desfazer suas posições em papéis brasileiros. Com isso, o C-Bond – título mais negociado no exterior – caiu 2,61%, para 93,12% do valor de face, e o Global 40 despencou 4,2%, para 97,55%.
Para muitos especialistas, o rebaixamento dos papéis brasileiros pelo JP Morgan foi exagerado. “O desempenho fiscal de janeiro e fevereiro não foi tão bom, mas isso não quer dizer que o país não conseguirá cumprir a meta (de 4,25% do PIB)”, diz o estrategista e gerente de Risco de Mercado do Banco BNL do Brasil, Everton Gonçalves.
“Portanto, o relatório foi muito forte. E como o capital esperto procura sempre pontos de melhor rentabilidade, são nestes momentos que o mercado aproveita para fazer ajustes de portfólios”, diz ele.
Apesar das críticas ao relatório, os analistas reconhecem que o ambiente, tanto interno como externo, está mais sensível. “Por isso, a análise do JP Morgan pode ser entendida como um alerta para o governo em relação à política fiscal”, afirma o economista-chefe da Gap Asset Management, Alexandre Maia.
De acordo com ele, vários fatores devem ter contribuído para a decisão do banco americano, como a negociação do salário mínimo e o aumento para os servidores públicos federais.
O tom pessimista também potencializou o impacto no mercado brasileiro dos números de inflação nos Estados Unidos, divulgados na quarta-feira.
Os índices acima do esperado pelos analistas aumentaram a expectativa de alta nos juros americanos um pouco mais cedo do que muitos previam. Isso prejudicaria o fluxo de recursos estrangeiros para países emergentes, como o Brasil.
Outro fator que contribuiu para o nervosismo do mercado financeiro veio da China. Com o crescimento econômico do país de 9,7% apenas no primeiro trimestre deste ano e inflação de 2,8%, os analistas já começam a temer uma possível elevação dos juros chineses para conter pressões inflacionárias.

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