fetec@fetecpr.com.br | (41) 3322-9885 | (41) 3324-5636

Por 13:22 Sem categoria

Sindicato de Curitiba e Região, um pilar na história do movimento sindical brasileiro, acaba de completar 65 anos de lutas

SINDICATO FAZ 65 ANOS

A história mostra que as conquistas da categoria bancária foram constantes

Várias lutas foram travadas na história do movimento sindical bancário com o intuito de realizar novas conquistas e preservar os direitos dos trabalhadores.

Em 1933, alguns trabalhadores bancários passaram a ter uma jornada de 6 horas, 36 horas semanais de trabalho. O direito foi ampliado nas greves de 1952 e 1954. Em 1958, a jornada foi estendida a todos os funcionários dos bancos.

Somente nos anos 60, com muita luta, os bancários conquistaram o repouso aos sábados, estabelecendo-se uma jornada de 30 horas semanais.

Em 1934 foi deflagrada a primeira greve geral da categoria. As principais vitórias desta greve foram a estabilidade a partir dos dois anos de trabalho, para os trabalhadores de outras categorias a estabilidade era adquirida após dez anos e a criação do IAPB – Instituto de Aposentadorias e Pensões dos Bancários. A criação do Instituto, gerido por bancários, foi realizada por meio de um decreto do presidente Getúlio Vargas. O IAPB, subordinado ao então Ministério do Trabalho Indústria e Comércio, tinha como finalidade conceder aos seus associados os benefícios de aposentadoria, pensão e assistência médica. O IAPB foi extinto em 1967, sob protesto dos bancários, com a unificação das instituições previdenciárias e criação do Instituto Nacional da Previdência Social – INPS.

O salário mínimo foi conquistado pelos trabalhadores em 1940, no governo do presidente gaúcho Vargas. O mínimo tinha valores diferenciados para cada estado brasileiro.

O Sindicato dos Bancários do Paraná é fundado em 30 de março de 1942.

Uma assembléia histórica e a greve de 69 dias do ano de 1951 deram origem ao Dia do Bancário, comemorado em 28 de agosto.

No início da década de 60, os bancários engrossaram as greves promovidas pelo movimento sindical brasileiro, as principais bandeiras das paralisações eram reajuste salarial, salário família e 13º salário. A forte mobilização resultou na aprovação, em 1961, da Lei 4.090, que instituiu o 13º salário. Outra conquista da categoria: os bancários recebem a antecipação da metade do 13° no mês de maio (a CLT a prevê para novembro).

Em 1962, a mobilização da categoria assegurou a instituição do salário mínimo profissional, que estabelecia para os bancários um percentual acima do mínimo regional.

No período de 1964 – 1984, conhecido como “anos de chumbo”, a Ditadura Militar no Brasil, o movimento sindical resistiu, não apenas as intervenções, mas também as cassações e perseguições aos dirigentes. Em 1968, os bancários resistiram com bravura a repressão, tortura e a morte resultantes do Ato Inconstituicional número 5.

Entre 1971 e 1975, o Sindicato dos Bancários de Curitiba ficou sob intervenção. Em 1979, surge o novo sindicalismo com a liderança de Luiz Inácio da Silva no ABC Paulista. A greve de 1979 abrangeu 15 estados, com 430 paralisações e 3 milhões de trabalhadores.

A Central Única dos Trabalhadores (CUT) foi fundada em agosto de 1983, com o intuito de defender os interesses imediatos e históricos dos trabalhadores, assegurando melhores condições de vida e de trabalho, além do engajamento no processo de transformação da sociedade, com liberdade e autonomia sindical.

Em 1984, o movimento sindical lidera o início da campanha das Diretas já. Apesar de intensa mobilização em todo o país, a eleição direta para presidente da República foi rejeitada pela Câmara dos Deputados.

Em 1985, os trabalhadores da Caixa Econômica Federal conquistaram a jornada de seis horas. No mesmo ano, foi realizada a primeira greve com abrangência nacional da categoria bancária. As paralisações continuavam sendo consideradas ilegais pelo governo. Ainda assim, a deflagração de greve durante a campanha salarial mobilizou a categoria em todo o país. Depois do golpe militar de 1964, foi a maior paralisação de bancários ocorrida no país, com adesão de 800 mil trabalhadores. Pela primeira vez foi formado um Comando Nacional.

Neste mesmo ano foi criado o Departamento Nacional dos Bancários (DNB), transformado posteriormente em Confederação Nacional dos Bancários (CNB).

