A busca por novos direitos ou pela melhora das condições dos contratos de trabalho motivou, em 2005, a realização de 69% das paralisações realizadas pelos trabalhadores brasileiros, segundo dados obtidos pelo Sistema de Acompanhamento de Greves (SAG) do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE).
Ao todo, o movimento sindical promoveu, em todo o país, no ano passado, 299 greves, número bem semelhante ao registrado em 2004 (302). O total de horas paradas ficou em cerca de 20 mil, contra 23 mil em 2004.
Apesar do predomínio do caráter propositivo das greves, em 45% das mobilizações (135) foram encontrados motivos defensivos, com os trabalhadores se colocando contra o descumprimento de direitos ou reivindicando a manutenção ou renovação de condições em vigor.
A preocupação com o reajuste salarial foi a mais constante, observada em quase metade das paralisações (141). A questão do rendimento também esteve presente em outras reivindicações, caso das lutas pela implantação de planos de cargos e salários ou de carreiras (presente em 20% dos movimentos) ou pela participação nos lucros e resultados – PLR – (exigidos em 12% das mobilizações).
Compuseram também a pauta das greves temas como auxílio-alimentação (17%), questões relativas às condições de trabalho (15%), ou o protesto por atraso no pagamento de salários (12%).
Do total de greves realizadas, 162 (54%) ocorreram na esfera pública – isto é, envolveram o funcionalismo público federal, estadual ou municipal e as empresas estatais. O caráter das reivindicações destas greves foi majoritariamente propositivo – 76%, entre o funcionalismo e 79%, nas estatais. O reajuste salarial foi motivo de 60% das paralisações dos servidores e de 50%, entre os trabalhadores das estatais.
Na esfera privada ocorreram 135 greves (45%). Desse total, 20% aconteceram nos serviços e 25% na indústria. Outras duas paralisações de bancários envolveram trabalhadores de bancos estatais e privados. Em 60% das mobilizações da esfera privada (137, incluindo a greve dos bancários), as reivindicações de caráter propositivo estiveram presentes, mas 50% delas continham também pedidos de caráter defensivo.
Reajuste salarial (36% das greves) e pagamento da participação nos lucros e resultados – PLR – (24%) foram motivos de destaque para estes trabalhadores.
Entre as mobilizações realizadas pelos empregados das indústrias, a PLR foi a reivindicação mais freqüente (35%), superando o reajuste de salários (28%). Nos serviços, porém, mesmo com o reajuste salarial presente em 44% das paralisações, uma motivação claramente defensiva – o atraso de salários – foi responsável por 42% das greves.
Fonte: Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região
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Por Mhais• 22 de maio de 2006• 10:34• Sem categoria
Trabalhadores realizaram 299 greves em 2005
A busca por novos direitos ou pela melhora das condições dos contratos de trabalho motivou, em 2005, a realização de 69% das paralisações realizadas pelos trabalhadores brasileiros, segundo dados obtidos pelo Sistema de Acompanhamento de Greves (SAG) do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE).
Ao todo, o movimento sindical promoveu, em todo o país, no ano passado, 299 greves, número bem semelhante ao registrado em 2004 (302). O total de horas paradas ficou em cerca de 20 mil, contra 23 mil em 2004.
Apesar do predomínio do caráter propositivo das greves, em 45% das mobilizações (135) foram encontrados motivos defensivos, com os trabalhadores se colocando contra o descumprimento de direitos ou reivindicando a manutenção ou renovação de condições em vigor.
A preocupação com o reajuste salarial foi a mais constante, observada em quase metade das paralisações (141). A questão do rendimento também esteve presente em outras reivindicações, caso das lutas pela implantação de planos de cargos e salários ou de carreiras (presente em 20% dos movimentos) ou pela participação nos lucros e resultados – PLR – (exigidos em 12% das mobilizações).
Compuseram também a pauta das greves temas como auxílio-alimentação (17%), questões relativas às condições de trabalho (15%), ou o protesto por atraso no pagamento de salários (12%).
Do total de greves realizadas, 162 (54%) ocorreram na esfera pública – isto é, envolveram o funcionalismo público federal, estadual ou municipal e as empresas estatais. O caráter das reivindicações destas greves foi majoritariamente propositivo – 76%, entre o funcionalismo e 79%, nas estatais. O reajuste salarial foi motivo de 60% das paralisações dos servidores e de 50%, entre os trabalhadores das estatais.
Na esfera privada ocorreram 135 greves (45%). Desse total, 20% aconteceram nos serviços e 25% na indústria. Outras duas paralisações de bancários envolveram trabalhadores de bancos estatais e privados. Em 60% das mobilizações da esfera privada (137, incluindo a greve dos bancários), as reivindicações de caráter propositivo estiveram presentes, mas 50% delas continham também pedidos de caráter defensivo.
Reajuste salarial (36% das greves) e pagamento da participação nos lucros e resultados – PLR – (24%) foram motivos de destaque para estes trabalhadores.
Entre as mobilizações realizadas pelos empregados das indústrias, a PLR foi a reivindicação mais freqüente (35%), superando o reajuste de salários (28%). Nos serviços, porém, mesmo com o reajuste salarial presente em 44% das paralisações, uma motivação claramente defensiva – o atraso de salários – foi responsável por 42% das greves.
Fonte: Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região
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