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Lula garante mudança na rota dos juros

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumiu ontem com veemência a defesa do principal pilar de sustentação do seu governo: a política econômica. Sinalizou abertamente para a queda da taxa de juros, cujo alto índice é alvo de críticas da oposição e até mesmo de governistas próximos a Lula.

Segundo o presidente, os juros “têm que entrar numa rota diferentemente da que fez (até) agora”. Além disso, comparou diversos índices econômicos de seu governo com os da gestão de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), classificou de injustos os que atribuem esse desempenho à conjuntura internacional favorável e jogou a responsabilidade da conclusão da reforma tributária para os governadores. Lula discursou na abertura da Expoabras, feira internacional de produtos, serviços equipamentos e tecnologia para supermercados. Para uma platéia de empresários do setor, atacou os que classificam a política do ministro Antonio Palocci (Fazenda) de contínua à da gestão FHC. De acordo com ele, houve, ao contrários do que crêem os críticos, uma “ruptura benigna”.

“Deixamos a posição subalterna e equivocada que vinha no endividamento crescente e no acúmulo de passivos comerciais um fermento modernizador da nossa estrutura produtiva. Na verdade, o que se conseguiu, então, foi promover o acanhamento do parque industrial brasileiro, a retração do investimento, a financeirização da economia, e a devastação do emprego nas cidades, com o empobrecimento do produtor no campo. Não faz justiça ao esforço nacional quem atribui as atuais conquistas apenas e tão somente a uma conjunção externa favorável. Tal visão é tão equivocada quanto a sua contrapartida ingênua de supor que a simples abertura dos mercados seria suficiente para promover a convergência da riqueza e reduzir as assimetrias entre as Nações. Fizemos uma ruptura benigna. Cortamos as amarras com uma lógica que, nos anos 90, reservou ao país um déficit em conta corrente da ordem de US$ 188 bilhões, quase US$ 23 bilhões somente em 2001. Uma estabilidade que se apóia em um déficit de US$ 180 bilhões, na verdade, não pode ser chamada assim. O insustentável não serve de alicerce, nem para o presente e, muito menos, para o futuro”, afirmou.

Antes de Lula, o vice-governador de São Paulo, Cláudio Lembo (PFL), discursou e fez uma provocação irônica ao presidente ao falar sobre a isenção do ICMS para o trigo e derivados, concedida pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB). “Com isso eu espero que as pizzas reais sejam mais vendidas nos supermercados e as pizzas simbólicas e emblemáticas sejam afastadas da vida brasileira.” Lula aproveitou para responder no momento em que cobrava dos governadores empenho na aprovação da segunda parte da reforma tributária. “Aprovamos uma reforma tributária e a parte pertinente ao governo federal foi mais ou menos resolvida. Agora, tem que ser votada a reforma pertinente aos Estados. Muitas vezes, é preciso que haja um trabalho muito forte de vocês para convencerem os governadores e os deputados a votarem. Se dependesse da vontade apenas do governo federal, ela tinha sido votada. Agora, depende de interesses regionais e locais e, aí, cada associação precisa chamar os deputados para conversar, os governadores, e tentar definir se vai votar ou não, porque ainda tem governador que acha que o seu Estado vai crescer fazendo a guerra fiscal. Então, é preciso que haja uma combinação de esforços para que isso seja aprovado.”

Lula foi ao evento com um discurso pronto, no qual constavam basicamente os ataques à política econômica tucana e sem qualquer menção à crise política. Após fazer a leitura em cerca de dez minutos, discorreu de improviso sobre os outros temas em vinte minutos. A crise foi citada no final, mas, como todo o enfoque de sua fala, sempre relacionada à economia. “Com todo esse conflito político, se alguém achou que poderia fazer conflito político, criar conflito político, exagerar mais ou menos, achando que iria acertar a economia e que o país iria sair do trilho, caiu do cavalo, porque a economia está cada vez mais sólida e nós não vamos permitir que a crise política atrapalhe o sonho deste país de se transformar em uma grande Nação. Ela pode prejudicar um político, dois políticos, trinta políticos, mas a economia, podem ficar certos que, enquanto eu for presidente iremos enfrentar qualquer situação para não permitir que o Brasil e, sobretudo, o povo mais pobre, sofra qualquer retrocesso com mudanças na política econômica.”

Em seu programa quinzenal de rádio, o presidente voltou ontem a defender que a economia permaneça desvinculada da crise política. Ele citou dados sobre o aumento do poder de compra do salário mínimo, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e o resultado da balança comercial.

Lula destacou a importância da estabilidade econômica e dos programas sociais. “O Bolsa Família vai chegar agora a 8,7 milhões de famílias. Isso tudo é importante porque, quando você leva um pouco de dinheiro para as pessoas mais pobres, elas também viram consumidores”, sustentou.

