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AL tem dez donos de emissoras

Se a representação que está nas mãos do Ministério Público Federal contra deputados federais e senadores proprietários de emissoras de rádio e televisão for estendida ao Paraná, boa parte da Assembléia Legislativa poderá ter problemas. Levantamento publicado pelo Jornal do Estado em julho deste ano revelou que quase um terço da Assembléia – ou 18 dos 54 deputados estaduais – é dono ou sócio de concessões de rádio e TV, ou atua como radialista. Como a maior parte dessas rádios e programas recebe verbas de publicidade do governo, isso poderia em tese configurar uma infração à Constituição Estadual, que proíbe deputados de manter vínculos com empresas que recebam recursos públicos.
Dos 17 relacionados no levantamento do JE, dez são donos de emissoras de rádio, e oito titulares de programas. Destes, apenas três não fazem parte da base aliada ao governo de Roberto Requião (PMDB). A lista dos proprietários de emissoras inclui o líder do governo, deputado Dobrandino da Silva (PMDB), Alexandre Curi (PMDB), Carlos Simões (PTB), Cleiton Kielse (PMDB), Geraldo Cartário (PMDB), Luiz Carlos Martins (PSDB), Ratinho Júnior (PPS). Tem também Vanderlei Iensen (PMDB), que por ocupar o cargo de chefe de gabinete do governador está licenciado da Assembléia. O mesmo acontece com o deputado Caito Quintana (PMDB), atual chefe da Casa Civil de Requião.
Na época em que a informação foi divulgada, a Comissão de Ética da Assembléia investigava denúncia feita pelo governador Roberto Requião de que o deputado Edson Praczyk (PL) teria pedido R$ 45 mil em verba da Comunicação Social do Estado para votar com o governo – a versão paranaense do mensalão. Praczyk rebateu acusando o governo de oferecer a verba em troca de apoio político. O processo foi arquivado pela Assembléia sob a alegação de falta de provas.
Outro dado importante é que o próprio presidente da Comissão de Ética responsável pela investigação do caso, deputado Nelson Garcia (PFL), é dono de emissoras de rádio no interior, que recebe verba do governo. Garcia, porém, não informou sua condição, e quando questionado, afirmou não ver impedimento.
Parte das informações sobre a “bancada do rádio” da Assembléia foi obtida em listagem oficial do Ministério das Comunicações. Outra parte foi confirmada pelos assessores dos parlamentares. Assim como no caso do Congresso Nacional, o número oficial, no entanto, também é muito menor do que a realidade. Em muitos casos, os deputados não constam como proprietários, apesar de essa condição ser pública, recorrendo a “laranjas” para evitar o registro em seu nome. Em outros, são parentes que assumem a propriedade. (IS)
Fonte: Jornal do Estado

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AL tem dez donos de emissoras

Se a representação que está nas mãos do Ministério Público Federal contra deputados federais e senadores proprietários de emissoras de rádio e televisão for estendida ao Paraná, boa parte da Assembléia Legislativa poderá ter problemas. Levantamento publicado pelo Jornal do Estado em julho deste ano revelou que quase um terço da Assembléia – ou 18 dos 54 deputados estaduais – é dono ou sócio de concessões de rádio e TV, ou atua como radialista. Como a maior parte dessas rádios e programas recebe verbas de publicidade do governo, isso poderia em tese configurar uma infração à Constituição Estadual, que proíbe deputados de manter vínculos com empresas que recebam recursos públicos.
Dos 17 relacionados no levantamento do JE, dez são donos de emissoras de rádio, e oito titulares de programas. Destes, apenas três não fazem parte da base aliada ao governo de Roberto Requião (PMDB). A lista dos proprietários de emissoras inclui o líder do governo, deputado Dobrandino da Silva (PMDB), Alexandre Curi (PMDB), Carlos Simões (PTB), Cleiton Kielse (PMDB), Geraldo Cartário (PMDB), Luiz Carlos Martins (PSDB), Ratinho Júnior (PPS). Tem também Vanderlei Iensen (PMDB), que por ocupar o cargo de chefe de gabinete do governador está licenciado da Assembléia. O mesmo acontece com o deputado Caito Quintana (PMDB), atual chefe da Casa Civil de Requião.
Na época em que a informação foi divulgada, a Comissão de Ética da Assembléia investigava denúncia feita pelo governador Roberto Requião de que o deputado Edson Praczyk (PL) teria pedido R$ 45 mil em verba da Comunicação Social do Estado para votar com o governo – a versão paranaense do mensalão. Praczyk rebateu acusando o governo de oferecer a verba em troca de apoio político. O processo foi arquivado pela Assembléia sob a alegação de falta de provas.
Outro dado importante é que o próprio presidente da Comissão de Ética responsável pela investigação do caso, deputado Nelson Garcia (PFL), é dono de emissoras de rádio no interior, que recebe verba do governo. Garcia, porém, não informou sua condição, e quando questionado, afirmou não ver impedimento.
Parte das informações sobre a “bancada do rádio” da Assembléia foi obtida em listagem oficial do Ministério das Comunicações. Outra parte foi confirmada pelos assessores dos parlamentares. Assim como no caso do Congresso Nacional, o número oficial, no entanto, também é muito menor do que a realidade. Em muitos casos, os deputados não constam como proprietários, apesar de essa condição ser pública, recorrendo a “laranjas” para evitar o registro em seu nome. Em outros, são parentes que assumem a propriedade. (IS)
Fonte: Jornal do Estado

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