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Deputado paranaense critica possível transferência de contas da Câmara para banco privado

O deputado federal André Vargas (PT-PR) foi à tribuna da Câmara dos Deputados nesta terça, 04/09, para criticar a possível transferência da folha de pagamento dos servidores, dos assessores e dos deputados que têm conta bancária no Banco do Brasil e na Caixa Econômica Federal para um banco privado.

Segundo Vargas, corre o boato de que o valor para que esta transferência ocorresse seria de R$ 300 milhões. “Nenhum valor justifica desvalorizarmos um banco público que presta serviços à nação. Isso não é adequado para nós que defendemos políticas públicas, em geral executadas pelo Banco do Brasil, especialmente na área da agricultura e no desenvolvimento; e pela Caixa Econômica Federal, na área de política habitacional”, criticou.

Ele lembra ainda que o Orçamento Geral da União também é operado pelo Banco do Brasil e pela Caixa Econômica Federal, incluindo as emendas parlamentares. “E agora, neste momento, nós do Parlamento, a título de eventualmente se obterem vantagens para o erário da Casa, transferirmos as contas bancárias da Câmara dos Deputados para bancos particulares, que executam uma concorrência e uma disputa de mercado predatórias. Eles, que não têm obrigações sociais, que não participam do Bolsa Família, que não executam o Orçamento Geral da União”, criticou.

Vargas conclamou todos os deputados a se manifestarem contrários à possibilidade de transferência e ressaltou que a bancada de seu partido também deverá fechar posição contra.


Leia na íntegra do discurso do deputado André Vargas:

O SR. ANDRÉ VARGAS – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Manato) – Tem V.Exa. a palavra.

O SR. ANDRÉ VARGAS (PT-PR. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, manifesto minha preocupação perante os membros da Mesa, Deputados Narcio Rodrigues e Manato, com o que jáfoi noticiado pela imprensa, naturalmente, entendendo as prerrogativas da Mesa Diretora desta Casa de que estaria em curso processo de transferência da folha de pagamento dos servidores, dos assessores e dos Deputados que têm conta bancária no Banco do Brasil e na Caixa Econômica Federal para um banco privado.

Chamo a atenção desse fato porque, desde que era Vereador, sempre defendi o banco público, uma instituição voltada para o social, sempre lutei para que as contas das Prefeituras e de Governos Estaduais estivessem sob a responsabilidade do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal.

Quero manifestar minha contrariedade em relação a essa possibilidade de serem transferidas as contas de funcionários desta Casa e a dos Deputados para um banco particular. Isso não é adequado para nós, que defendemos políticas públicas, em geral executadas pelo Banco do Brasil, especialmente na área da agricultura e na do desenvolvimento; e pela Caixa Econômica Federal, na área de política habitacional. O Orçamento Geral da União éoperado pelo Banco do Brasil e pela Caixa Econômica Federal, ambos bancos públicos. E agora, neste momento, nós, do Parlamento, a título de eventualmente se obterem vantagens para o erário da Casa, transferimos as contas bancárias da Câmara dos Deputados para bancos particulares, que executam uma concorrência predatória, que fazem da disputa por mercado uma luta predatória. Eles, que não têm obrigações sociais, que não participam do Bolsa Família, que não executam o Orçamento Geral da União, teriam uma sinalização para obter as contas bancárias desta Casa.
Falo em meu nome e tenho discutido esse assunto com muitos Deputados, para dizer que nenhuma vantagem se justifica que possa desvalorizar os nossos bancos, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal.

Portanto, Sr. Presidente, solicito ao Presidente Narcio Rodrigues, que ora conduz esta sessão, que leve esta preocupação à Mesa Diretora. Enfatizo que esta não é uma preocupação apenas do Deputado AndréVargas, mas de um conjunto de Deputados do PT, e de vários outros partidos, que agora está sendo traduzida em fatos. Caso contrário, cheguemos adiante já com o fato consumado.

Por isso, é importante que os Deputados manifestem essa oposição. Amanhã ou depois iremos à Caixa Econômica Federal ou no Banco do Brasil, que tem a obrigação de executar o Orçamento Geral da União, e certamente vamos ouvir que migramos de uma conta em um banco público para uma de um banco privado. E isso não é adequado para instituições republicanas.
Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO: www.andrevargas.com.br

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