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1º Acampamento Binacional une movimentos sociais

Bancários da região sul do Estado participaram no último final de semana do 1º Acampamento Binacional do Fórum Social Mundial, que aconteceu na Barra do Chuí, fronteira entre o Brasil e o Uruguai. Além de dirigentes dos Sindicatos de Rio Grande e Pelotas o evento contou com a participação da diretora da Federação dos Bancários do RS, Denise Falkenberg Corrêa. Ela participou de diversas oficinas que trataram entre outros temas de questões sobre gênero, raça e direitos humanos.
“A troca de experiências proporcionada pelo evento, simultâneo ao FSM de Caracas, ampliou os horizontes dos militantes dos movimentos sociais organizados. A realização do acampamento numa região empobrecida e muitas vezes abandonada pelo poder público, como é o caso do sul do Estado, também foi muito importante”, destacou Denise.

Marcha das Mulheres

O 1º Acampamento Binacional do FSM parou no dia 26 de janeiro para acompanhar a Marcha Mundial das Mulheres. Com faixas e gritos de protestos, por onde passava, a manifestação era aplaudida. Direito ao aborto, luta contra a violência sexista, contra a ALCA, contra a pobreza das mulheres e contra a exploraçao do corpo feminino pela mìdia, foram algumas das revindicaçoes da caminhada. A Marcha reuniu representantes de países como Argentina, Alemanha, Guatemala, Equador, além de diversas regiões do Brasil e do Uruguai.

Comunicação

O jornalista e editor da Revista Caros Amigos, José Arbex Jr, participou no dia 28 das discussões do 1º Acampamento Binacional. Arbex discorreu acerca de sua luta pela democratizacão dos meios de comunicação no eixo temático Comunicação, Educação e Meios Alternativos.

Polêmico, ele enfatizou que eventos como o 1º Acampamento Binacional são muito importantes, não pelo que representam por si, mas, pelos inúmeros encontros que proporcionam. “O Fórum mesmo não muda nada, pois ele não tem poder executivo. Mas acho que ele propicia o encontro entre pessoas, organizações e militantes. Gente que está envolvida com a luta e que pode amadurecer perspectivas, gerar novos processos de luta e ter mais clareza de sua situação. Acho o acampamento fundamental” resumiu Arbex.

Confira na íntegra a Carta dos Movimentos Sociais
presentes no 1º Acampamento Binacional do Fórum Social Mundial

Os movimentos sociais do Brasil e do Uruguai reunidos em assembléia no I Acampamento Binacional do FSM, manifestam sua posição a respeito dos seguintes temas:

ALCA: Estamos contra a Alca porque esta proposta busca transformar a América Latina numa área de dominação dos Estados Unidos e sua estratégia imperialista para o continente representa um sério perigo para os povos, subordinando às necessidades humanas ao mercado, igualmente nos manifestamos contra que os direitos humanos fundamentais (saúde, educação, moradia, reforma urbana) sejam incluídos na rodada de negociação da OMC.

Somos contra as normas que regulam a propriedade intelectual no que tange a lei de patentes e propomos que os Governos do Brasil e do Uruguai excluam este tema da agenda de negociação da OMC.

Em contra posição a ALCA propomos aos governos dos dois países que fortaleçam de fato o MERCOSUL em todos os planos, político, cultural e econômico.

Todos os acordos em nossas nações devem partir de princípios baseados no respeito aos direitos humanos, a dimensão social ao trabalho, ao respeito à soberania, a complementação produtiva e a consideração às simetrias econômicas, favorecendo aos paises menos desenvolvidos; por isso rechaçarmos o tratado de proteção de inversão firmado pelo governo Uruguaio, sobretudo, a qualquer possibilidade de firmar um tratado de livre comércio com os Estados Unidos que atente contra o mercosul, com isto queremos saudar a integração da Venezuela ao Mercosul.

EDUCAÇAO e SAÚDE: Consideramos educação e a saúde como um direito humano fundamental uma obrigação do Estado e que não pode ser tratado como mercadoria.

Consideramos as universidades públicas como uma das principais geradoras de conhecimento critico imprescindível para o desenvolvimento cultural e produtivo, e deve estar voltada para atender as necessidades sociais.

Exigimos que os Governos se comprometam com políticas de pesquisas e extensão emancipadoras dos povos.

GÊNERO: Afirmamos o feminismo o protagonismo juvenil, a livre orientação sexual, e o combate ao racismo como elementos fundamentais para a sociedade que queremos construir através de uma rede de integração entre os povos.

Consideramos positivo o processo de mudanças na América Latina em especial a eleição de um indígena na Bolívia e que o destino destas mudanças estão nas mãos dos movimentos e organizações sociais nas suas mais diversas expressões da diversidade garantindo a radicalização democrática e a autonomia dos mesmos.

Rechaçamos a política de Segurança repressiva do Governo Uruguaio e do Governo Rigotto, quando os manifestantes uruguaios rechaçavam a presença de Bush na visita ao Conesul, e quando o Governo Rigotto assassinou um sindicalista do Vale dos Sapateiros o companheiro Jair da Costa.

