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Por 14:54 Sem categoria

Está tudo combinado

Com o apoio do mercado financeiro, o Copom deve desacelerar o ritmo da queda do juro. A cautela justifica-se?

O mercado financeiro já cravou as apostas e avisou o Banco Central. Quer uma redução de apenas 0,25 ponto porcentual da taxa básica de juro (Selic), hoje em 11,5% ao ano. A decisão será tomada na quarta-feira 5, na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). A determinação, invariavelmente acatada pela autoridade monetária, foi transmitida pelo Boletim Focus, uma pesquisa feita pela Gerência Executiva de Relações com Investidores (Gerin) do BC com uma centena de bancos, corretoras e consultorias.

Há uma espécie de pacto entre os dois lados do balcão. Na última reunião do Copom, em 18 de julho, o BC havia acenado com a possibilidade de ser mais ortodoxo neste mês. Isso porque três dos sete diretores votaram por uma queda de 0,25 ponto da taxa. Foram votos vencidos e o juro recuou meio ponto. Mas o sinal dado pelo trio de falcões ressoou e começou a ser formado o tal consenso de quanto o juro deve cair neste mês, reforçado pelas recentes turbulências financeiras internacionais, em função da crise do mercado imobiliário americano.

“É uma pena que o nosso Copom aconteça antes da reunião do comitê do Federal Reserve”, diz Elson Teles, economista-chefe da Corretora Concórdia. O encontro do BC americano será em 18 de setembro e há uma torcida generalizada para que Ben Bernanke reduza o juro americano, com o propósito de amenizar os estragos da falta de crédito no mercado internacional e estimular a economia do país e do mundo. Só as incertezas externas sugerem que a equipe de Henrique Meirelles será ainda mais ortodoxa.

Evidentemente, a crise global merece atenção pelo fato de potencialmente afetar o câmbio. Uma desvalorização abrupta do real geraria mais inflação, pela correia de transmissão das importações, preocupação que deve constar na pauta do encontro do BC. Ou mesmo pelo fato de que, com a globalização, certos produtos, independentemente de serem comercializados no exterior, acompanham os preços internacionais. São os chamados bens tradables, ou comercializáveis.

Por Márcia Pinheiro. Leia toda a reportagem em CartaCapital.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.cartacapital.com.br.

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