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Com PIB de R$ 1,9 trilhão, Brasil é a maior economia da América Latina

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil foi de R$ 1.938 bilhões em 2005. O cálculo, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi divulgado nesta quinta-feira (30). O IBGE confirma o aumento de apenas 2,3% no PIB. Mas ajuda a entender por que, apesar do crescimento magro, melhora a imagem do governo e do presidente Lula.
Graças à valorização do real, o PIB do Brasil sobe do 15º para o 11º lugar no mundo. E volta a ser o maior da América Latina.
” Economia vai mal, mas…”
Quando se examina mais de perto os números do IBGE, descobre-se que o Consumo das Famílias puxou o PIB para cima, com uma elevação de 3,1% entre 2004 e 2005. Ele totalizou R$ 1,075 trilhão do total de R$ 1,938 trilhão do PIB, passando a representar 55,5% do total.
Mais ainda: dentro do Consumo das Famílias, a massa salarial dos trabalhadores teve um crescimento real (descontada a inflação) de 5,3% no ano passado (e de 6,8% do trimestre de outubro a dezembro). As operações de crédito destinadas às pessoas físicas cresceram 36,7%.
Estes são números que se refletem em um desafogo da população e especialmente da população assalariada. No auge da ditadura militar, e do “milagre econômico”, o general Garrastazu Médici (1969-1973) dizia que “a economia vai bem, mas o povo vai mal”. Parafrazeando o general, pode-se dizer, sobre os números do IBGE, que “a economia vai mal, mas o povo vai bem” — ou pelo menos desapertou um pouco o cinto em 2005.
11ª maior economia do mundo? explicação
Medido em dólares pelo câmbio médio do ano passado (US$ 1,00 = R$2,4341), o PIB de 2005 foi de US$ 795,776 bilhões. O resultado faz o país ganhar quatro posições no ranking mundial de maiores economias do mundo, passando do 15º para o 11º lugar, segundo dados da Austing Rating, a pedido da Folha Online. O Brasil ultrapassou a Índia, a Austrália, a Holanda e o México. Ao superar este último, voltou a ser a maior economia da América Latina.
Este desempenho se deve à valorização do real ao longo do ano. Como a moeda brasileira se valorizou 20,2% em relação ao dólar, produziu-se uma espécie de “ilusão de ótica cambial”.
Corrigir a distorção, porém, é um pouco mais complicado do que deduzir esses 20,2%, até porque todas as moedas de todos os países estão sempre mudando de cotação. E a correção não faz o Brasil baixar no ranking dos PIBs, pelo contrário.
Vejamos: o PIB de um país é a soma de tudo que sua economia produz ao longo de um ano. Ocorre que um determinado produto, seja um sanduíche de mortadela ou uma casa de sala-dois quartos, por exemplo, pode ter preços que variam muito de um país para o outro. E quando se converte os preços em dólar a distorção aumenta mais ainda, pois as taxas de câmbio entre as moedas sofrem flutuações que nem sempre têm a ver com o poder de compra real — como no caso da cotação real-dólar em 2005.
O método da Paridade do Poder de Compra
Depois de quebrarem a cabeça com essa distorção, os economistas criaram um método alternativo para medir e comparar os PIBs dos países: a Paridade do Poder de Compra, ou PPC (em inglês, Purchasing Power Parity – PPP). A PPC mede quanto uma determinada moeda pode comprar em termos internacionais (normalmente em dólar), corrigindo as diferenças de preço de um país para outro e permitindo que se chegue mais perto de números realistas.
Adotado pelas Nações Unidas em 2003, a PPC passou a ser adotada pos instituições que vão do Banco Mundial à CIA americana. E apresenta resultados bem diferentes para os PIBs nacionais.
A Índia espicha, a Suíça encolhe
