Agricultores que tiverem perdido mais da metade da safra serão atendidos.
O Banco do Brasil anuncia hoje no Ministério da Agricultura, em Brasília, um conjunto de medidas de apoio aos produtores rurais prejudicados pela estiagem que atingiu o Sul do país, bem como às micro e pequenas empresas que atuam nos três estados da região. As ações estão alinhadas às orientações e iniciativas já adotadas pelo governo federal. No total, serão destinados ao Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, por intermédio de linhas de crédito, recursos de R$ 1,55 bilhão.
No Paraná, porém, os produtores rurais só vão poder receber os benefícios – que devem ser liberados a partir de hoje – quando a instituição receber do Ministério da Agricultura a confirmação dos municípios onde foi decretado estado de emergência. “Esperamos que ainda esta semana sejam divulgados oficialmente o nome dos 52 municípios atingidos para que possamos agilizar a aplicação das medidas”, destaca o gerente de Mercado de Agronegócios do Banco do Brasil no Paraná, Sérgio Mantovani.
Ele lembra que mesmo os produtores de municípios que não tiveram decretado o estado de emergência, mas que provarem ter sofrido perdas superiores a 50% em suas lavouras em decorrência da seca, serão atendidos pelo banco. No Paraná, o BB atende a cerca de 200 mil agricultores a cada safra com recursos para investimento, custeio e comercialização.
Entre as medidas a serem implementadas a partir de hoje pelo BB estão a convocação de até mil novos contratados, em caráter temporário, para agilizar o recebimento e processamento dos pedidos de Proagro e de prorrogação de operações de crédito rural, especialmente dos agricultores familiares, bem como a adoção de procedimento agilizado e simplificado para análise dos pedidos de prorrogação de operações de crédito rural.
O BB vai disponibilizar ainda R$ 700 milhões para custeio das lavouras de inverno, especialmente de trigo. Para o Paraná, que é o maior produtor de trigo do país, Sérgio Montovani prevê a destinação de R$ 300 milhões. O banco também estuda criar uma linha de crédito no valor de R$ 500 milhões para comercialização da safra, para dar condições ao produtor de reter a produção colhida e esperar melhores preços.
Além disso, a instituição deve oferecer um programa de crédito para retenção de matrizes e crias de bovinos e bubalinos por até 24 meses, com a imediata liberação de R$ 200 milhões, para contratação até 31 de agosto próximo.
As medidas incluem ainda o reescalonamento das dívidas das micro e pequenas empresas, mediante análise caso a caso e com prazo compatível com a sua capacidade de pagamento, e a liberação de R$ 150 milhões para capital de giro.
Fonte: Gazeta do Povo – Mirian Gasparin