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Suspensão de resgate na Colômbia frustrou expectativas, diz assessor da Presidência

Brasília – O assessor especial da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, voltou frustrado da Colômbia, onde estava desde quinta-feira (27) para acompanhar a operação de resgate de três reféns em poder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). A operação foi cancelada sem data para ser retomada.

“Todos saímos um pouco frustrados. A primeira frustração evidentemente é dos parentes. Em segundo lugar, nós, os governos que se empenharam de distintas formas também tiveram frustradas suas expectativas e nós, na condição de garantes, também. Mais do que isso, acho que houve uma enorme frustração da parte do povo colombiano e do povo venezuelano”, afirmou o assessor da Presidência, nesta terça-feira (1), em entrevista concedida logo após chegar ao Brasil.

Para Marco Aurélio Garcia , no entanto, a operação não fracassou – apenas foi suspensa e será retomada em algum momento. Segundo ele, a libertação dos sequestrados não foi possível pois as Farc não informaram o chamado ponto de encontro, onde os reféns seriam entregues.

Uma das razões alegadas pelos guerrilheiros foi a intensificação, por parte do governo colombiano, da ação militar na região onde os sequestrados seriam libertados, o que impedia o deslocamento dos reféns do local onde estavam presos até o lugar onde seriam entregues.

O governo colombiano negou o incremento das forças militares e assegurou que inclusive reduziu as atividades militares na região, relatou o assessor especial da Presidência.

Participavam da operação de resgate como observadores internacionais, além de Marco Aurélio Garcia, o ex-presidente argentino Néstor Kirchner, e representantes do Equador, de Cuba, da Bolívia e da França.

O assessor da Presidência contou que falou de duas a três vezes por dia com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva enquanto estava na Colômbia e que Lula chegou a conversar com Uribe por telefone.

Marco Aurélio Garcia também manteve contato com o presidente venezuelano Hugo Chávez, que intermedia as negociações com as Farc. “Estivemos lá para cooperar com os dois governos numa ação que tinha características iminentemente humanitárias.”

Os reféns que seriam resgatados são a ex-candidata à vice-presidência da Colômbia Clara Roja, seqüestrada em 2002, o filho dela de três anos, nascido no cativeiro (Emmanuel), e a ex-deputada Consuelo Gonzáles, presa em 2003.

Por Mylena Fiori – Repórter da Agência Brasil.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.agenciabrasil.gov.br.

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