A tabela abaixo mostra essas diferenças. Na coluna da esquerda ela apresenta o ranking dos 30 maiores PIBs do mundo em 2005 calculados pelo câmbio oficial, conforme os dados da Austing Rating reproduzidos pela Folha Online. Na coluna da direita estão os mesmos PIBs calculados pela PPC, e o lugar que ocupam no ranking que segue este critério.
As diferenças podem ser grandes. A Índia, por exemplo, quase quintuplica o seu PIB, e passa do 14º para o quarto lugar entre as economias do mundo. Na direção oposta, a Suíça perde um quarto do seu PIB, e cai do 18º para o 35º lugar. A economia brasileira melhora a sua colocação quando medida pela Paridade do Poder de Compra: sobe duas posições no ranking, do 11º para o nono lugar. Em dólares, ela quase dobra de valor, de US$ 795 bilhões para US$ 1,580 trilhão.
Duas maneiras de medir os PIBs
As 30 maiores economias do mundo em 2005. pelo câmbio oficial do dólar e em Paridade do Poder de Compra
. PIB pelo câmbio do dólar PIB por paridade de compra
País nº US$ bilhões nº US$ bilhões
Estados Unidos 1º US$ 12.452 bi 1º US$ 12.370 bi
Japão 2º US$ 4.672 bi 3º US$ 3.867 bi
Alemanha 3º US$ 2.799 bi 5º US$ 2.446 bi
Reino Unido 4º US$ 2.196 bi 6º US$ 1.867 bi
França 5º US$ 2.113 bi 7º US$ 1.816 bi
China 6º US$ 1.909 bi 2º US$ 8.158 bi
Itália 7º US$ 1.718 bi 8º US$ 1.645 bi
Espanha 8º US$ 1.124 bi 13º US$ 1.014 bi
Canadá 9º US$ 1.106 bi 11º US$ 1.077 bi
Coréia do Sul 10º US$ 799 bi 14º US$ 983 bi
Brasil 11º US$ 795 bi 9º US$ 1.580 bi
Rússia 12º US$ 772 bi 10º US$ 1.535 bi
México 13º US$ 758 bi 12º US$ 1.066 bi
Índia 14º US$ 746 bi 4º US$ 3.678 bi
Austrália 15º US$ 683 bi 16º US$ 643 bi
Holanda 16º US$ 622 bi 23º US$ 500 bi
Bélgica 17º US$ 365 bi 29º US$ 329 bi
Suíça 18º US$ 364 bi 35º US$ 262 bi
Suécia 19º US$ 354 bi 34º US$ 266 bi
Turquia 20º US$ 353 bi 19º US$ 552 bi
Taiwan 21º US$ 330 bi 17º US$ 611 bi
Arábia Saudita 22º US$ 314 bi 27º US$ 340 bi
Áustria 23º US$ 306 bi 33º US$ 269 bi
Noruega 24º US$ 294 bi 42º US$ 195 bi
Polônia 25º US$ 285 bi 24º US$ 489 bi
Indonésia 26º US$ 270 bi 15º US$ 899 bi
Dinamarca 27º US$ 252 bi 45º US$ 182 bi
África do Sul 28º US$ 234 bi 22º US$ 527 bi
Grécia 29º US$ 219 bi 39º US$ 243 bi
Irã 30º US$ 203 bi 18º US$ 552 bi
Nota: Na lista por poder de paridade de compra, a Tailândia é a economia número 20, SArgentina 21, Filipinas 25, Paquistão 26, Egito 28, Ucrânia 30, Colômbia 31, Bangladesh 32, Hong Kong 36, Vietnã 37, Malásia 38, Atgélia 40, Portugal 41, Romênia 43, Rep. Tcheca 44,
Peso da agricultura se reduziu
Com relação às participações de cada setor de atividade, a agropecuária viu a sua fatia recuar: tinha 10,1% do PIB em 2004 , passou para 8,4% em 2005 (sem contar os impostos). O setor cresceu apenas 0,8%, vítima de secas e da febre aftosa no Mato Grosso do Sul. Foi o menor crescimento desde 1997.
Já a indústria extrativa mineral disparou, com crescimento de 10,9%, puxado pelo petróleo e gás, com 11,4%. A indústria como um todo engordou sua fatia do PIB, passando de 38,3% para 40,0%. O maior setor, o de serviços, se manteve estável em 51,6% do PIB.
A taxa de investimentos em 2005 somou R$ 385,9 bilhões, correspondendo a 19,9% do PIB. É a maior taxa de investimentos no país desde 1997. No entanto, o volume de investimentos cresceu a um ritmo bem menor do que o registrado em 2004. Segundo o IBGE, os investimentos subiram 1,6% em 2005, contra 10,9% em 2004.
O Setor Externo teve perda de peso, em relação a 2004, devido a apreciação do Real frente ao dólar. As Exportações contribuíram com 16,8%, em 2005, contra 18,0% em 2004. As Importações alcançaram 12,4%, no ano passado, contra 13,4% em 2004.
NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.vermelho.org.br.