Exigimos dos Governos a conservação da Biodiversidade regional e controle dos lixos tóxicos jogados no meio ambiente.

Repudiamos a Bio Pirataria e exigimos o controle por parte do estado.

Exigimos do Governo Uruguaio respeito e cumprimento à reforma da Constituição onde estabelece que o patrimônio hídrico è do Estado.

DIVIDA EXTERNA: Consideramos a atual Divida Externa dos dois Paises (Brasil, Uruguai) ilegítima e injusta.

Propomos transformar esta divida em investimentos sociais como saúde, moradia, reforma urbana, reforma agrária, educação, emprego, e políticas voltadas para acabar com a exclusão social.

Rechaçamos energicamente a militarização no continente encaminhada por Bush, tais como o plano Colômbia, Panamá, e a instalação de bases Militares em nossos Paises.

Exigimos o fim da intervenção Militar no Haiti.

Exigimos o fim do Bloqueio Econômico a CUBA, bem como a libertação dos presos políticos encarcerados nos Estado Unidos.

Exigimos dos Governos do Brasil e do Uruguai o mesmo tratamento aos residentes destes dois paises, no tocante aos programas sociais à legislação trabalhista a seguridade social a representação sindical e o transporte na fronteira.

Manifestamos contrariedade a todo o tipo de discriminação, e somos favoráveis ao respeito à diversidade, as tradições e a cultura de nossos povos.

Exigimos que os governos através do Mercosul façam o debate sobre a proposta brasileira relacionada a Economia Popular e Solidária.

Os movimentos Sociais do Brasil e Uruguai decidem pela realização do segundo acampamento Binacional do Fórum Social Mundial, neste local, com isso saudamos aos governos locais, (Intendência de Rocha, Prefeitura do Chuí, Pref. Municipal de Santa Vitória do Palmar), por terem apoiado de forma concreta para a realização deste primeiro acampamento.

Os Movimentos sociais presentes ao primeiro acampamento do FSM acreditam que Um Mundo Melhor è Possível, e para isso propõem uma coordenação Binacional que represente os movimentos sociais do Brasil e do Uruguai, que possam se reunir no mínimo duas vezes por ano para tratar de temáticas e ações conjuntas.

COM ISSO VAMOS FORTALECER DE FATO A UNIÃO ENTRE OS DOIS PAÍSES.

