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Bancários do ABN Real fazem protesto em Campo Mourão


Marcus Ayres
marcus@tribunadointerior.com.br

Essa semana, os funcionários do banco ABN Real realizaram diversas manifestações no país, inclusive em Campo Mourão. Os bancários estão preocupados com a fusão mundial entre os bancos ABN Amro e Barclays, anunciada na segunda-feira.
Segundo a diretora do Sindicato dos Bancários de Campo Mourão e Região, Sonia Yamada Mauro, a campanha busca defender o emprego de mais de 31 mil funcionários brasileiros. “Exigimos um diálogo sério com o banco para construir um acordo ou mecanismos de proteção do emprego”.
Ainda de acordo com ela, além de discutir a permanência dos empregos, os bancários querem a continuidade do processo de negociação, iniciado em fevereiro do ano passado. “Com essa discussão, já conquistamos a isenção de tarifas. Apesar disso, ainda existem, pontos pendentes importantíssimos a serem tratados”, explicou Sônia, que também é membro da COE (Comissão de Organização dos Empregados) do ABN AMRO do Paraná.
Os pontos a serem analisados seriam: os salários diferenciados para bancários com a mesma função; condições de trabalho dignas e o fim da pressão para cumprimento de metas, que segundo os funcionários gera assédio moral e violência organizacional.
Demissões – A preocupação com a fusão dos bancos, se deve ao planejamento da ABN Amro e da Barklays, que tem a previsão de demitir 10% dos funcionários no mundo. Apesar disso, na última quinta-feira, a diretora da ABN no Brasil, Mônica Cardoso, assumiu compromisso público de que o banco não demitirá nem fechará agências no país.
Outro aspecto levantado na reunião de quinta-feira, entre a Contraf-CUT e a direção de RH do ABN Real, é que qualquer mudança que ocorrer será negociada antes com os trabalhadores e seus representantes. Mônica também afirmou que, pelas informações que detém, o banco não será dividido no Brasil porque o Barclays não tem agências por aqui, além de considerar o Brasil um mercado importante. Inclusive há um plano de crescimento “agressivo”, em que está prevista a abertura de 50 novas agências.
Apesar da garantia dada, Sônia afirma que os bancários precisam ficar atentos e mobilizados porque o que garante o emprego e os direitos dos bancários é sua organização. “Na próxima reunião queremos que sejam apresentadas propostas que realmente garantam o emprego de todos que trabalham no ABN Real. Até porque, pelo seu alto lucro, não há nenhum motivo para que haja demissões”, explicou.
O grande temor dos funcionários também se as previsões dos analistas de mercado, que apontam que o controlador mundial do ABN Amro pode decidir se desfazer do banco no Brasil e vendê-lo para os controladores de outros grandes grupos. Entre as apostas estão o Santander, HSBC e Itaú.


NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO: www.tribunadointerior.com.br

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