Fonte: www.valoronline.com.br

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Lula garante mudança na rota dos juros

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumiu ontem com veemência a defesa do principal pilar de sustentação do seu governo: a política econômica. Sinalizou abertamente para a queda da taxa de juros, cujo alto índice é alvo de críticas da oposição e até mesmo de governistas próximos a Lula.
Segundo o presidente, os juros “têm que entrar numa rota diferentemente da que fez (até) agora”. Além disso, comparou diversos índices econômicos de seu governo com os da gestão de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), classificou de injustos os que atribuem esse desempenho à conjuntura internacional favorável e jogou a responsabilidade da conclusão da reforma tributária para os governadores. Lula discursou na abertura da Expoabras, feira internacional de produtos, serviços equipamentos e tecnologia para supermercados. Para uma platéia de empresários do setor, atacou os que classificam a política do ministro Antonio Palocci (Fazenda) de contínua à da gestão FHC. De acordo com ele, houve, ao contrários do que crêem os críticos, uma “ruptura benigna”.
“Deixamos a posição subalterna e equivocada que vinha no endividamento crescente e no acúmulo de passivos comerciais um fermento modernizador da nossa estrutura produtiva. Na verdade, o que se conseguiu, então, foi promover o acanhamento do parque industrial brasileiro, a retração do investimento, a financeirização da economia, e a devastação do emprego nas cidades, com o empobrecimento do produtor no campo. Não faz justiça ao esforço nacional quem atribui as atuais conquistas apenas e tão somente a uma conjunção externa favorável. Tal visão é tão equivocada quanto a sua contrapartida ingênua de supor que a simples abertura dos mercados seria suficiente para promover a convergência da riqueza e reduzir as assimetrias entre as Nações. Fizemos uma ruptura benigna. Cortamos as amarras com uma lógica que, nos anos 90, reservou ao país um déficit em conta corrente da ordem de US$ 188 bilhões, quase US$ 23 bilhões somente em 2001. Uma estabilidade que se apóia em um déficit de US$ 180 bilhões, na verdade, não pode ser chamada assim. O insustentável não serve de alicerce, nem para o presente e, muito menos, para o futuro”, afirmou.
Antes de Lula, o vice-governador de São Paulo, Cláudio Lembo (PFL), discursou e fez uma provocação irônica ao presidente ao falar sobre a isenção do ICMS para o trigo e derivados, concedida pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB). “Com isso eu espero que as pizzas reais sejam mais vendidas nos supermercados e as pizzas simbólicas e emblemáticas sejam afastadas da vida brasileira.” Lula aproveitou para responder no momento em que cobrava dos governadores empenho na aprovação da segunda parte da reforma tributária. “Aprovamos uma reforma tributária e a parte pertinente ao governo federal foi mais ou menos resolvida. Agora, tem que ser votada a reforma pertinente aos Estados. Muitas vezes, é preciso que haja um trabalho muito forte de vocês para convencerem os governadores e os deputados a votarem. Se dependesse da vontade apenas do governo federal, ela tinha sido votada. Agora, depende de interesses regionais e locais e, aí, cada associação precisa chamar os deputados para conversar, os governadores, e tentar definir se vai votar ou não, porque ainda tem governador que acha que o seu Estado vai crescer fazendo a guerra fiscal. Então, é preciso que haja uma combinação de esforços para que isso seja aprovado.”
Lula foi ao evento com um discurso pronto, no qual constavam basicamente os ataques à política econômica tucana e sem qualquer menção à crise política. Após fazer a leitura em cerca de dez minutos, discorreu de improviso sobre os outros temas em vinte minutos. A crise foi citada no final, mas, como todo o enfoque de sua fala, sempre relacionada à economia. “Com todo esse conflito político, se alguém achou que poderia fazer conflito político, criar conflito político, exagerar mais ou menos, achando que iria acertar a economia e que o país iria sair do trilho, caiu do cavalo, porque a economia está cada vez mais sólida e nós não vamos permitir que a crise política atrapalhe o sonho deste país de se transformar em uma grande Nação. Ela pode prejudicar um político, dois políticos, trinta políticos, mas a economia, podem ficar certos que, enquanto eu for presidente iremos enfrentar qualquer situação para não permitir que o Brasil e, sobretudo, o povo mais pobre, sofra qualquer retrocesso com mudanças na política econômica.”
Em seu programa quinzenal de rádio, o presidente voltou ontem a defender que a economia permaneça desvinculada da crise política. Ele citou dados sobre o aumento do poder de compra do salário mínimo, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e o resultado da balança comercial.
Lula destacou a importância da estabilidade econômica e dos programas sociais. “O Bolsa Família vai chegar agora a 8,7 milhões de famílias. Isso tudo é importante porque, quando você leva um pouco de dinheiro para as pessoas mais pobres, elas também viram consumidores”, sustentou.
Fonte: www.valoronline.com.br

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