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Juros bancários mantêm trajetória de queda, mas o “spread” engorda

Depois de um soluço em fevereiro, as taxas de juros dos empréstimos bancários retomaram a trajetória de queda em março, segundo dados divulgados ontem pelo Banco Central. Mas os bancos ainda não repassaram para os clientes os ganhos obtidos com o afrouxamento dos juros colocado em prática pela autoridade monetária a partir de setembro de 2005.

Em março, os juros médios cobrados pelos bancos das famílias e empresas recuaram de 46,2% para 45,7% ao ano. A queda foi mais acentuada nas operações fechadas com pessoas jurídicas (queda de 31,6% para 30,7%, sempre em termos anuais) do que de pessoas físicas (59,2% para 59%).

Desde maio de 2005, quando o mercado começou a antecipar a queda dos juros básicos que ocorreria poucos meses depois, o custo de captação dos bancos começou a cair. Até março, a queda acumulada é de de 3,8 pontos percentuais, mas as taxas cobradas dos tomadores finais de crédito foi reduzida em só 2,1 pontos. A diferença ficou com os bancos, que elevaram o “spread” de 28,4 pp. para 30,1 pontos.

O aumento dos spreads vem chamando a atenção porque, em épocas de afrouxamento da política monetária, o que costuma ocorrer é justamente o contrário, já que o ciclo expansionista da economia tende a reduz os riscos de inadimplência. “Os juros cobrados pelos bancos não estão caindo na proporção que se esperava porque os novos empréstimos estão sendo tomados em linhas de crédito mais caras, como a conta garantida, no caso das pessoas jurídicas”, avalia o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes.

Há também, afirma, o efeito do crescimento da participação de mercado de algumas instituições que cobram taxas de juros mais elevadas. É o caso, por exemplo, do crédito consignado, o segmento mais dinâmico e barato do mercado para as pessoas físicas, que registrou em março um aumento das taxas, de 36,5% para 37,1%.

Há espaço, porém, para quedas no spread bancário no futuro, aposta Lopes. O spread cobrado das famílias em março, de 44%, ainda pode cair um pouco para chegar ao valor mais baixo da história – 42,6% -, registrado em abril de 2005. No caso das empresas, o spread de março, de 30,1 pontos percentuais, está ainda mais distante do se nível histórico mais baixo, de 25,3 pontos, observado em maio de 2001.

Os volumes de crédito mantiveram o ritmo de expansão em março, chegando a 31,6% do Produto Interno Bruto (PIB), ante 31,2% observados em fevereiro. O volume total de crédito chegou a R$ 623, 904 bilhões, numa alta de 1,4% em relação ao mês anterior. A parte mais dinâmica do mercado continua a ser os empréstimos com taxas livremente pactuadas pelo mercado, que cresceram 1,6%; o crédito direcionado teve uma expansão de apenas 1,1% no período.

O que puxa o crédito direcionado é, sobretudo, a atuação da Caixa Econômica Federal na área de habitação. A carteira do sistema financeiro cresceu 2,5% em março. Os bancos públicos – sobretudo Caixa – tiveram um crescimento de 3,6%; a carteira dos bancos privados nacionais ficou praticamente estável, com um avanço simbólico de 0,1%; nos bancos estrangeiros, o crédito encolheu 0,8% no mês.

Fonte: VALOR ECONÔMICO

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Juros bancários mantêm trajetória de queda, mas o “spread” engorda

Depois de um soluço em fevereiro, as taxas de juros dos empréstimos bancários retomaram a trajetória de queda em março, segundo dados divulgados ontem pelo Banco Central. Mas os bancos ainda não repassaram para os clientes os ganhos obtidos com o afrouxamento dos juros colocado em prática pela autoridade monetária a partir de setembro de 2005.
Em março, os juros médios cobrados pelos bancos das famílias e empresas recuaram de 46,2% para 45,7% ao ano. A queda foi mais acentuada nas operações fechadas com pessoas jurídicas (queda de 31,6% para 30,7%, sempre em termos anuais) do que de pessoas físicas (59,2% para 59%).
Desde maio de 2005, quando o mercado começou a antecipar a queda dos juros básicos que ocorreria poucos meses depois, o custo de captação dos bancos começou a cair. Até março, a queda acumulada é de de 3,8 pontos percentuais, mas as taxas cobradas dos tomadores finais de crédito foi reduzida em só 2,1 pontos. A diferença ficou com os bancos, que elevaram o “spread” de 28,4 pp. para 30,1 pontos.
O aumento dos spreads vem chamando a atenção porque, em épocas de afrouxamento da política monetária, o que costuma ocorrer é justamente o contrário, já que o ciclo expansionista da economia tende a reduz os riscos de inadimplência. “Os juros cobrados pelos bancos não estão caindo na proporção que se esperava porque os novos empréstimos estão sendo tomados em linhas de crédito mais caras, como a conta garantida, no caso das pessoas jurídicas”, avalia o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes.
Há também, afirma, o efeito do crescimento da participação de mercado de algumas instituições que cobram taxas de juros mais elevadas. É o caso, por exemplo, do crédito consignado, o segmento mais dinâmico e barato do mercado para as pessoas físicas, que registrou em março um aumento das taxas, de 36,5% para 37,1%.
Há espaço, porém, para quedas no spread bancário no futuro, aposta Lopes. O spread cobrado das famílias em março, de 44%, ainda pode cair um pouco para chegar ao valor mais baixo da história – 42,6% -, registrado em abril de 2005. No caso das empresas, o spread de março, de 30,1 pontos percentuais, está ainda mais distante do se nível histórico mais baixo, de 25,3 pontos, observado em maio de 2001.
Os volumes de crédito mantiveram o ritmo de expansão em março, chegando a 31,6% do Produto Interno Bruto (PIB), ante 31,2% observados em fevereiro. O volume total de crédito chegou a R$ 623, 904 bilhões, numa alta de 1,4% em relação ao mês anterior. A parte mais dinâmica do mercado continua a ser os empréstimos com taxas livremente pactuadas pelo mercado, que cresceram 1,6%; o crédito direcionado teve uma expansão de apenas 1,1% no período.
O que puxa o crédito direcionado é, sobretudo, a atuação da Caixa Econômica Federal na área de habitação. A carteira do sistema financeiro cresceu 2,5% em março. Os bancos públicos – sobretudo Caixa – tiveram um crescimento de 3,6%; a carteira dos bancos privados nacionais ficou praticamente estável, com um avanço simbólico de 0,1%; nos bancos estrangeiros, o crédito encolheu 0,8% no mês.
Fonte: VALOR ECONÔMICO

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