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Paraná Biodiversidade realiza oficinas com agricultores e moradores no Noroeste

A Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos e o Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) realizaram oficinas do projeto Paraná Biodiversidade sobre meio ambiente, agricultura e sustentabilidade com a participação de 300 agricultores e moradores de Alto Paraíso e São Jorge do Patrocínio (Noroeste do Estado) nesta terça e quarta-feira (2 e 3).

As oficinas realizadas no Noroeste são a 55.ª atividade de capacitação realizada pelo Paraná Biodiversidade. Pela primeira vez, entretanto, a programação foi dedicada exclusivamente a pequenos agricultores. As atividades abrangeram temas de interesse dos agricultores, como produção leiteira, agricultura orgânica e planejamento da propriedade.

“Trabalhamos inicialmente com a educação ambiental voltada a alunos e professores. A partir de agora, trataremos da capacitação dos agricultores. Quanto mais conhecem sobre biodiversidade, mais as pessoas se convencem da necessidade de protegê-la. A multiplicação tem sido uma das principais preocupações da política ambiental do Governo do Paraná”, explicou o secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues.

As 55 atividades de capacitação promovidas até Paraná Biodiversidade envolveram 1.343 professores, 2.109 líderes locais, 400 estudantes universitários e 1.710 alunos do ensino fundamental de escolas públicas. O objetivo dos seminários é despertar a conscientização das comunidades quanto à importância da conservação da biodiversidade, para que a população possa contribuir no processo de recuperação e manutenção da qualidade dos ecossistemas.

“Diversas informações importantes que foram repassadas podem ajudar na melhoria da infra-estrutura da produção, aumentando a renda mensal e nossa qualidade de vida no campo”, afirmou Antonio Conceição, agricultor de Alto Paraíso, que participou das atividades com a esposa, Izabel.

“Preservar da mata ciliar e recuperar a nascente do Rio Guarani é algo que sempre consideramos importante, mas que nunca priorizamos. Agora, sabemos que a qualidade do que plantamos e do solo em que plantamos depende diretamente das ações de preservação”, disse Izabel Conceição.

“O Paraná Biodiversidade trabalha em três vertentes: social, econômica e ambiental. Passamos a mensagem de que é possível aumentar a produção de forma mais saudável e limpa, mostrando ao agricultor que é possível produzir e proteger ao mesmo tempo”, explicou Danielle Prim, uma das consultoras do Projeto.

Em Alto Paraíso, o Paraná Biodiversidade já inseriu 24 propriedades rurais em ações de preservação ambiental. “Em todas, o processo de implantação das áreas de reserva legal está em desenvolvimento. Deveremos chegar a 52 propriedades até o final do ano”, disse Erich Schaitza, coordenador do Paraná Biodiversidade.

Grande parte das propriedades rurais de Alto Paraíso está localizada em áreas de preservação ambiental. “Nessa região, temos como meta oferecer alternativas para diminuir os danos causados ao meio ambiente, como preservação do solo, sistemas de irrigação, técnicas de plantio direto”, explicou Schaitza.

O município possui uma Unidade Referencial de Difusão Tecnológica, amparada pelo Instituo Agronômico do Paraná (Iapar) e pelo Emater, onde são realizadas práticas agropecuárias que conciliam obtenção de recursos naturais e viabilidade ecológica. Técnicos do Iapar e do Emater relataram aumento na participação de agricultores de Alto Paraíso em seminários do Paraná Biodiversidade em razão das atividades envolveram temas de seu interesse.

O prefeito de São Jorge do Patrocínio, Claúdio Aparecido Alves Palozi, disse que as iniciativas apresentadas tiveram importância fundamental no crescimento econômico e no processo de conscientização dos agricultores. “A economia do município tem como alicerce a atividade agrícola. Para nós, é fundamental que este trabalho continue, pois sozinho o município não conseguiria promover oficinas, palestras e seminários abordando assuntos que fazem parte do dia-dia dos nossos moradores”, falou o prefeito.

O programa Paraná Biodiversidade está construindo três corredores de biodiversidade — Araucária, Iguaçu-Paraná e Cauiá-Ilha Grande — com a conexão de remanescentes florestais. O Governo do Paraná já investiu mais de R$ 2,5 milhões na implantação dos corredores, que somam mais de dois milhões de hectares em 63 municípios de três diferentes regiões. Os corredores permitem o trânsito de espécies nativas, garantindo a diversidade ecológica na região.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.aenoticias.pr.gov.br.

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