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Coordenação Estadual se reúne e define manifestações em todo o Estado na próxima semana

A Coordenação Estadual de Organização da Campanha Salarial 2007 voltou a se reunir pela Rede Mundial de Computadores nesta sexta-feira (31). Na oportunidade, os representantes dos Sindicatos fizeam um relato das atividades realizadas durante a semana e discutiram as atividades que serão desenvolvidas nos próximos dias. Roberto Von der Osten (trabalhador bancário no Itaú), diretor da FETEC-CUT-PR e membro do Comando Nacional da Campanha, falou sobre a rodada de negociações com a Fenaban ocorrida durante todo o dia de ontem (30) em São Paulo.

Segundo Von der Osten, as negociações foram produtivas. O Comando Nacional, sob a coordenação da Contraf-CUT debateu os temas de saúde e condições de trabalho, assédio moral/violência organizacional e igualdade de oportunidade com a Fenaban, numa reunião que durou aproximadamente 6 horas. “Tivemos avanços razoáveis, uma vez que a Fenaban reconheceu, por exemplo, que há conflito no local de trabalho. Essa é uma negociação que deve continuar”, destacou Von der Osten.

Nesta sexta, as negociações giram em torno das mesas temáticas de segurança e novas cláusulas. Na próxima semana, os Sindicatos de Bancários cutistas de todo o Estado estarão fazendo novas manifestações em unidades bancárias previamente definidas pela Coordenação Estadual de Organização. A expectativa é de que aconteçam novas mobilizações da categoria e a sociedade participe ativamente protestando contra as filas e os lucros abusivos dos banqueiros em contraste com as altas taxas cobradas dos clientes e a baixa remuneração dos trabalhadores bancários.

Confira, a seguir, um resumo das negociações ocorridas durante toda a quinta-feira:

Assédio Moral/violência organizacional

Em relação à proposta de um programa de prevenção, a Fenaban aceita, mas quer direcioná-lo apenas para os gestores. A proposta do Comando Nacional é que seja direcionado para o conjunto dos bancários, independentemente da função. Devem constar em tal programa para os gestores a descrição das práticas que devem ser evitadas. Para o trabalhador, deve ter caráter educativo para que saiba identificar as situações de assédio moral/violência organizacional. Os representantes dos banqueiros ficaram de dar resposta, mas há concordância entre as partes sobre o caráter preventivo do programa.

Em relação à tipificação das situações de assédio: a Fenaban pediu para que fosse apresentada proposta. Para o Comando essa tipificação também tem caráter educativo, explicando quais práticas da gestão seriam aceitas e quais seriam vedadas, pois representam formas de violência contra os trabalhadores. Há possibilidade de avançar, mas ainda não há resposta conclusiva por parte do banco.

Na negociação, as principais divergências foram sobre o acompanhamento dos processos de assédio. Para o Comando, os sindicatos devem ter acompanhamento de todas as etapas desde a denúncia até a decisão final. A Fenaban não concorda e diz que isso é um assunto interno de cada banco.

Comando defende que o tema esteja na Convenção Coletiva, enquanto a Fenaban quer que seja uma recomendação, mas que os bancos que quiserem apliquem o programa por adesão.

Saúde: isonomia entre afastados e bancários da ativa

Em relação à isonomia de tratamento entre afastados por doença e os da ativa e a criação de programa de reabilitação de trabalhadores com seqüelas por acidente do trabalho ou doença de origem ocupacional, os bancos querem vincular as duas discussões. O Comando Nacional não quer vincular, porque a reabilitação é obrigação dos bancos e as duas questões não têm nada a ver uma com a outra. A isonomia tem de ocorrer porque o trabalhador adoece no banco e é punido duplamente: com o comprometimento de sua saúde e com a perda de benefícios.

Mesa de igualdade de oportunidades

Proposta de alteração da cláusula 52 do ACT 2006/2007. Para o Comando, a cláusula tem de ser alterada por uma questão de concepção, dando ao tema um caráter de mais seriedade. A Fenaban ficou de responder.

Extensão dos benefícios (saúde, previdência etc.) aos parceiros do mesmo sexo.
A Fenaban não avançou nessa proposta, mesmo com a ressalva feita pelo comando de que boa parte dos bancos já pratica essa política, entre eles BB, Caixa, Itaú e ABN Real.

Promoção de igualdade de oportunidade

Foi acordada entre as partes a criação de grupo de acompanhamento e aperfeiçoamento da aplicação do Mapa da Diversidade .

Contratação de trabalhadores com deficiência

A Fenaban alegou a falta de pessoal qualificado no mercado de trabalho. Para o Comando Nacional, está havendo a contratação, porém a maior preocupação não é a quantidade e sim a qualidade da contratação, propiciando boas condições de ambiente de trabalho e respeito às limitações que a deficiência impõe, garantindo a estrutura física adaptada. “Cabe esclarecer aqui que na rodada de 15/08 foi apresentada à Fenaban uma oficina sobre pessoas com deficiência, que tem sido muito elogiada com perspectiva de ser contratada para a sensibilização e desmistificar o público interno dos bancos, principalmente direção, chefia e gestores”, afirma Arlene Montanari, secretária de Políticas Sociais da Contraf-CUT.


Por Edson Junior
FETEC-CUT-PR
Com informações da Contraf-CUT

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