Em discurso na noite desta segunda-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva desafiou adversários a compararem dados da área social no atual governo com informações de governos anteriores. “Podem comparar o que quiser: aumento de doutores, aumento de recursos para agricultura familiar”, disse. “Nossos adversários ficam irritados quando comparamos dados.”
Lula reclamou que as “coisas ruins” ficam “martelando, martelando e martelando” na mídia. Já as realizações boas do governo, disse o presidente, aparecem pouco ou apenas um dia na imprensa. Mesmo com a queda do PIB no terceiro trimestre divulgada na semana passada, o presidente demonstrou que mantém a auto-estima elevada. “Tem muita gente nervosa porque o fracasso (do governo) virou sucesso”, disse Lula, referindo-se à política social. “Muitos imaginavam que esse governo não ia dar certo. ‘Ele não sabe governar, não vai cuidar dos pobres e vai ser um fracasso’”, completou o presidente.
Aplausos e vaias
Ao participar da abertura da 5ª Conferência Nacional de Assistência Social, ele recebeu aplausos da maioria dos participantes do encontro e vaias isoladas. Estimado em cerca de mil pessoas, a platéia era formada por profissionais da área social de diversos estados.
“Muito mais que um discurso, o dia de hoje valeu não porque encontrei um grupo de homens e mulheres disposto a aplaudir ou vaiar o presidente”, comentou. “Encontrei aqui um grupo que está dizendo: presidente independentemente do governo ou do partido o que nos queremos é uma política para ajudar os pobres, e não uma política para ajudar um partido ou um governo.”
O presidente voltou a afirmar que no atual governo destinar recursos para os pobres não é um gasto, mas um investimento. Ele disse que só gosta de elogios “verdadeiros”. “São poucos os políticos que desejam apenas elogios”, salientou. “É importante ouvir elogio quando é verdadeiro, da mesma forma é importante ouvir a crítica quando é verdadeira, e dar a critica a mesma importância que aos elogios.”