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Banco do Brasil decide disputar crédito imobiliário

Os acionistas do Banco do Brasil aprovaram, em assembléia geral extraordinária, a criação de uma carteira de crédito imobiliário, no primeiro passo concreto da instituição para operar nesse mercado. Paralelamente, o banco também publicou um edital chamando empresas a apresentarem soluções em programas de computador e em prestação de serviços para atender às necessidades do banco na área de financiamento à habitação.
O início das operações dependerá, entretanto, do sinal verde do Banco Central, a quem caberá aprovar a criação de uma carteira de crédito imobiliário. A idéia é que a atividade seja abrigada dentro do próprio banco múltiplo, dispensando a criação de nova empresa no conglomerado do BB.
Desde fins de 2005 o banco estuda com profundidade o seu ingresso no mercado de crédito imobiliário. Tradicionalmente, nos bancos públicos federais, esse era um nicho explorado exclusivamente pela Caixa Econômica Federal.
Na assembléia, ocorrida na sexta-feira, a diretoria do banco defendeu perante seus acionistas o argumento de que o crédito imobiliário é uma importante ferramenta para fidelizar clientes, ao estabelecer com eles um relacionamento de longo prazo.
Os principais concorrentes do BB – os grandes bancos privados de varejo – estão avançando de forma acelerada neste mercado. Em 2005, o volume de financiamentos habitacionais chegou a R$ 4,8 bilhões, lembrou o presidente do BCB, Rossano Maranhão, em carta aos acionistas do BB; no primeiro trimestre de 2006, cresceu 74% em relação ao mesmo período de 2005, chegando a R$ 1,574 bilhão.
Maranhão argumentou que o governo tomou uma série de iniciativas que mitigaram os riscos dessa modalidade de crédito, como o patrimônio de afetação e a exigência de pagamento dos valores incontroversos, quando há discussões judiciais sobre as parcelas do financiamento.
O BB, ao entrar no crédito imobiliário, procura também solucionar um problema concreto. A Previ, o fundo de previdência patrocinado pela instituição, vem cobrando do banco uma solução para oferecer crédito aos seus funcionários. Chegou, inclusive, a ensaiar negociações com a Caixa. O BB tem 106 mil funcionários ativos, que se constituem em uma clientela potencial bastante atrativa. Mas a intenção é abrir o produto para toda a clientela, inclusive de alta renda.
Com a aprovação da entrada no mercado de crédito imobiliário, o BB terá que decidir como fará as captações para dar suporte a essas operações. Normalmente, os bancos fazem financiamento à habitação com recursos captados em caderneta de poupança. Regulamento do Conselho Monetário Nacional (CMN) determina que 65% dos recursos captados em caderneta de poupança sejam investidos em crédito imobiliário, dentro das regras estabelecidas pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH).
Já o BB tradicionalmente faz captações na poupança rural, cujos recursos têm direcionamento obrigatório para empréstimos agrícolas. Também mantém uma parceria com a Poupex, que faz captações nas agências do BB; essa associação terá continuidade.
Assim, pelo menos em tese, parte dos recursos dirigidos ao financiamento rural será reorientada ao crédito imobiliário. Os efeitos da medida deverão ser positivos para o balanço do banco, porque irá significar uma maior pulverização de riscos em diversas áreas de atuação. Mas reduzirá o montante potencialmente disponível para empréstimos aos agricultores.
O BB era, em dezembro de 2005, o segundo banco pelo critério de captações em caderneta de poupança, segundo ranking divulgado pelo BC. Seu balanço registrava um volume de R$ 32,844 bilhões, atrás apenas da Caixa, com R$ 53,28 bilhões.
Fonte: Valor Online

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Banco do Brasil decide disputar crédito imobiliário

Os acionistas do Banco do Brasil aprovaram, em assembléia geral extraordinária, a criação de uma carteira de crédito imobiliário, no primeiro passo concreto da instituição para operar nesse mercado. Paralelamente, o banco também publicou um edital chamando empresas a apresentarem soluções em programas de computador e em prestação de serviços para atender às necessidades do banco na área de financiamento à habitação.

O início das operações dependerá, entretanto, do sinal verde do Banco Central, a quem caberá aprovar a criação de uma carteira de crédito imobiliário. A idéia é que a atividade seja abrigada dentro do próprio banco múltiplo, dispensando a criação de nova empresa no conglomerado do BB.

Desde fins de 2005 o banco estuda com profundidade o seu ingresso no mercado de crédito imobiliário. Tradicionalmente, nos bancos públicos federais, esse era um nicho explorado exclusivamente pela Caixa Econômica Federal.

Na assembléia, ocorrida na sexta-feira, a diretoria do banco defendeu perante seus acionistas o argumento de que o crédito imobiliário é uma importante ferramenta para fidelizar clientes, ao estabelecer com eles um relacionamento de longo prazo.

Os principais concorrentes do BB – os grandes bancos privados de varejo – estão avançando de forma acelerada neste mercado. Em 2005, o volume de financiamentos habitacionais chegou a R$ 4,8 bilhões, lembrou o presidente do BCB, Rossano Maranhão, em carta aos acionistas do BB; no primeiro trimestre de 2006, cresceu 74% em relação ao mesmo período de 2005, chegando a R$ 1,574 bilhão.

Maranhão argumentou que o governo tomou uma série de iniciativas que mitigaram os riscos dessa modalidade de crédito, como o patrimônio de afetação e a exigência de pagamento dos valores incontroversos, quando há discussões judiciais sobre as parcelas do financiamento.

O BB, ao entrar no crédito imobiliário, procura também solucionar um problema concreto. A Previ, o fundo de previdência patrocinado pela instituição, vem cobrando do banco uma solução para oferecer crédito aos seus funcionários. Chegou, inclusive, a ensaiar negociações com a Caixa. O BB tem 106 mil funcionários ativos, que se constituem em uma clientela potencial bastante atrativa. Mas a intenção é abrir o produto para toda a clientela, inclusive de alta renda.

Com a aprovação da entrada no mercado de crédito imobiliário, o BB terá que decidir como fará as captações para dar suporte a essas operações. Normalmente, os bancos fazem financiamento à habitação com recursos captados em caderneta de poupança. Regulamento do Conselho Monetário Nacional (CMN) determina que 65% dos recursos captados em caderneta de poupança sejam investidos em crédito imobiliário, dentro das regras estabelecidas pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH).

Já o BB tradicionalmente faz captações na poupança rural, cujos recursos têm direcionamento obrigatório para empréstimos agrícolas. Também mantém uma parceria com a Poupex, que faz captações nas agências do BB; essa associação terá continuidade.

Assim, pelo menos em tese, parte dos recursos dirigidos ao financiamento rural será reorientada ao crédito imobiliário. Os efeitos da medida deverão ser positivos para o balanço do banco, porque irá significar uma maior pulverização de riscos em diversas áreas de atuação. Mas reduzirá o montante potencialmente disponível para empréstimos aos agricultores.

O BB era, em dezembro de 2005, o segundo banco pelo critério de captações em caderneta de poupança, segundo ranking divulgado pelo BC. Seu balanço registrava um volume de R$ 32,844 bilhões, atrás apenas da Caixa, com R$ 53,28 bilhões.

Fonte: Valor Online

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