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Lula quer mudar BC para diminuir juros

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já tomou a decisão de afastar Henrique Meirelles da presidência do Banco Central. O provável substituto deverá ser mesmo Murilo Portugal, secretário-executivo da Fazenda.
A mudança deverá ser feita com a reforma ministerial que está sendo preparada pelo governo. Segundo a Folha apurou, Meirelles já teria sido informado da mudança.
A troca de guarda no BC faz parte de uma mudança na política econômica que Lula se mostra disposto a fazer não só para fazer a economia voltar a crescer como para debelar a atual crise política. A volta do crescimento econômico seria o melhor remédio.
Para pôr em prática essa estratégia, Lula acha que um caminho poderia ser o de adotar o plano proposto há alguns dias pelo deputado Delfim Netto (PP-SP) durante um jantar na casa do ministro da Fazenda, Antonio Palocci.
O que encantou Lula foi o fato de Delfim ter elaborado uma proposta capaz de proporcionar o principal objetivo hoje do governo, que é o de reduzir a taxa de juros, considerado o principal entrave para o crescimento.
O plano de Delfim consiste basicamente em fazer uma emenda constitucional criando uma regra que limita o crescimento dos gastos de custeio ao teto da inflação. Ou seja, os gastos com custeio não poderiam crescer mais do que a inflação, e isso por medida constitucional. Os investimentos estariam livres desta regra. Com isso, Delfim espera zerar o déficit nominal em seis anos.
No entender de Delfim, uma emenda constitucional nesse sentido daria suficiente confiança aos agentes econômicos de que o governo iria controlar os seus gastos. Isso permitiria ao Banco Central começar a baixar os juros mais rápido do que se prevê.
Para o plano de Delfim ser bem-sucedido, a queda dos juros é fundamental. São os juros os principais responsáveis pelo déficit nominal do país, hoje na casa dos 2,5% do PIB.
Lula criou um grupo de trabalho para debater a proposta de Delfim com a sociedade. O grupo é composto pelo próprio Delfim, por Guido Mantega, presidente do BNDES, e o líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante.
Na próxima terça, o grupo terá sua primeira reunião, em Brasília, com a participação de uma série de autoridades e empresários.
Durante a discussão dessa proposta, no entanto, o governo chegou à conclusão de que Meirelles, que já está sendo investigado pelo STF (Supremo Tribunal Federal), não seria o nome mais indicado para estar à frente do BC para tocar essa mudança na política econômica. A opinião de muitos do governo é a de que Meirelles não teria força suficiente para convencer os diretores do BC da necessidade de baixar os juros.
Pouco tempo atrás, Lula chegou a convidar Fábio Barbosa, presidente do ABN Amro, para o cargo, mas ele negou. A idéia era Palocci substituir José Dirceu na Casa Civil, Murilo Portugal assumir a Fazenda e Barbosa ficar à frente do Banco Central.
O plano, no entanto, não foi para a frente. Palocci se tornaria ainda mais poderoso que é. Lula preferiu optar por Dilma Rousseff no lugar de Dirceu e equilibrar mais as forças dentro do governo.
Fonte: Folha de São Paulo – Guilherme Barros

Por 10:28 Sem categoria

Lula quer mudar BC para diminuir juros

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já tomou a decisão de afastar Henrique Meirelles da presidência do Banco Central. O provável substituto deverá ser mesmo Murilo Portugal, secretário-executivo da Fazenda.

A mudança deverá ser feita com a reforma ministerial que está sendo preparada pelo governo. Segundo a Folha apurou, Meirelles já teria sido informado da mudança.

A troca de guarda no BC faz parte de uma mudança na política econômica que Lula se mostra disposto a fazer não só para fazer a economia voltar a crescer como para debelar a atual crise política. A volta do crescimento econômico seria o melhor remédio.

Para pôr em prática essa estratégia, Lula acha que um caminho poderia ser o de adotar o plano proposto há alguns dias pelo deputado Delfim Netto (PP-SP) durante um jantar na casa do ministro da Fazenda, Antonio Palocci.

O que encantou Lula foi o fato de Delfim ter elaborado uma proposta capaz de proporcionar o principal objetivo hoje do governo, que é o de reduzir a taxa de juros, considerado o principal entrave para o crescimento.

O plano de Delfim consiste basicamente em fazer uma emenda constitucional criando uma regra que limita o crescimento dos gastos de custeio ao teto da inflação. Ou seja, os gastos com custeio não poderiam crescer mais do que a inflação, e isso por medida constitucional. Os investimentos estariam livres desta regra. Com isso, Delfim espera zerar o déficit nominal em seis anos.

No entender de Delfim, uma emenda constitucional nesse sentido daria suficiente confiança aos agentes econômicos de que o governo iria controlar os seus gastos. Isso permitiria ao Banco Central começar a baixar os juros mais rápido do que se prevê.

Para o plano de Delfim ser bem-sucedido, a queda dos juros é fundamental. São os juros os principais responsáveis pelo déficit nominal do país, hoje na casa dos 2,5% do PIB.

Lula criou um grupo de trabalho para debater a proposta de Delfim com a sociedade. O grupo é composto pelo próprio Delfim, por Guido Mantega, presidente do BNDES, e o líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante.

Na próxima terça, o grupo terá sua primeira reunião, em Brasília, com a participação de uma série de autoridades e empresários.

Durante a discussão dessa proposta, no entanto, o governo chegou à conclusão de que Meirelles, que já está sendo investigado pelo STF (Supremo Tribunal Federal), não seria o nome mais indicado para estar à frente do BC para tocar essa mudança na política econômica. A opinião de muitos do governo é a de que Meirelles não teria força suficiente para convencer os diretores do BC da necessidade de baixar os juros.

Pouco tempo atrás, Lula chegou a convidar Fábio Barbosa, presidente do ABN Amro, para o cargo, mas ele negou. A idéia era Palocci substituir José Dirceu na Casa Civil, Murilo Portugal assumir a Fazenda e Barbosa ficar à frente do Banco Central.

O plano, no entanto, não foi para a frente. Palocci se tornaria ainda mais poderoso que é. Lula preferiu optar por Dilma Rousseff no lugar de Dirceu e equilibrar mais as forças dentro do governo.

Fonte: Folha de São Paulo – Guilherme Barros

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