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Com PIB de R$ 1,9 trilhão, Brasil é a maior economia da América Latina

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil foi de R$ 1.938 bilhões em 2005. O cálculo, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi divulgado nesta quinta-feira (30). O IBGE confirma o aumento de apenas 2,3% no PIB. Mas ajuda a entender por que, apesar do crescimento magro, melhora a imagem do governo e do presidente Lula.

Graças à valorização do real, o PIB do Brasil sobe do 15º para o 11º lugar no mundo. E volta a ser o maior da América Latina.

” Economia vai mal, mas…”

Quando se examina mais de perto os números do IBGE, descobre-se que o Consumo das Famílias puxou o PIB para cima, com uma elevação de 3,1% entre 2004 e 2005. Ele totalizou R$ 1,075 trilhão do total de R$ 1,938 trilhão do PIB, passando a representar 55,5% do total.

Mais ainda: dentro do Consumo das Famílias, a massa salarial dos trabalhadores teve um crescimento real (descontada a inflação) de 5,3% no ano passado (e de 6,8% do trimestre de outubro a dezembro). As operações de crédito destinadas às pessoas físicas cresceram 36,7%.

Estes são números que se refletem em um desafogo da população e especialmente da população assalariada. No auge da ditadura militar, e do “milagre econômico”, o general Garrastazu Médici (1969-1973) dizia que “a economia vai bem, mas o povo vai mal”. Parafrazeando o general, pode-se dizer, sobre os números do IBGE, que “a economia vai mal, mas o povo vai bem” — ou pelo menos desapertou um pouco o cinto em 2005.

11ª maior economia do mundo? explicação

Medido em dólares pelo câmbio médio do ano passado (US$ 1,00 = R$2,4341), o PIB de 2005 foi de US$ 795,776 bilhões. O resultado faz o país ganhar quatro posições no ranking mundial de maiores economias do mundo, passando do 15º para o 11º lugar, segundo dados da Austing Rating, a pedido da Folha Online. O Brasil ultrapassou a Índia, a Austrália, a Holanda e o México. Ao superar este último, voltou a ser a maior economia da América Latina.

Este desempenho se deve à valorização do real ao longo do ano. Como a moeda brasileira se valorizou 20,2% em relação ao dólar, produziu-se uma espécie de “ilusão de ótica cambial”.

Corrigir a distorção, porém, é um pouco mais complicado do que deduzir esses 20,2%, até porque todas as moedas de todos os países estão sempre mudando de cotação. E a correção não faz o Brasil baixar no ranking dos PIBs, pelo contrário.

Vejamos: o PIB de um país é a soma de tudo que sua economia produz ao longo de um ano. Ocorre que um determinado produto, seja um sanduíche de mortadela ou uma casa de sala-dois quartos, por exemplo, pode ter preços que variam muito de um país para o outro. E quando se converte os preços em dólar a distorção aumenta mais ainda, pois as taxas de câmbio entre as moedas sofrem flutuações que nem sempre têm a ver com o poder de compra real — como no caso da cotação real-dólar em 2005.

O método da Paridade do Poder de Compra

Depois de quebrarem a cabeça com essa distorção, os economistas criaram um método alternativo para medir e comparar os PIBs dos países: a Paridade do Poder de Compra, ou PPC (em inglês, Purchasing Power Parity – PPP). A PPC mede quanto uma determinada moeda pode comprar em termos internacionais (normalmente em dólar), corrigindo as diferenças de preço de um país para outro e permitindo que se chegue mais perto de números realistas.

Adotado pelas Nações Unidas em 2003, a PPC passou a ser adotada pos instituições que vão do Banco Mundial à CIA americana. E apresenta resultados bem diferentes para os PIBs nacionais.

A Índia espicha, a Suíça encolhe

A tabela abaixo mostra essas diferenças. Na coluna da esquerda ela apresenta o ranking dos 30 maiores PIBs do mundo em 2005 calculados pelo câmbio oficial, conforme os dados da Austing Rating reproduzidos pela Folha Online. Na coluna da direita estão os mesmos PIBs calculados pela PPC, e o lugar que ocupam no ranking que segue este critério.

