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Unibanco chama a polícia para intimidar cliente insatisfeito

(Rio) O professor universitário Sérgio Gramático, correntista do Unibanco há mais de dez anos, vem fazendo protestos diários contra a empresa desde a última quarta-feira. Ele vai para a porta de agências do banco, cada dia num lugar da cidade do Rio de Janeiro, e faz um “cornetaço”, usando chapéu e nariz de palhaço e levando cartazes de protesto, acompanhado de seus dois filhos, de quatro e seis anos.

O banco não gosta deste tipo de manifestação nas redondezas de suas agências e deixa isto bem claro chamando a polícia para tentar afastar o professor e sua família. Na última quinta-feira, foi convocada a polícia bancária, criada para combater assaltos. É uma tentativa do banco de tentar intimidar o correntista, que está insatisfeito com a cobrança de tarifas em uma conta sem movimentação.

Sérgio tem uma conta-salário no Unibanco e só faz um tipo de movimentação: transferência bancária. Em mais de uma década como correntista, nunca usou nenhum produto do banco, nem movimentou a conta com cheques ou cartões magnéticos. Mesmo assim, o Unibanco descontava as tarifas. Seu gerente antigo estornava os valores, mas, com a mudança do funcionário, esta operação deixou de ser feita.

Para não ter que estornar as tarifas, o banco encontrou uma forma de justificá-las: transformou a conta-salário numa conta comum, com cheque especial, cartão magnético e cartão de crédito vinculado. Sérgio contactou o banco mais de uma vez para cancelar estes produtos, deixando claro que só desejava um talonário de guias de Transferência Bancária (TB) para poder passar o salário para sua conta principal, em outro banco. Foram feitos diversos contatos por telefone e enviados muitos comunicados por fax, sem nenhum sucesso. Até que Sérgio resolveu entregar pessoalmente – e protocolar o recebimento – uma carta em que deixa claro que só quer as guias de TB.

Depois de muito lutar pela isenção das tarifas, o professor decidiu entrar na Justiça e no Procon. Neste último, durante uma audiência de conciliação, o banco propôs estornar o dinheiro descontado – já então, um saldo devedor considerável – e isentar a conta de cobrança de tarifas. Na audiência do processo judiciário, a advogada do banco disse que este acordo não tinha validade e, portanto, não seria cumprido, alegando que “não tem valor legal, uma vez serem essas decisões de instância administrativa e não judicial”. O juiz não aceitou nenhum dos documentos apresentados por Sérgio que comprovavam a rejeição dos produtos da conta – a maioria, correspondências enviadas pelo próprio banco – e o professor perdeu a causa.

O protesto de Sérgio Gramático é pacífico: seus dois filhos pequenos o acompanham e tudo o que fazem é barulho. Mas o banco usa de truculência para tentar fazê-lo desistir. “Sou um cidadão brasileiro e mereço respeito, não estou fazendo nada além de protestar, como cidadão”, defende-se Sérgio. “Tentei negociar, entrei na justiça, mas não consegui. Ganhei a decisão administrativa, no Procon, mas perdi a judicial. Resolvi apelar para a manifestação da opinião pública”, completa.

Fonte: Feeb RJ/ES

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Unibanco chama a polícia para intimidar cliente insatisfeito

(Rio) O professor universitário Sérgio Gramático, correntista do Unibanco há mais de dez anos, vem fazendo protestos diários contra a empresa desde a última quarta-feira. Ele vai para a porta de agências do banco, cada dia num lugar da cidade do Rio de Janeiro, e faz um “cornetaço”, usando chapéu e nariz de palhaço e levando cartazes de protesto, acompanhado de seus dois filhos, de quatro e seis anos.
O banco não gosta deste tipo de manifestação nas redondezas de suas agências e deixa isto bem claro chamando a polícia para tentar afastar o professor e sua família. Na última quinta-feira, foi convocada a polícia bancária, criada para combater assaltos. É uma tentativa do banco de tentar intimidar o correntista, que está insatisfeito com a cobrança de tarifas em uma conta sem movimentação.
Sérgio tem uma conta-salário no Unibanco e só faz um tipo de movimentação: transferência bancária. Em mais de uma década como correntista, nunca usou nenhum produto do banco, nem movimentou a conta com cheques ou cartões magnéticos. Mesmo assim, o Unibanco descontava as tarifas. Seu gerente antigo estornava os valores, mas, com a mudança do funcionário, esta operação deixou de ser feita.
Para não ter que estornar as tarifas, o banco encontrou uma forma de justificá-las: transformou a conta-salário numa conta comum, com cheque especial, cartão magnético e cartão de crédito vinculado. Sérgio contactou o banco mais de uma vez para cancelar estes produtos, deixando claro que só desejava um talonário de guias de Transferência Bancária (TB) para poder passar o salário para sua conta principal, em outro banco. Foram feitos diversos contatos por telefone e enviados muitos comunicados por fax, sem nenhum sucesso. Até que Sérgio resolveu entregar pessoalmente – e protocolar o recebimento – uma carta em que deixa claro que só quer as guias de TB.
Depois de muito lutar pela isenção das tarifas, o professor decidiu entrar na Justiça e no Procon. Neste último, durante uma audiência de conciliação, o banco propôs estornar o dinheiro descontado – já então, um saldo devedor considerável – e isentar a conta de cobrança de tarifas. Na audiência do processo judiciário, a advogada do banco disse que este acordo não tinha validade e, portanto, não seria cumprido, alegando que “não tem valor legal, uma vez serem essas decisões de instância administrativa e não judicial”. O juiz não aceitou nenhum dos documentos apresentados por Sérgio que comprovavam a rejeição dos produtos da conta – a maioria, correspondências enviadas pelo próprio banco – e o professor perdeu a causa.
O protesto de Sérgio Gramático é pacífico: seus dois filhos pequenos o acompanham e tudo o que fazem é barulho. Mas o banco usa de truculência para tentar fazê-lo desistir. “Sou um cidadão brasileiro e mereço respeito, não estou fazendo nada além de protestar, como cidadão”, defende-se Sérgio. “Tentei negociar, entrei na justiça, mas não consegui. Ganhei a decisão administrativa, no Procon, mas perdi a judicial. Resolvi apelar para a manifestação da opinião pública”, completa.
Fonte: Feeb RJ/ES

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