Fonte: Feeb RS

Por 15:21 Notícias

1º Acampamento Binacional une movimentos sociais

Bancários da região sul do Estado participaram no último final de semana do 1º Acampamento Binacional do Fórum Social Mundial, que aconteceu na Barra do Chuí, fronteira entre o Brasil e o Uruguai. Além de dirigentes dos Sindicatos de Rio Grande e Pelotas o evento contou com a participação da diretora da Federação dos Bancários do RS, Denise Falkenberg Corrêa. Ela participou de diversas oficinas que trataram entre outros temas de questões sobre gênero, raça e direitos humanos.
“A troca de experiências proporcionada pelo evento, simultâneo ao FSM de Caracas, ampliou os horizontes dos militantes dos movimentos sociais organizados. A realização do acampamento numa região empobrecida e muitas vezes abandonada pelo poder público, como é o caso do sul do Estado, também foi muito importante”, destacou Denise.
Marcha das Mulheres
O 1º Acampamento Binacional do FSM parou no dia 26 de janeiro para acompanhar a Marcha Mundial das Mulheres. Com faixas e gritos de protestos, por onde passava, a manifestação era aplaudida. Direito ao aborto, luta contra a violência sexista, contra a ALCA, contra a pobreza das mulheres e contra a exploraçao do corpo feminino pela mìdia, foram algumas das revindicaçoes da caminhada. A Marcha reuniu representantes de países como Argentina, Alemanha, Guatemala, Equador, além de diversas regiões do Brasil e do Uruguai.
Comunicação
O jornalista e editor da Revista Caros Amigos, José Arbex Jr, participou no dia 28 das discussões do 1º Acampamento Binacional. Arbex discorreu acerca de sua luta pela democratizacão dos meios de comunicação no eixo temático Comunicação, Educação e Meios Alternativos.
Polêmico, ele enfatizou que eventos como o 1º Acampamento Binacional são muito importantes, não pelo que representam por si, mas, pelos inúmeros encontros que proporcionam. “O Fórum mesmo não muda nada, pois ele não tem poder executivo. Mas acho que ele propicia o encontro entre pessoas, organizações e militantes. Gente que está envolvida com a luta e que pode amadurecer perspectivas, gerar novos processos de luta e ter mais clareza de sua situação. Acho o acampamento fundamental” resumiu Arbex.
Confira na íntegra a Carta dos Movimentos Sociais
presentes no 1º Acampamento Binacional do Fórum Social Mundial
Os movimentos sociais do Brasil e do Uruguai reunidos em assembléia no I Acampamento Binacional do FSM, manifestam sua posição a respeito dos seguintes temas:
ALCA: Estamos contra a Alca porque esta proposta busca transformar a América Latina numa área de dominação dos Estados Unidos e sua estratégia imperialista para o continente representa um sério perigo para os povos, subordinando às necessidades humanas ao mercado, igualmente nos manifestamos contra que os direitos humanos fundamentais (saúde, educação, moradia, reforma urbana) sejam incluídos na rodada de negociação da OMC.
Somos contra as normas que regulam a propriedade intelectual no que tange a lei de patentes e propomos que os Governos do Brasil e do Uruguai excluam este tema da agenda de negociação da OMC.
Em contra posição a ALCA propomos aos governos dos dois países que fortaleçam de fato o MERCOSUL em todos os planos, político, cultural e econômico.
Todos os acordos em nossas nações devem partir de princípios baseados no respeito aos direitos humanos, a dimensão social ao trabalho, ao respeito à soberania, a complementação produtiva e a consideração às simetrias econômicas, favorecendo aos paises menos desenvolvidos; por isso rechaçarmos o tratado de proteção de inversão firmado pelo governo Uruguaio, sobretudo, a qualquer possibilidade de firmar um tratado de livre comércio com os Estados Unidos que atente contra o mercosul, com isto queremos saudar a integração da Venezuela ao Mercosul.
EDUCAÇAO e SAÚDE: Consideramos educação e a saúde como um direito humano fundamental uma obrigação do Estado e que não pode ser tratado como mercadoria.
Consideramos as universidades públicas como uma das principais geradoras de conhecimento critico imprescindível para o desenvolvimento cultural e produtivo, e deve estar voltada para atender as necessidades sociais.
Exigimos que os Governos se comprometam com políticas de pesquisas e extensão emancipadoras dos povos.
GÊNERO: Afirmamos o feminismo o protagonismo juvenil, a livre orientação sexual, e o combate ao racismo como elementos fundamentais para a sociedade que queremos construir através de uma rede de integração entre os povos.
Consideramos positivo o processo de mudanças na América Latina em especial a eleição de um indígena na Bolívia e que o destino destas mudanças estão nas mãos dos movimentos e organizações sociais nas suas mais diversas expressões da diversidade garantindo a radicalização democrática e a autonomia dos mesmos.
Rechaçamos a política de Segurança repressiva do Governo Uruguaio e do Governo Rigotto, quando os manifestantes uruguaios rechaçavam a presença de Bush na visita ao Conesul, e quando o Governo Rigotto assassinou um sindicalista do Vale dos Sapateiros o companheiro Jair da Costa.
Exigimos dos Governos a conservação da Biodiversidade regional e controle dos lixos tóxicos jogados no meio ambiente.
Repudiamos a Bio Pirataria e exigimos o controle por parte do estado.
Exigimos do Governo Uruguaio respeito e cumprimento à reforma da Constituição onde estabelece que o patrimônio hídrico è do Estado.
DIVIDA EXTERNA: Consideramos a atual Divida Externa dos dois Paises (Brasil, Uruguai) ilegítima e injusta.
Propomos transformar esta divida em investimentos sociais como saúde, moradia, reforma urbana, reforma agrária, educação, emprego, e políticas voltadas para acabar com a exclusão social.
Rechaçamos energicamente a militarização no continente encaminhada por Bush, tais como o plano Colômbia, Panamá, e a instalação de bases Militares em nossos Paises.
Exigimos o fim da intervenção Militar no Haiti.
Exigimos o fim do Bloqueio Econômico a CUBA, bem como a libertação dos presos políticos encarcerados nos Estado Unidos.
Exigimos dos Governos do Brasil e do Uruguai o mesmo tratamento aos residentes destes dois paises, no tocante aos programas sociais à legislação trabalhista a seguridade social a representação sindical e o transporte na fronteira.
Manifestamos contrariedade a todo o tipo de discriminação, e somos favoráveis ao respeito à diversidade, as tradições e a cultura de nossos povos.
Exigimos que os governos através do Mercosul façam o debate sobre a proposta brasileira relacionada a Economia Popular e Solidária.
Os movimentos Sociais do Brasil e Uruguai decidem pela realização do segundo acampamento Binacional do Fórum Social Mundial, neste local, com isso saudamos aos governos locais, (Intendência de Rocha, Prefeitura do Chuí, Pref. Municipal de Santa Vitória do Palmar), por terem apoiado de forma concreta para a realização deste primeiro acampamento.
Os Movimentos sociais presentes ao primeiro acampamento do FSM acreditam que Um Mundo Melhor è Possível, e para isso propõem uma coordenação Binacional que represente os movimentos sociais do Brasil e do Uruguai, que possam se reunir no mínimo duas vezes por ano para tratar de temáticas e ações conjuntas.
COM ISSO VAMOS FORTALECER DE FATO A UNIÃO ENTRE OS DOIS PAÍSES.
Fonte: Feeb RS

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