As diferenças podem ser grandes. A Índia, por exemplo, quase quintuplica o seu PIB, e passa do 14º para o quarto lugar entre as economias do mundo. Na direção oposta, a Suíça perde um quarto do seu PIB, e cai do 18º para o 35º lugar. A economia brasileira melhora a sua colocação quando medida pela Paridade do Poder de Compra: sobe duas posições no ranking, do 11º para o nono lugar. Em dólares, ela quase dobra de valor, de US$ 795 bilhões para US$ 1,580 trilhão.

Duas maneiras de medir os PIBs
As 30 maiores economias do mundo em 2005. pelo câmbio oficial do dólar e em Paridade do Poder de Compra

. PIB pelo câmbio do dólar PIB por paridade de compra
País nº US$ bilhões nº US$ bilhões
Estados Unidos 1º US$ 12.452 bi 1º US$ 12.370 bi
Japão 2º US$ 4.672 bi 3º US$ 3.867 bi
Alemanha 3º US$ 2.799 bi 5º US$ 2.446 bi
Reino Unido 4º US$ 2.196 bi 6º US$ 1.867 bi
França 5º US$ 2.113 bi 7º US$ 1.816 bi
China 6º US$ 1.909 bi 2º US$ 8.158 bi
Itália 7º US$ 1.718 bi 8º US$ 1.645 bi
Espanha 8º US$ 1.124 bi 13º US$ 1.014 bi
Canadá 9º US$ 1.106 bi 11º US$ 1.077 bi
Coréia do Sul 10º US$ 799 bi 14º US$ 983 bi
Brasil 11º US$ 795 bi 9º US$ 1.580 bi
Rússia 12º US$ 772 bi 10º US$ 1.535 bi
México 13º US$ 758 bi 12º US$ 1.066 bi
Índia 14º US$ 746 bi 4º US$ 3.678 bi
Austrália 15º US$ 683 bi 16º US$ 643 bi
Holanda 16º US$ 622 bi 23º US$ 500 bi
Bélgica 17º US$ 365 bi 29º US$ 329 bi
Suíça 18º US$ 364 bi 35º US$ 262 bi
Suécia 19º US$ 354 bi 34º US$ 266 bi
Turquia 20º US$ 353 bi 19º US$ 552 bi
Taiwan 21º US$ 330 bi 17º US$ 611 bi
Arábia Saudita 22º US$ 314 bi 27º US$ 340 bi
Áustria 23º US$ 306 bi 33º US$ 269 bi
Noruega 24º US$ 294 bi 42º US$ 195 bi
Polônia 25º US$ 285 bi 24º US$ 489 bi
Indonésia 26º US$ 270 bi 15º US$ 899 bi
Dinamarca 27º US$ 252 bi 45º US$ 182 bi
África do Sul 28º US$ 234 bi 22º US$ 527 bi
Grécia 29º US$ 219 bi 39º US$ 243 bi
Irã 30º US$ 203 bi 18º US$ 552 bi
Nota: Na lista por poder de paridade de compra, a Tailândia é a economia número 20, SArgentina 21, Filipinas 25, Paquistão 26, Egito 28, Ucrânia 30, Colômbia 31, Bangladesh 32, Hong Kong 36, Vietnã 37, Malásia 38, Atgélia 40, Portugal 41, Romênia 43, Rep. Tcheca 44,

Peso da agricultura se reduziu

Com relação às participações de cada setor de atividade, a agropecuária viu a sua fatia recuar: tinha 10,1% do PIB em 2004 , passou para 8,4% em 2005 (sem contar os impostos). O setor cresceu apenas 0,8%, vítima de secas e da febre aftosa no Mato Grosso do Sul. Foi o menor crescimento desde 1997.

Já a indústria extrativa mineral disparou, com crescimento de 10,9%, puxado pelo petróleo e gás, com 11,4%. A indústria como um todo engordou sua fatia do PIB, passando de 38,3% para 40,0%. O maior setor, o de serviços, se manteve estável em 51,6% do PIB.

A taxa de investimentos em 2005 somou R$ 385,9 bilhões, correspondendo a 19,9% do PIB. É a maior taxa de investimentos no país desde 1997. No entanto, o volume de investimentos cresceu a um ritmo bem menor do que o registrado em 2004. Segundo o IBGE, os investimentos subiram 1,6% em 2005, contra 10,9% em 2004.

O Setor Externo teve perda de peso, em relação a 2004, devido a apreciação do Real frente ao dólar. As Exportações contribuíram com 16,8%, em 2005, contra 18,0% em 2004. As Importações alcançaram 12,4%, no ano passado, contra 13,4% em 2004.

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