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Por 19:08 Sem categoria

Movimento sindical tem lado na luta contra a direita, afirma o Presidente da CUT

Declaração de Artur Henrique, presidente da CUT, durante Conferência em São Paulo

O movimento sindical cutista tem lado contra as tentativas de golpe da direita e retirada de direitos dos trabalhadores. Foi assim que o presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Artur Henrique dos Santos, declarou sua posição quanto à questão da autonomia do movimento social em relação ao governo.

O tema foi debatido durante a abertura da Conferência Sindical Nacional do PT, realizado nestas quinta e sexta-feiras (26 e 27) em São Paulo.

Artur iniciou seu raciocínio mencionando a importância da disputa de Lula contra os tucanos na eleição de 2006, ao expor duas visões de Estado e de propostas para o país. “Foram estas disputas que trouxeram os movimentos e, particularmente, o sindicalismo, para a eleição. 60 milhões votaram por uma visão de Brasil”, avalia.

O líder sindical lembrou que, 15 dias após a eleição, a direita derrotada começou a impor sua agenda através dos meios de comunicação. A Rede Globo, conforme relatou Artur, apresentou um conjunto de programas sobre a informalidade no mercado de trabalho, com objetivo de defender a tese de que é preciso reduzir direitos dos formais para atender às necessidades dos informais. “A disputa de hegemonia coloca o movimento sindical na situação de pressionar pelas reformas que queremos”, justificou.

Diretrizes

Tocando nos temas específicos do movimento, que permeiam os debates na Conferência, Artur afirmou que colocar o sindicato na porta da fábrica não é mais suficiente.

“Precisamos entrar no local de trabalho, porque o cenário da luta mudou, embora os princípios continuem os mesmos”, propôs. Para ele, o projeto da CUT é a transformação da sociedade rumo ao socialismo, não de acomodação de quem está no governo ou nas estruturas organizativas de esquerda.

O dirigente propõe um debate sobre os limites da institucionalização da luta sindical. “Entendemos sua importância, mas não podemos correr o risco do afastamento das bases e dos movimentos”, disse.

Para ele, há muita retórica e pouca prática sobre a independência e autonomia dos movimentos frente ao partido e ao governo. Neste sentido, a prática da CUT tem sido de definir que seu lado é contra as tentativas de retirada de direitos dos trabalhadores e contra as tentativas de golpe contra o governo eleito pela maioria dos trabalhadores.

“Não vamos permitir que transformem o acidente aéreo na disputa política”, declarou, referindo-se à cobertura da imprensa da queda de um avião da TAM em meio a uma crise do setor aéreo. Para ele, estes posicionamentos da direita são importantes para aflorar os conflitos.

“O importante é não confundir os papéis”. Artur conta que há petistas no governo achando que a proximidade partidária garante o aceite do movimento a tudo que o governo propõe, assim como gente do movimento acreditando que o governo vai resolver tudo por decreto.

Reivindicações

Segundo ele, nem sempre o governo dá a devida atenção aos trabalhadores na hora de discutir projetos e políticas. O presidente da CUT citou a elaboração do PAC como exemplo.

“O movimento sindical poderia ter participado da discussão para propor contrapartidas a setores beneficiados como a construção civil, que tem 70% de seus trabalhadores na informalidade”.

O sindicalista também ressaltou a importância da definição de mecanismos de controle social que garantam que, independente de quem esteja no governo em 2010, os trabalhadores tenham seus direitos assegurados.

Por Cézar Xavier, do Portal do PT.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.cut.org.br.

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