O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou ontem que o crédito é a base do desenvolvimento econômico e a Caixa Econômica Federal tem contribuído para a “revolução” que está acontecendo nesse segmento. As definições teriam sido feitas na solenidade de posse, fechada ao público, da nova presidente da Caixa Econômica Federal, Maria Fernanda Ramos Coelho, no gabinete do ministro. A assessoria de Mantega divulgou uma nota com algumas frases do discurso do ministro e de Maria Fernanda.
Os pronunciamentos de Mantega, e de Maria Fernanda, segundo informou a assessoria, não fizeram menção ao episódio da quebra do sigilo bancário, sem autorização judicial, de Francenildo Costa, o caseiro da residência de lobby do grupo de ex-assessores do ex-ministro Antonio Palocci, quando era prefeito de Ribeirão Preto. Costa contraditou depoimento de Palocci sobre sua participação nas reuniões realizadas nesta casa.
Esse recente episódio foi decisivo para as quedas de Palocci e de Jorge Mattoso, que presidia a Caixa Econômica desde o início do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“É inédito o volume de crédito liberado para saneamento. Os recursos, há alguns anos, eram insignificantes”, disse o ministro na solenidade de posse. Mantega, segundo a assessoria, também destacou o papel da Caixa na ampliação do crédito para habitação e no aumento do acesso de parcelas mais pobres aos serviços bancários.
O governo, segundo Mantega, “está solucionando a escassez de crédito que prejudicava o bom andamento da atividade econômica”. O texto do discurso de Maria Fernanda ressaltou que o desempenho da Caixa ficou acima das expectativas. Na expansão do crédito, que cresceu 128% entre 2002 e 2005, foram investidos R$ 35,8 bilhões para garantir acesso ao sistema financeiro de quatro milhões de brasileiros.
A Caixa, segundo sua nova presidente, está mobilizada para colaborar no esforço de ampliação dos investimentos e redução das taxas de juros. “Vamos continuar oferecendo as taxas mais competitivas do mercado, sem descuidar um só momento dos programas sociais sob nossa gestão, especialmente o Bolsa Família, cujos resultados na redução da pobreza e na melhoria das condições de vida de quase dez milhões de famílias”, afirmou Maria Fernanda.
Fonte: Valor Econômico