No ano seguinte (1986), os funcionários da Caixa Econômica Federal conquistam o direito à sindicalização deixando de ser economiários e passando a ser reconhecidos como bancários.

O auxílio-creche para filhos até 70 meses foi conquistado na forte campanha salarial de 1986 e ampliado em 1992. Hoje o auxílio reforça o orçamento dos bancários que têm filhos de até 6 anos e 11 meses em creches ou aos cuidados de babá.

Nos anos 90, os bancários também conquistaram o vale-refeição. Um reforço mensal muito importante para os trabalhadores. O valor foi unificado em 1991 e em 1994 este direito foi complementado com o vale-alimentação para compras em supermercado. Em 2004, os bancários conquistaram uma cesta-alimentação extra.

Em 1992, foi assinada a primeira Convenção Coletiva Nacional, um acordo único e com validade para todo o país. A categoria permanece como a única com um acordo coletivo nacional.

No ano seguinte (1993), o Sindicato dos Bancários de Curitiba se filiou a Central Única dos Trabalhadores.

A Participação nos Lucros e Resultados (PLR) foi conquistada pelos bancários em 1995. A categoria foi a primeira a conquistar PLR, agregando-a na convenção coletiva de abrangência nacional. As regras da PLR são aperfeiçoadas e ampliadas a cada ano. Os valores ainda são muito baixos em relação a lucratividade dos bancos e a nossa luta é para que essa distribuição seja mais justa.

Foi na campanha salarial de 1997 que os bancários conquistaram complementação salarial para afastados por doença ou acidentes por um período de 24 meses – até ali era por 18 meses.

Os bancários conquistaram a criação de uma comissão permanente de saúde, que concluiu, em 1998, o Programa de Prevenção, Tratamento e Readaptação de LER/DORT. Também foi neste ano a primeira tentativa de realização de uma mesa única de negociação, com bancos públicos e privados, para a campanha salarial.

A igualdade de oportunidades foi inserida na Convenção Coletiva de 2000. Os patrões e os trabalhadores se comprometeram a buscar mecanismos de proteção contra a discriminação e a favor da igualdade. Desde 1996 a Confederação Nacional dos Bancários lutava por isso.

Em 2003, toda a categoria bancária, tanto funcionários de bancos públicos como privados, brigou pelo mesmo índice de reajuste salarial na primeira Campanha Salarial Unificada realizada pela categoria.

Em 2004, foi realizada a maior greve da categoria em Curitiba, os bancários permaneceram 28 dias parados.

Neste ano, o movimento sindical também conseguiu liminar obrigando ao banco HSBC a emitir Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) e conceder estabilidade para os bancários em tratamento.

Um breve olhar sobre a história de nosso sindicato nos mostra que os motivos que causaram a fundação da entidade
Somente no ano seguinte, os bancários da Caixa Econômica Federal conquistaram a igualdade de valor da cesta-alimentação em relação aos demais bancários. Os trabalhadores do Bradesco, por sua vez, conquistaram a isenção de tarifas bancárias.

Fundada em janeiro de 2006, em uma assembléia ocorrida em Curitiba (PR), a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro da CUT (Contraf-CUT) tem o objetivo de atender as diversas categorias envolvidas em atividades do sistema financeiro, muitas das quais permanecem à margem da Convenção Coletiva Nacional dos Bancários, embora realizem as mesmas atividades.

Também em 2006, os bancários conseguiram a implantação de um grupo de trabalho, composto por representantes dos trabalhadores e dos patrões, para debater o assédio moral nas instituições financeiras. Foi um grande avanço no processo negocial da campanha salarial 2006. Outra conquista da última campanha salarial foi a participação dos bancos públicos federais em todas as etapas de negociação e a assinatura conjunta das instituições bancárias na Convenção Coletiva de Trabalho. Os bancários também conseguiram a PLR adicional, nova conquista agregada na Convenção.

Um breve olhar sobre a história de nosso sindicato nos mostra que os motivos que causaram a fundação da entidade podem ter mudado, mas as suas causas continuam presentes nas relações de trabalho. Apesar do desenvolvimento de novas tecnologias, os trabalhadores não foram seus beneficiários. Pelo contrário, cada vez mais bancários adoecem pela pressão por metas, ritmo acelerado de trabalho, ameaça de assaltos, demissão, terceirização, falta de planos de carreira, e assim por diante.

Mas podemos ter certeza, esta é uma entidade que fez uma opção de classe e seus dirigentes honram com este compromisso.

Por Marisa Stedile, que é presidenta do Sindicato dos Bancários e Financiários de Curitiba e Região.

ARTIGO COLHIDO NO SÍTIO www.bancariosdecuritiba.org.br.

