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FETEC-CUT-PR e sindicatos destacam caráter democrático da campanha salarial de 2007

A direção executiva da FETEC-CUT-PR (Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Paraná) se reuniu durante o dia de ontem para debater, entre outros assuntos, a Campanha Salarial 2007. o encontro, realizado no Espaço Cultural do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região teve ainda a participação dos trabalhadores bancários que compuseram a Comissão Estadual de Organização da Campanha (um por sindicato), além dos representantes das COEs nos bancos públicos.

Depois de um acalorado debate, a avaliação unânime dos participantes do encontro foi a de que a campanha foi bem-sucedida e teve um caráter mais democrático em 2007. Este ano, o número de entidades representadas no Comando Nacional, em São Paulo, chegou a 33, um recorde na história das campanhas da categoria. A participação maciça de representantes de todas as federações de bancários filiadas à Contraf-CUT e a presença de representantes dos 20 maiores sindicatos do país valorizou as negociações e deu um peso maior à campanha.

O trabalhador bancário Beto Von der Osten (Itaú), diretor da FETEC-CUT-PR também destacou a formulação de um calendário nacional de negociações, prontamente aceito pela Fenaban, e que suscitou uma discussão mais aprofundada para cada eixo de campanha. No total, foram realizadas quatro rodadas previstas no calendário, além de outras sete extraordinárias, que discutiram, em sua maioria, o fator remuneração.

“É inegável que tivemos uma campanha salarial vitoriosa, pois a constatação na base foi essa. Além de conseguirmos um aumento real pelo quarto ano consecutivo, tivemos uma nova conquista (13ª Cesta Alimentação), o que não aconteceu em 2006”, explica, enfatizando que a unificação da campanha entre os bancos públicos e privados é o que tem feito a diferença. “A campanha unificada é o estopim dos significativos avanços dos últimos anos, a ponto de os bancos estarem até ‘brigando’ entre si. O movimento sindical bancário vivencia uma boa fase,” avaliou.

Governo democrático favorece avanços

Outra constatação dos trabalhadores bancários foi a importância das negociações acontecerem num período altamente favorável política e economicamente. Zelário Bremm (Caixa), diretor do Sindicato dos Bancários de Toledo e Região considerou a Campanha Salarial de 2007 uma das melhores dos últimos anos. Zelário imputou o êxito da campanha à presença de um governo democrático e popular, o que impulsionou os trabalhadores bancários a aderirem, ainda que em doses homeopáticas, à luta da categoria.

Aos poucos, na capital e no interior do Estado, o movimento ganhou força, alcançando quoruns inimagináveis até alguns anos atrás. Em Curitiba, uma das assembléias (no dia 3 de outubro) teve a presença de quase 800 bancários. Em Cornélio Procópio, segundo o trabalhador bancário Roberto Firmino (Bradesco), diretor do Sindicato, todas as assembléias lotaram a sede do sindicato. “Os bancários participaram das discussões de seus problemas e a metodologia com que se deu as negociações fortaleceu as conquistas da categoria. Se a categoria obteve ganhos econômicos, os sindicatos obtiveram ganhos políticos”, ressaltou.

Beto Von der Osten faz coro com Zelário. “A presença de um trabalhador no cargo mais alto do país vem contribuindo para recuperar o poder de mobilização dos trabalhadores, além de provocar mudanças reais na relação capital/trabalho. O trabalhador está recuperando as perdas da década de 90 e isso precisa ficar bastante claro para toda a sociedade”, afirmou.

Novas Tecnologias

Alcione Macedo (HSBC), Wanderley Crivelari (Itaú), Marisa Stédile (Itaú), José Roberto Brasileiro (Bradesco) e Hércules Biglia Junior (Itaú), diretores dos Sindicatos dos Bancários de Guarapuava, Londrina, Curitiba, Apucarana, Arapoti e suas respectivas regiões, destacaram o quesito comunicação durante a Campanha Salarial.

“Tivemos um grande avanço na comunicação, o que facilitou nos encaminhamentos feitos durante as assembléias, estas, realizadas quase que diariamente com a categoria”, destacou Brasileiro. Alcione elogiou o uso de novas ferramentas de comunicação como o skype, utilizado pela Comissão Estadual de Organização para reuniões de esclarecimento e prestação de contas das rodadas de negociação e informação sobre as atividades desenvolvidas por cada sindicato. “A comunicação teve uma importância fundamental durante esta campanha”, reiterou.

O Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região manteve uma newsletter no período de 28 de agosto a 10 de outubro, informando a categoria periodicamente sobre as mobilizações, as negociações e o andamento da campanha de um modo geral. E não foi só isso. “Chegamos a ter 80 mil acessos em nosso sítio no mês,” afirmou, eufórica, a Secretária de Comunicação do sindicato, Sônia Boz (Caixa).

A FETEC-CUT-PR, além de informar o andamento das negociações, socializou aos sindicatos informações sobre as paralisações e, através de matérias explicativas, destacou aspectos essenciais da Campanha Salarial deste ano, que encontraram eco nas páginas da CUT e da Contraf-CUT. “Além disso, reformulamos nosso sítio na rede mundial de computadores, introduzindo novas ferramentas e o que há de mais usual em termos de modernidade”, explicou o Secretário de Imprensa José Altair Monteiro Sampaio.

Bancários na Caixa fizeram a diferença

Os diretores da FETEC-CUT-PR e seus sindicatos também foram categóricos ao reafirmar a valiosa contribuição dada pelos trabalhadores na Caixa na construção das greves (referendadas nas assembléias) e no fortalecimento da atividade sindical. Graças a eles, houve um engajamento mais decisivo nas negociações realizadas com o banco. “Esse debate tem que ser ampliado também no Banco do Brasil e nos bancos privados”, destacou Luiz Marcelo Legnani (BB), presidente do Sindicato dos Bancários de Campo Mourão e Região.

Segundo a trabalhadora bancária Fátima Costamilan (Caixa), Secretária de Políticas Sociais e Econômicas da FETEC-CUT-PR, os bancários da Caixa não se intimidaram e foram para a campanha convictos e dispostos a arrancar um avanço significativo no quesito isonomia. “O resultado final foi um avanço que agradou a todos os técnicos bancários e reduziu, em parte, as diferenças entre os trabalhadores na Caixa. A mobilização foi fundamental para essas conquistas”, concluiu.


Por Edson Junior
FETEC-CUT-PR

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