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Bancários constrangidos pelos interditos

Decisão de greve por 24 horas foi desrespeitada por banqueiros que, mais uma vez, usaram de força policial para forçar entrada dos trabalhadores

São Paulo – Em São Paulo e Osasco cerca de 13.500 mil bancários de 103 agências e 9 concentrações cruzaram os braços nesta sexta, dia 28, para exigir dos bancos uma proposta decente na rodada de negociação que deve ter início às 14h.

Em ato realizado na Praça do Patriarca, por volta das 12h, os trabalhadores rejeitaram novamente a proposta feita pela federação dos bancos (Fenaban), de reposição da inflação de 4,82%, e decidiram permanecer em greve por toda o dia 28.

Mas os banqueiros, mais uma vez, fizeram um papel sujo, desrespeitando a decisão da categoria e usando força policial para obrigar os bancários a entrar nas agências.

“As direções dos bancos são como crianças mimadas, não gostam de ser contrariadas. Mais uma vez demonstraram o desrespeito que têm por seus funcionários, convocando policiais militares para forçá-los a voltar ao trabalho. É mais uma modalidade do assédio moral em que já se tornaram especialistas”, afirma o presidente do Sindicato, Luiz Cláudio Marcolino.

A falta de respeito dos bancos estendeu-se também aos seus clientes – o que também não é novidade, se levarmos em conta as altas tarifas e os juros extorsivos cobrados. Muitas das agências que foram abertas por força de interditos proibitórios e com a participação da Polícia Militar permaneceram praticamente sem bancários para o atendimento.

O interdito proibitório é um velho conhecido dos bancários. Há anos os banqueiros desvirtuam a utilização desse instrumento jurídico, que garante a posse de propriedades, para tentar impedir o direito de greve. Atualmente 100 interditos proibitórios movidos pelos bancos contra a categoria estão em tramitação na Justiça. “É uma situação absurda. Os banqueiros conseguem forçar os trabalhadores a voltar ao trabalho usando um documento que trata de preservação do patrimônio. Como se os bancários em greve estivessem colocando em risco as agências. E ainda têm a ajuda da PM para fazer isso. Os banqueiros precisam ter vergonha na cara”, diz Marcolino.

Por Cláudia Motta – 28/09/2007.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.spbancarios.com.br.

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