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Lula aconselha a classe média: aprendam com o povo

Lula aconselha a classe média: aprendam com o povo”

Ao participar do 3º Encontro Nacional do PT, na manhã deste sábado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva alfinetou a mídia, a oposição e até setores da classe média. (…) Alguns setores dessa classe média dizem que o povo não tem discernimento. Dou um conselho a eles: coloquem seus diplomas de lado e freqüentem a escola da sabedoria ao lado do povo brasileiro, disse Lula.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou na manhã deste sábado (1) aos participantes do 3º Congresso Nacional do PT, que começou ontem e prossegue até amanhã no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo.

Lula era esperado na véspera, havia confirmado presença no ato político de abertura do evento. Mas, por problemas de agenda (segundo fontes do Planalto) ou por conveniência política (segundo a imprensa) teve que remarcar o dia e horário de seu encontro com a militância.

O presidente falou por quase uma hora e, como estava diante de uma platéia companheira, não precisou medir palavras ao comentar sobre os que criticam seu governo. O presidente alfinetou a mídia, a oposição e até setores da classe média: Referindo-se aos que acusam o PT e o governo federal de quererem dividir o país de maneira simplista entre pobres e ricos, Lula afirmou: “Nós da classe média sempre recebemos mais do governo federal do que os pobres, seja em dedução de impostos, seja em investimentos. Mas alguns setores dessa classe média dizem que o povo não tem discernimento. Dou um conselho a eles: coloquem seus diplomas de lado e freqüentem a escola da sabedoria ao lado do povo brasileiro”.

Em seu discurso, o presidente também arrancou risos da platéia ao se referir ao movimento de direita “Cansei”. Segundo Lula, os adversários são incansáveis, apesar de alguns já estarem cansados.

E alertou: “O PT precisa aprender uma lição. A gente não pode ficar abalado cada vez que sai uma manchete contra o nosso partido (…) É preciso que a gente fique alerta de que eles não nos vão deixar nadar em águas tranqüilas o tempo inteiro. É preciso estarmos preparados para os tsunamis que virão. Eu já fui oposição sem discurso na campanha de 1994. Eu sei como é ficar desesperado para tentar encontrar a palavra mágica para dizer a coisa que você quer dizer. O PT tem que ficar muito atento e cada vez mais combativo”.

Segundo ele, é preciso que o partido fique também alerta à tentativa constante da oposição de diminuir a força política e minimizar os resultados alcançados pelo governo federal.

Afagos à militância

Lula também aproveitou o discurso para aparar arestas entre o governo e os setores do PT que acham que o partido está sendo desprestigiado por ele.

Ainda em sue discurso, o presidente fez questão de reafirmar a importância do PT naquelas ações de governo que ele, em trechos do discurso, havia destacado como as melhores. “Minha trajetória política é inseparável da trajetória política do meu partido. Mudamos, é verdade, mas mudamos porque a realidade mudou. Porém, sem mudar de lado, sem transigir em nosso compromisso com os setores mais excluídos da sociedade brasileira. Somos construtores da democracia. Somos um partido de vencedores, de vitórias conquistadas com a dedicação de cada militante. Se tivermos paciência, inteligência política e a combatividade que sempre tivemos, seremos capazes de conquistar junto com o povo brasileiro muitas outras vitórias”, prosseguiu, em longos trechos de improviso.

Em seguida, fez uma série de elogios à militância petista que deixou a platéia entusiasmada. “Somos mais atacados pelos nossos méritos que por nossos erros. Não temos de quê nos envergonhar. Não tenham medo de ser petistas, de andar com a estrela no peito. O PT é um dos grandes responsáveis pelos passos largos do Brasil rumo à dignidade. E isso também é percebido pelo mundo”, afirmou Lula, sob aplausos dos participantes do Congresso.

“É verdade que podemos ter cometido erros. E os erros cometidos estão sendo apurados como precisam ser apurados. Mas ninguém neste país tem mais autoridade moral, ética e política do que o nosso partido”, afirmou Lula, sendo novamente ovacionado pelos militantes.

Em referência aos movimentos sociais, Lula afirmou, citando o Palácio do Planalto, que o governo está à disposição do povo. Ali não somente os reis, os príncipes, os presidentes, os primeiros-ministros e os banqueiros são recebidos. Lá entram hoje os quilombolas, os portadores de deficiência, as domésticas, os catadores de papel. O Palácio é desses brasileiros também.

Eleições

Sobre a próxima corrida presidencial, em 2010, Lula voltou a descartar completamente qualquer possibilidade de tentar um terceiro mandato. Por isso, ele deixou claro que é importante que o PT encontre um nome para substituí-lo.

Para ele, o candidato não precisa ser necessariamente um petista, mas alguém alinhado com o seu projeto de governo e que dê continuidade ao seu trabalho. O PT e aliados têm candidatos, mas o partido deverá aprofundar os debates, disse.

Por Cláudio Gonzalez.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.vermelho.org.br.

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