Por 13:22 Notícias

Sindicato de Curitiba e Região, um pilar na história do movimento sindical brasileiro, acaba de completar 65 anos de lutas

SINDICATO FAZ 65 ANOS
A história mostra que as conquistas da categoria bancária foram constantes
Várias lutas foram travadas na história do movimento sindical bancário com o intuito de realizar novas conquistas e preservar os direitos dos trabalhadores.
Em 1933, alguns trabalhadores bancários passaram a ter uma jornada de 6 horas, 36 horas semanais de trabalho. O direito foi ampliado nas greves de 1952 e 1954. Em 1958, a jornada foi estendida a todos os funcionários dos bancos.
Somente nos anos 60, com muita luta, os bancários conquistaram o repouso aos sábados, estabelecendo-se uma jornada de 30 horas semanais.
Em 1934 foi deflagrada a primeira greve geral da categoria. As principais vitórias desta greve foram a estabilidade a partir dos dois anos de trabalho, para os trabalhadores de outras categorias a estabilidade era adquirida após dez anos e a criação do IAPB – Instituto de Aposentadorias e Pensões dos Bancários. A criação do Instituto, gerido por bancários, foi realizada por meio de um decreto do presidente Getúlio Vargas. O IAPB, subordinado ao então Ministério do Trabalho Indústria e Comércio, tinha como finalidade conceder aos seus associados os benefícios de aposentadoria, pensão e assistência médica. O IAPB foi extinto em 1967, sob protesto dos bancários, com a unificação das instituições previdenciárias e criação do Instituto Nacional da Previdência Social – INPS.
O salário mínimo foi conquistado pelos trabalhadores em 1940, no governo do presidente gaúcho Vargas. O mínimo tinha valores diferenciados para cada estado brasileiro.
O Sindicato dos Bancários do Paraná é fundado em 30 de março de 1942.
Uma assembléia histórica e a greve de 69 dias do ano de 1951 deram origem ao Dia do Bancário, comemorado em 28 de agosto.
No início da década de 60, os bancários engrossaram as greves promovidas pelo movimento sindical brasileiro, as principais bandeiras das paralisações eram reajuste salarial, salário família e 13º salário. A forte mobilização resultou na aprovação, em 1961, da Lei 4.090, que instituiu o 13º salário. Outra conquista da categoria: os bancários recebem a antecipação da metade do 13° no mês de maio (a CLT a prevê para novembro).
Em 1962, a mobilização da categoria assegurou a instituição do salário mínimo profissional, que estabelecia para os bancários um percentual acima do mínimo regional.
No período de 1964 – 1984, conhecido como “anos de chumbo”, a Ditadura Militar no Brasil, o movimento sindical resistiu, não apenas as intervenções, mas também as cassações e perseguições aos dirigentes. Em 1968, os bancários resistiram com bravura a repressão, tortura e a morte resultantes do Ato Inconstituicional número 5.
Entre 1971 e 1975, o Sindicato dos Bancários de Curitiba ficou sob intervenção. Em 1979, surge o novo sindicalismo com a liderança de Luiz Inácio da Silva no ABC Paulista. A greve de 1979 abrangeu 15 estados, com 430 paralisações e 3 milhões de trabalhadores.
A Central Única dos Trabalhadores (CUT) foi fundada em agosto de 1983, com o intuito de defender os interesses imediatos e históricos dos trabalhadores, assegurando melhores condições de vida e de trabalho, além do engajamento no processo de transformação da sociedade, com liberdade e autonomia sindical.
Em 1984, o movimento sindical lidera o início da campanha das Diretas já. Apesar de intensa mobilização em todo o país, a eleição direta para presidente da República foi rejeitada pela Câmara dos Deputados.
Em 1985, os trabalhadores da Caixa Econômica Federal conquistaram a jornada de seis horas. No mesmo ano, foi realizada a primeira greve com abrangência nacional da categoria bancária. As paralisações continuavam sendo consideradas ilegais pelo governo. Ainda assim, a deflagração de greve durante a campanha salarial mobilizou a categoria em todo o país. Depois do golpe militar de 1964, foi a maior paralisação de bancários ocorrida no país, com adesão de 800 mil trabalhadores. Pela primeira vez foi formado um Comando Nacional.
Neste mesmo ano foi criado o Departamento Nacional dos Bancários (DNB), transformado posteriormente em Confederação Nacional dos Bancários (CNB).
No ano seguinte (1986), os funcionários da Caixa Econômica Federal conquistam o direito à sindicalização deixando de ser economiários e passando a ser reconhecidos como bancários.
