No último dia 27, foi inaugurada no município da Lapa, no Paraná, a primeira Escola Latino-Americana de Agroecologia. A Escola está localizado num assentamento do Movimento dos Trabalhadores sem Terra, chamado Contestado, onde atualmente residem mais de 100 famílias.

Este é um projeto, totalmente financiado pelo governo federal, que teve origem a partir do convênio de várias instituições. A iniciativa para o projeto surgiu durante o Fórum Social Mundial, realizado em janeiro deste ano, quando foi assinado um Protocolo de Intenções e Compromisso entre os governos do Paraná, da Venezuela, Universidade Federal do Paraná, dirigentes da Via Campesina Internacional e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

O objetivo da Escola é oferecer ensino superior de qualidade e gratuito, especialmente a pessoas que hoje não têm acesso a isso, transformando assim, muitos trabalhadores da terra em engenheiros agrônomos por formação. A primeira turma da Escola vai receber 100 educandos das organizações camponesas da América Latina. O objetivo é preparar uma geração de profissionais para atuar de forma permanente junto aos camponeses.

Participou da inauguração o ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rosseto; o governador Roberto Requião; os coordenadores nacional e estadual do MST, João Pedro Stédile e Roberto Baggio, respectivamente; além de deputados, vereadores e outras autoridades.

Representando os bancários, estiveram presentes os secretários de Políticas Sindicais, e de Imprensa e Comunicação, Admilson Figueiredo e José Altair Monteiro Sampaio, ambos da FETEC-CUT-PR. Também participaram da inauguração os representantes do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região, José Donizete Viana, e o representante do Sindicato na Coordenação de Movimentos Sociais (CMS), Gustavo Erwin Red.

“Proporcionar um futuro melhor a uma população humilde e carente, que deslumbra tão poucas oportunidades, é a grande relevância desta Escola. Possibilitar que pessoas de baixa renda, pessoas da terra, estudem, aprendam e usem seus conhecimentos para sua própria subsistência é o maior benefício que se pode oferecer”, afirma Admilson Figueiredo.

Durante a cerimônia de inauguração, houve uma apresentação dos moradores, contando a história do assentamento. Também foram plantadas diversas mudas, simbolizando o início da agroecologia no local, e o descerramento da placa.