Entre a população de baixa renda, há 2,7 milhões de pessoas com propensão a comprar imóveis financiados, 18 milhões que desejam ter cartão de crédito e outros 4,5 milhões que gostariam de dispor de cheque especial, segundo estimativa feita por Paulo Secches, diretor da TNS Interscience.
Ele baseia suas projeções nos resultados da pesquisa “A Baixa Renda e o Crédito”, que a empresa apresentará no 1º Congresso Brasileiro de Meios Eletrônicos de Pagamentos em agosto, em São Paulo.
Segundo o estudo, o cartão de crédito é desejado por 19% desse segmento de renda; o cheque especial, por 13%, e o crédito imobiliário, por 7%.
A pesquisa mostra que essas pessoas conhecem, desejam e até já usaram esses instrumentos, mas muitos desistiram. Dos 456 entrevistados no Rio e em São Paulo, 38% deixaram de usar cartão de crédito e 15% abdicaram do cheque especial.
“O percentual de pessoas que já usaram esses produtos é maior do que o dos usuários atuais. É preciso entender por que eles desistiram deles.”
Uma causa provável é a informalidade do mercado de trabalho, que gera renda inconstante e leva o consumidor de baixa renda a ter medo de não conseguir quitar os débitos. Segundo a pesquisa, 52% da renda familiar nesse segmento vem do trabalho informal.
Na opinião de Secches, o problema é que faltam produtos adequados para esse segmento. “Se os bancos desenvolverem um produto correto, com limites baixos de crédito, há um grande mercado para isso.”
Juro alto
Norberto Barbedo, vice-presidente do Bradesco, considera que algumas linhas, como o crédito imobiliário, só serão acessíveis à baixa renda quando o juro estiver próximo ao praticado em outros países.
“Com juro nominal de 9% ao ano e prazos longos de financiamento, seria possível conceder crédito para esse segmento, comprometendo R$ 300 mensais de prestação”, diz. Nessas condições, daria para financiar imóveis no valor de R$ 28 mil a R$ 30 mil em um prazo de 25 anos, segundo Barbedo.
Fonte: Fenae Net
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Por Mhais• 1 de agosto de 2006• 11:10• Sem categoria
Informalidade no mercado de trabalho é entrave ao crescimento
Entre a população de baixa renda, há 2,7 milhões de pessoas com propensão a comprar imóveis financiados, 18 milhões que desejam ter cartão de crédito e outros 4,5 milhões que gostariam de dispor de cheque especial, segundo estimativa feita por Paulo Secches, diretor da TNS Interscience.
Ele baseia suas projeções nos resultados da pesquisa “A Baixa Renda e o Crédito”, que a empresa apresentará no 1º Congresso Brasileiro de Meios Eletrônicos de Pagamentos em agosto, em São Paulo.
Segundo o estudo, o cartão de crédito é desejado por 19% desse segmento de renda; o cheque especial, por 13%, e o crédito imobiliário, por 7%.
A pesquisa mostra que essas pessoas conhecem, desejam e até já usaram esses instrumentos, mas muitos desistiram. Dos 456 entrevistados no Rio e em São Paulo, 38% deixaram de usar cartão de crédito e 15% abdicaram do cheque especial.
“O percentual de pessoas que já usaram esses produtos é maior do que o dos usuários atuais. É preciso entender por que eles desistiram deles.”
Uma causa provável é a informalidade do mercado de trabalho, que gera renda inconstante e leva o consumidor de baixa renda a ter medo de não conseguir quitar os débitos. Segundo a pesquisa, 52% da renda familiar nesse segmento vem do trabalho informal.
Na opinião de Secches, o problema é que faltam produtos adequados para esse segmento. “Se os bancos desenvolverem um produto correto, com limites baixos de crédito, há um grande mercado para isso.”
Juro alto
Norberto Barbedo, vice-presidente do Bradesco, considera que algumas linhas, como o crédito imobiliário, só serão acessíveis à baixa renda quando o juro estiver próximo ao praticado em outros países.
“Com juro nominal de 9% ao ano e prazos longos de financiamento, seria possível conceder crédito para esse segmento, comprometendo R$ 300 mensais de prestação”, diz. Nessas condições, daria para financiar imóveis no valor de R$ 28 mil a R$ 30 mil em um prazo de 25 anos, segundo Barbedo.
Fonte: Fenae Net
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