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Por 20:29 Sem categoria

Trabalhadores metalúrgicos de montadoras representados pelo movimento sindical cutista vão receber 2,5 porcento de aumento real em São Paulo

Montadoras: 50 mil metalúrgicos vão receber aumento real 2,5%

Categoria aprovou proposta patronal em assembléia

Cerca de 50 mil metalúrgicos que trabalham nas Montadoras do Estado de São Paulo, representados pelos sindicatos filiados à FEM-CUT/SP, vão receber reajuste salarial de 7,44% (4,82% da inflação de setembro, data-base da categoria, calculada pelo INPC e mais 2,5% de aumento real) e mais 7,76%. Acima deste teto, será aplicado um valor fixo do aumento real, calculado sobre o teto, de R$ 183,44.

A proposta foi aprovada nas assembléias dos trabalhadores realizadas no ABC e Taubaté, nos dias 8 e 9 de setembro, que reuniram mais de dois mil trabalhadores, e começa a vigorar no final deste mês. Os novos reajustes também beneficiarão os metalúrgicos das cidades de Tatuí, São Caetano do Sul (Força Sindical) e de São Carlos (CGTB) que participaram da Campanha Salarial junto com a FEM-CUT/SP.

Segundo o novo Acordo, que foi discutido entre a Federação e o SINFAVEA (Sindicato das Montadoras) no último dia 6/09 depois de 12 horas de negociação, os novos índices serão aplicados da seguinte fórmula: até o teto salarial de R$ 7.000,00 todos os trabalhadores receberão a correção da inflação (4,82%) e mais o aumento real (2,5%). Acima deste teto, será aplicado um valor fixo do aumento real, calculado sobre o teto (2,5% sobre R$ 7,000,00), ou seja, R$ 175,00. Em 2006, o reajuste com aumento real foi de 4,15% (1,3% de aumento real e 2,85% de inflação) e o piso passou de R$ 950 para 1.030.

Avanços sociais e econômicos

O presidente da FEM-CUT/SP, Valmir Marques (Biro Biro), que é do Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté, também comemorou os novos índices. “O acordo foi muito bom. Em termos de valores reais, significa o dobro do ano passado (1,3% de aumento real) e também foi superior a média das categorias que fecharam acordos no 1º semestre deste ano. O importante é que graças à nossa organização e mobilização conseguimos avançar também na melhoria dos direitos sociais”, ressalta.

Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, José Lopez Feijóo, este é o melhor acordo já conquistado no Brasil. “Garantimos 2,5% de aumento real e avanços significativos nas cláusulas sociais”, avaliou.

Feijóo disse que as negociações iniciaram com dois desafios: o de acabar com o teto para reajuste, contemplando principalmente os mensalistas, e elevar o piso com percentual maior que o dos demais salários. “Não eliminamos o teto como queríamos, mas mudamos seu conceito ao garantir aumento real para todas as faixas salariais, o que não acontecia antes”, finalizou.

Demais grupos: Se bancada não elevar reajuste, greve começa na quarta

As assembléias dos trabalhadores também aprovaram que os demais grupos, máquinas e eletrônicos (Grupo 9), autopeças (Grupo 3) e Fundição, deverão apresentar contraproposta salarial de 2,5% de aumento de real, caso contrário, a categoria vai entrar em greve a partir de quarta-feira (12 de setembro). A Federação dos Metalúrgicos protocolou comunicados de greve às bancadas patronais após rejeitar os valores de reajustes salariais: 6% do Grupo 9 ( 1,78% de aumento real), 4,52% do Grupo 3 (sem aumento real) e 6% da Fundição (1,4% de aumento real).

As negociações com estas bancadas serão retomadas nesta semana. A bancada patronal do Grupo 3 agendou negociação amanhã, dia 11 de setembro, às 10h, na sede da entidade patronal.

Seguindo orientação da Federação os sindicatos filiados que representam trabalhadores ligados a estes grupos já realizaram assembléias. A Federação representa 65 mil trabalhadores no Grupo 9; 115 mil no Grupo 3 (Autopeças) e 15 mil na Fundição.

Por FEM-CUT/SP. Publicado: 10/09/2007 – 11:24

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.cut.org.br.

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