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Por 12:31 Sem categoria

Jornal francês Le Figaro alerta: segurança privada explode no Brasil

A segurança privada no Brasil conta com mais profissionais do que o efetivo das Forças Armadas, de acordo com o jornal francês Le Figaro. A reportagem publicada na última quinta-feira aponta para uma “explosão” do mercado brasileiro de segurança privada, colocando em discussão a negligência do sistema público de segurança.

Os números comprovam a falta de investimentos pelo governo e a necessidade da população contratar serviços particulares, até mesmo, irregulares. Com o intuito de proteção, os cidadãos precisam pagar pela sua própria segurança. Chega-se ao absurdo de ter, atualmente, mais de 1,5 milhão de câmeras de segurança em uso no país, de acordo com Le Figaro.

O país possui, hoje, 600 mil vigilantes legalizados, isso sem contar os 1,5 milhão que atuam na clandestinidade, contra 618,6 mil homens na Polícia Militar, Marinha e Exército. De acordo com o presidente da Federação dos Vigilantes do Paraná e do Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região, João Soares, o aumento do número de policiais atuando ilegalmente no setor privado é mais uma prova do desleixo das autoridades e da falta de infra-estrutura. “Os problemas crescem na mesma proporção dos lucros das empresas especializadas em vigilância privada. Em 2006, o faturamento do setor foi mais de 12 bilhões de reais, com previsão de crescimento estimado de 8% a 12% para 2007”.

PAC não prevê novidades

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aprovou, no dia 09 de julho, o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci). O governo investirá R$ 4,8 bilhões na integração de políticas de segurança pública com ações sociais nas 11 regiões mais violentas do país, incluindo Curitiba, no Paraná. Para 2007 estão previstos R$ 483 milhões.

Enquanto a população que já paga impostos é obrigada a investir U$ 1 bilhão em segurança privada para ter a proteção que lhe é negada pelo Estado, conforme o jornal Le Figaro, o governo investirá apenas R$ 483 milhões em segurança pública, em 2007.

“A privatização da segurança pública deve ser freada. Existe inúmeros projetos de lei tramitando no Congresso Nacional apontando para o tema. Este é um setor de responsabilidade dos governos e cabe a eles darem proteção à sociedade”, ressalta João Soares.

*Outras informações com a Assessoria de Comunicação do Sindicato dos Vigilantes, pelo telefone (41) 3332-9293.

(Erika Winter Del Valle)

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.cutpr.org.br.

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