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Política para pequenos agricultores evita êxodo rural no Paraná, aponta IBGE

A contagem da população feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em municípios com até 170 mil habitantes, segundo o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Valter Bianchini, mostra a força das políticas sociais, desenvolvidas pelos governos federal e estadual e prefeituras, aplicadas ao meio rural. O resultado preliminar da pesquisa, divulgado em 31 de agosto, registra crescimento acima do esperado do contingente populacional em alguns municípios e estabilização da população em outros.

Bianchini disse que já esperava a constatação da estabilidade ou crescimento da população em municípios pequenos, assim como a queda na concentração de terras no Paraná, que também deve ser revelado pelo censo agropecuário do IBGE de 2007. “Para nós, é muito importante que não ocorra redução da população no meio rural”, frisou.

Para o secretário, a articulação entre as políticas do governo federal e do Estado, que vem ocorrendo desde 2003, evitou o êxodo de mais de 100 mil pessoas do meio rural e extinção de 200 mil propriedades rurais, como aconteceu nas décadas de 70 e 80. “Os censos de 80 e 90 demonstraram um cenário desolador no campo com propriedades que deixaram de existir e pessoas se aglomerando nas regiões urbanas de cidades médias e grandes sem oportunidades de emprego”, destacou.

O censo preliminar de 2007 demonstra que muitas cidades pequenas e médias ganharam mais população do que apontava a estimativa do IBGE, e em outros houve redução da intensidade da queda. Nas décadas de 70 e 80, a abertura de novas frentes agrícolas nos estados do Mato Grosso e Rondônia atraiu muitos agricultores, que estavam sem perspectivas no Paraná, cuja tendência era a de concentração da propriedade. “Com as políticas sociais e articuladas entre governo federal e estadual, as condições para fixar população no meio rural estão mais fortalecidas”, afirmou.

RENDA – O secretário atribuiu a estabilização ou crescimento populacional no meio rural a dois fatores. Primeiro, às políticas sociais que vêm sendo implementadas desde 2003. “A valorização do salário mínimo nacional e regional, a aposentadoria para os trabalhadores rurais e a instituição da Bolsa Família nos últimos cinco anos transferiram renda aos mais carentes, contribuindo para fixar a população também no meio rural”, destacou.

Outro fator, segundo Bianchini, foram as políticas de crédito do governo federal, também responsáveis pela transferência de renda aos Estados. “Somente a aplicação dos recursos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) triplicaram no Paraná desde 2003”, afirmou. “Neste ano, estão sendo aplicados cerca de R$ 1 bilhão do Pronaf, o que corresponde à concessão de crédito no valor de R$ 2,5 milhões por município”, calculou o secretário.

Segundo Bianchini, a política de crédito para a agricultura familiar qualifica as ações no meio rural. Ele destacou ainda a integração dessas políticas com os programas do governo estadual, que vêm sendo adotados desde 2003, como o de fortalecimento das agroindústrias familiares, assistência técnica no campo, pesquisa, fundo de aval, crédito fundiário e assentamentos que estão resultando na estabilização da população em muitos municípios e crescimento em outros.

OTIMISMO – Bianchini está otimista para o meio rural, principalmente em regiões de pequenos municípios, por causa da força das políticas sociais nessas regiões. Ele lembrou programas do governo estadual que estimulam a pluriatividade como estratégia para fixar a população nos pequenos municípios.

O secretário deu como exemplo as políticas de isenção fiscal para os pequenos e médios empreendimentos e de energia que estão fortalecendo alguns pólos empresariais como o moveleiro e têxtil. “São setores que estão criando emprego e renda junto ao meio rural”, afirmou.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.aenoticias.pr.gov.br.

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