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Troca de experiências marca Primeiro de maio na tríplice fronteira

Central Única dos Trabalhadores, regional do Paraná, reúne 5 mil trabalhadores em Foz do Iguaçu e busca unidade latino-americana

O difícil momento em que vivem os trabalhadores do ramo financeiro com a luta pela manutenção do veto à emenda 3 e a indignação ante as 400 demissões do HSBC em todo o país, levou cerca de 5 mil trabalhadores e dirigentes sindicais a Foz do Iguaçu. O evento foi promovido pela CUT (Central Única dos Trabalhadores), regional do Paraná, e reuniu também trabalhadores e líderes sindicais da Argentina, do Paraguai e do Uruguai. Lideranças da FETEC-CUT-PR e dos sindicatos de Curitiba e do interior do Estado (Cornélio Procópio, Apucarana, Londrina, Toledo, Umuarama, Paranavaí, Campo Mourão e Guarapuava) também participaram de toda esta movimentação.

Um dos pontos altos do encontro foi um seminário realizado no dia 30 de abril e que discutiu as perspectivas e o desenvolvimento do Mercosul. Na oportunidade, palestrantes da Argentina, Paraguai e do Uruguai, além do dirigente nacional da CUT, João Felício, falaram sobre as experiências trabalhistas de seus respectivos países.

Na avaliação do presidente da FETEC-CUT-PR, José Adílson Stuzata, trabalhador bancário no HSBC, o evento foi importante na medida em que se ouviu as várias versões da luta dos trabalhadores nos quatro países: “O caso do Paraguai, por exemplo, é uma afronta aos direitos das trabalhadoras brasileiras, já que uma vez que ficam grávidas e na ausência de uma legislação que as proteja, são sumariamente demitidas. Assim, o intercâmbio foi importante para que as lideranças sindicais busquem a unificação das conquistas, aproveitando o bom momento político da América Latina, que vive uma proliferação de governos à esquerda, com tendências populares e, conseqüentemente, com visão mais social”, declarou.

Em sua intervenção durante o encontro, Stuzata propôs que as lideranças sindicais aproveitem o fortalecimento dos governos de esquerda e proponham a assinatura de um tratado com uma “cesta básica de direitos”, com o objetivo de resguardar direitos fundamentais dos trabalhadores do Mercosul e inibir casos como os que vêm acontecendo com as mães brasileiras no Paraguai.

No dia 1º de maio, concentrados desde às 6 horas da manhã na Ponte da Amizade, sindicalistas brasileiros aguardaram delegações de paraguaios e argentinos e marcharam, em seguida, numa grande manifestação popular, rumo ao “Gramadão da Vila A”. Na ocasião, diversos líderes sindicais falaram sobre as lutas dos trabalhadores, destacando as conquistas e os novos desafios.

Para o secretário de administração e finanças da FETEC-CUT-PR, Elias Jordão, trabalhador bancário no Bradesco, a marcha dos trabalhadores no 1º de maio em Foz do Iguaçu, demonstrou que os trabalhadores latino-americanos estão unidos na defesa de seus direitos universais, “até mesmo porque os mesmos ataques que os trabalhadores brasileiros sofrem em seus direitos, os trabalhadores dos demais países também sofrem”, destacou.

Além dos dirigentes sindicais, também discursaram o prefeito de Foz do Iguaçu, Paulo McDonald e representantes do Governo do Estado. O encerramento do evento foi marcado por um show da banda Titãs.

Por Edson Junior, assessor de imprensa da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Estado do Paraná (FETEC-CUT-PR).

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