O auxílio-creche para filhos até 70 meses foi conquistado na forte campanha salarial de 1986 e ampliado em 1992. Hoje o auxílio reforça o orçamento dos bancários que têm filhos de até 6 anos e 11 meses em creches ou aos cuidados de babá.
Nos anos 90, os bancários também conquistaram o vale-refeição. Um reforço mensal muito importante para os trabalhadores. O valor foi unificado em 1991 e em 1994 este direito foi complementado com o vale-alimentação para compras em supermercado. Em 2004, os bancários conquistaram uma cesta-alimentação extra.
Em 1992, foi assinada a primeira Convenção Coletiva Nacional, um acordo único e com validade para todo o país. A categoria permanece como a única com um acordo coletivo nacional.
No ano seguinte (1993), o Sindicato dos Bancários de Curitiba se filiou a Central Única dos Trabalhadores.
A Participação nos Lucros e Resultados (PLR) foi conquistada pelos bancários em 1995. A categoria foi a primeira a conquistar PLR, agregando-a na convenção coletiva de abrangência nacional. As regras da PLR são aperfeiçoadas e ampliadas a cada ano. Os valores ainda são muito baixos em relação a lucratividade dos bancos e a nossa luta é para que essa distribuição seja mais justa.
Foi na campanha salarial de 1997 que os bancários conquistaram complementação salarial para afastados por doença ou acidentes por um período de 24 meses – até ali era por 18 meses.
Os bancários conquistaram a criação de uma comissão permanente de saúde, que concluiu, em 1998, o Programa de Prevenção, Tratamento e Readaptação de LER/DORT. Também foi neste ano a primeira tentativa de realização de uma mesa única de negociação, com bancos públicos e privados, para a campanha salarial.
A igualdade de oportunidades foi inserida na Convenção Coletiva de 2000. Os patrões e os trabalhadores se comprometeram a buscar mecanismos de proteção contra a discriminação e a favor da igualdade. Desde 1996 a Confederação Nacional dos Bancários lutava por isso.
Em 2003, toda a categoria bancária, tanto funcionários de bancos públicos como privados, brigou pelo mesmo índice de reajuste salarial na primeira Campanha Salarial Unificada realizada pela categoria.
Em 2004, foi realizada a maior greve da categoria em Curitiba, os bancários permaneceram 28 dias parados.
Neste ano, o movimento sindical também conseguiu liminar obrigando ao banco HSBC a emitir Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) e conceder estabilidade para os bancários em tratamento.
Um breve olhar sobre a história de nosso sindicato nos mostra que os motivos que causaram a fundação da entidade
Somente no ano seguinte, os bancários da Caixa Econômica Federal conquistaram a igualdade de valor da cesta-alimentação em relação aos demais bancários. Os trabalhadores do Bradesco, por sua vez, conquistaram a isenção de tarifas bancárias.
Fundada em janeiro de 2006, em uma assembléia ocorrida em Curitiba (PR), a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro da CUT (Contraf-CUT) tem o objetivo de atender as diversas categorias envolvidas em atividades do sistema financeiro, muitas das quais permanecem à margem da Convenção Coletiva Nacional dos Bancários, embora realizem as mesmas atividades.
Também em 2006, os bancários conseguiram a implantação de um grupo de trabalho, composto por representantes dos trabalhadores e dos patrões, para debater o assédio moral nas instituições financeiras. Foi um grande avanço no processo negocial da campanha salarial 2006. Outra conquista da última campanha salarial foi a participação dos bancos públicos federais em todas as etapas de negociação e a assinatura conjunta das instituições bancárias na Convenção Coletiva de Trabalho. Os bancários também conseguiram a PLR adicional, nova conquista agregada na Convenção.
Um breve olhar sobre a história de nosso sindicato nos mostra que os motivos que causaram a fundação da entidade podem ter mudado, mas as suas causas continuam presentes nas relações de trabalho. Apesar do desenvolvimento de novas tecnologias, os trabalhadores não foram seus beneficiários. Pelo contrário, cada vez mais bancários adoecem pela pressão por metas, ritmo acelerado de trabalho, ameaça de assaltos, demissão, terceirização, falta de planos de carreira, e assim por diante.
Mas podemos ter certeza, esta é uma entidade que fez uma opção de classe e seus dirigentes honram com este compromisso.
Por Marisa Stedile, que é presidenta do Sindicato dos Bancários e Financiários de Curitiba e Região.
ARTIGO COLHIDO NO SÍTIO www.bancariosdecuritiba.org.br.

Close