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Por 20:21 Sem categoria

Biodiesel chega aos postos com ganhos sociais e ambientais

Cerca de um terço do biodiesel brasileiro, que neste ano passou a ter 2% misturado ao diesel de petróleo (B2), é feito com matéria-prima produzida por famílias agricultoras. Isso faz com que o novo combustível tenha um papel importante na distribuição de renda, além de ser menos poluente por não ter enxofre e produzir menos fumaça preta.

Ao comprar matéria-prima da agricultura familiar, os fabricantes de biodiesel recebem o Selo Combustível Social, que garante a redução de impostos, acesso especial aos leilões de biodiesel e melhores condições de financiamento junto ao BNDES e suas instituições financeiras credenciadas, ao BASA, ao BNB, ao Banco do Brasil S/A ou a outros bancos que ofereçam linhas especiais.

O Pronaf, linha de crédito especial da agricultura familiar, pode financiar o custeio e investimentos, como armazéns para grãos, agroindústrias de óleo e biodiesel. E isso sem comprometer os financiamentos voltados para a produção de alimentos. Dessa forma, segurança alimentar e segurança energética andam juntas.

Em contrapartida, as usinas têm a obrigação de dar assistência técnica aos agricultores e firmar contratos com condições comerciais que garantam renda e prazos justos.

A isenção fiscal é diferenciada (veja gráfico) por produto e volume comprado da agricultura familiar. A idéia é favorecer regiões nas quais as alternativas agrícolas são limitadas, como no semi-árido nordestino, para fomentar a produção em áreas degradadas e sem uso pela agricultura. Por exemplo, o biodiesel de mamona plantada por um agricultor familiar nordestino, a alíquota do PIS e Cofins cai a zero.

Para ter o selo, a usina terá que adquirir da agricultura familiar ao menos 50% da matéria-prima do Nordeste e semi-árido. Nas regiões Sudeste e Sul, este percentual mínimo é de 30% e na Norte e Centro-Oeste é de 10%.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO http://www.brasil.gov.br/noticias/em_questao/.questao/eq587/

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Produto funciona bem no motor a diesel convencional

Os fabricantes de veículos aprovaram o uso da mistura a 2% (B2) em testes de motor sem alteração alguma do modelo de fábrica. Atualmente, estão sendo testados motores para o uso de B5 (5%), mas o biodiesel puro tem apresentado bons resultados em ralis e competições. Algumas empresas, como viações de transporte urbano em São Paulo, usam misturas maiores para poluir menos o ar.

O biocombustível melhora a lubrificação e a potência dos motores, por apresentar alto índice de cetano. Seu uso também diminui emissões de gases do efeito estufa, enxofre e material particulado, que é a conhecida fumaça preta.

O biodiesel vendido no Brasil atende a padrões internacionais de qualidade. A tecnologia das usinas é compatível com as especificações encontradas em diversos países, seja na Europa, na Ásia ou nos Estados Unidos.

O combustível renovável é tão confiável para os motoristas quanto o produto fóssil, tanto que pode ser usado puro. O próprio motor diesel foi inventado para rodar com biodiesel, mas décadas de petróleo barato no Século XX fez com que fosse substituído. Agora, a situação mudou, tanto por conta do preço quanto por causa das pressões ambientais.

Além de ser utilizado em qualquer motor a diesel , o biodiesel B2 é destinado também para geradores de energia elétrica. Especialmente para iluminar locais isolados, longe das linhas de transmissão.

Além de ser uma questão de cidadania, o acesso à eletricidade no campo tem um efeito econômico importante na capacidade produtiva da agricultura e ajuda a evitar o êxodo rural.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO http://www.brasil.gov.br/noticias/em_questao/.questao/eq587a/

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Brasil pode se tornar segundo maior produtor mundial de biodiesel neste ano

Brasília – A partir do maior consumo do B2 (diesel mineral com mistura obrigatória de 2% de biodiesel), o Brasil poderá saltar da condição de quarto para a de segundo maior produtor mundial de biodiesel, superando Itália e França e permanecendo atrás apenas da Alemanha.

A afirmação foi feita pelo diretor do Departamento de Combustíveis Renováveis do Ministério de Minas e Energia, Ricardo Dornelles, ao informar que a produção de 2007 foi de 450 milhões de litros e chegará a 850 milhões neste ano.

Dornelles destacou a demanda mundial por fontes limpas de energia, em função de questões climáticas e ambientais: “Os mercados vão abrir e o Brasil poderá se tornar grande exportador de biodiesel. Depende de outras nações implantarem seus programas, quebrarem barreiras e estabelecerem padrões, mas temos grande potencial.”

Segundo o ministério, entre 60% e 70% do biodiesel brasileiro são produzidos atualmente a partir do óleo de soja. Sebo animal e mamona respondem por cerca de 10%, cada, e o restante é dividido entre culturas ainda sem produção intensiva. Mas do ponto de vista técnico, a soja não é a melhor opção, pois tem menor rendimento em litros de óleo por hectare plantado do que outras fontes, como mamona, girassol.

“Há uma preocupação do governo em fortalecer outras culturas, para que elas tenham uma produtividade cada vez maior”, disse Dornelles.

Ele garantiu que, para os consumidores do biocombustível, as alterações no preço serão mínimas em função da mistura obrigatória do B2 e ocorrerão mais em função da concorrência entre os revendedores.

Por Marco Antônio Soalheiro – Repórter da Agência Brasil.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.agenciabrasil.gov.br.

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