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Contraf-CUT debate abuso das tarifas bancárias na Câmara dos Deputados

(São Paulo) A Contraf-CUT participou nesta terça-feira, dia 25, de uma audiência com a presidência da Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara Federal para debater as tarifas. Os bancários entregaram um documento que demonstram que a cobrança de tarifas e taxas por parte dos bancos é aleatória, independente da comprovação ou relação com os custos efetivos de cada operação cobrada.

“A reunião foi muito positiva, fomos bem recebidos pelo presidente da Comissão, deputado Cézar Silvestri (PPS-PR), que se mostrou preocupado com o problema. Pudemos levar elementos importantes para o debate que se faz dentro da Comissão e sugerimos uma série de medidas”, conta o diretor da Contraf-CUT, Miguel Pereira, que representou os trabalhadores na reunião juntamente com Eduardo Araújo, também da Contraf.

Recentemente foi criado no âmbito da Comissão um Grupo de Trabalho para discutir os problemas das tarifas, com a participação do Ministério da Fazenda, do Banco Central e do ministério Público Federal. O GT está discutindo atualmente a padronização e redução do número de tarifas das atuais setenta para, no máximo, vinte.

“Exploramos, na reunião, a relação entre tarifas e inflação e tarifas e custos de pessoal. Abordamos a estratégia dos bancos de empurrar os clientes para fora das agências e a utilização dos canais alternativos, como auto-atendimentos, que têm custos ínfimos. Mas, ao invés desta redução e ganho de escala ser repassado aos clientes, as tarifas incidem sobre toda essa utilização remota e são muito caras”, conta Miguel.

O documento da Contraf-CUT também fala da quebra de contrato, entre os bancos e clientes, quando terceirizam os serviços, colocando em risco o sigilo bancário. Como o GT está debatendo exclusivamente as tarifas bancárias, a Contraf sugeriu que os demais temas de interesse público também entrem na pauta, como a regulamentação do sistema financeiro, juros/spread e atendimento bancário.

“Pedimos que fossem pautados esses temas para uma audiência pública. A sugestão foi aceita e a data indicativa é 28 de novembro. Outra medida será o encaminhamento do documento entregue pela Contraf a todos os integrantes da Comissão”, finaliza Miguel.

Fonte: Contraf-CUT.

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