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No Paraná, o novo piso salarial injeta mais 50 milhões de reais na economia local

Novo piso injeta mais R$ 50 milhões

O novo piso regional – entre R$ 462,00 e R$ 475,20 -, em vigor desde a última terça-feira, deve injetar cerca de R$ 50 milhões na economia paranaense. O impacto, porém, não será imediato. “O novo piso deve ser incorporado ao longo dos meses. Não há uma obrigatoriedade para quem faz parte de categorias com acordos ou convenções coletivas, mas os trabalhadores vão buscar esse aumento nas negociações”, apontou o supervisor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócioeconômicos, regional Paraná (Dieese-PR), Cid Cordeiro.

Ao todo, cerca de 190 mil trabalhadores paranaenses devem ser afetados diretamente pelo novo piso regional: aproximadamente 100 mil trabalhadores domésticos que têm carteira assinada e outros 90 mil inorganizados – ou seja -, que não estão incluídos em acordos ou convenções coletivas. Indiretamente, porém, a expectativa é que o novo piso regional afete outros 700 mil trabalhadores que recebem até um salário mínimo. “Entendemos que a medida tem mais efeito direto do que indireto. O número de pessoas não organizadas é pequeno; por outro lado, o piso regional passa a ser referência de salário mínimo no Paraná, e os sindicatos e federações vão buscar esse valor como menor remuneração”, destacou o economista.

Dados da Pnad (Pesquisa Nacional de Amostra Domiciliar) indicam que, em 2005, 113 mil trabalhadores ganhavam até meio salário mínimo no Paraná, 454,5 mil recebiam entre meio e um salário mínimo e 1,234 milhão trabalhadores entre um e dois salários mínimos.

Trabalhadores domésticos

Segundo a gerente-administrativa do Sindicato dos Empregadores Domésticos do Paraná, Reginalda Oliveira Santos, o novo piso regional ainda não gerou demissões. “Desde o dia 20 de abril, estamos avisando nossos associados (cerca de 2 mil) sobre o reajuste do piso regional. Alguns até questionam o índice, mas a gente explica e eles concordam. Até agora, não houve demissões”, garantiu Reginalda. Segundo ela, mesmo no ano passado – quando o piso regional foi instituído – o número de demissões não foi expressivo.

“Houve muita especulação, mas demissões mesmo foram poucas. Quando o empregador nos procura dizendo que pensa em demitir, a gente tenta achar soluções para que isso não aconteça”, explicou. Uma das maneiras de reduzir o impacto financeiro para o empregador é descontar o INSS do salário da empregada doméstica e deduzir no imposto de renda. Segundo o Dieese, há no Paraná cerca de 100 mil domésticas registradas e 290 mil não registradas.

Salário mínimo

Ao contrário do piso regional, o salário mínimo – que passou de R$ 350,00 para R$ 380,00 no dia 1.º de abril – trará impacto já neste mês. Segundo o economista Cid Cordeiro, a expectativa é que o novo mínimo injete aproximadamente R$ 15 milhões por mês à economia paranaense.

Por Lyrian Saiki.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.parana-online.com.br.

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