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Por 19:07 Sem categoria

Política de juros altos é criticada pelo Presidente da República em exercício e pelos trabalhadores brasileiros

Às vésperas de reunião do Copom, Alencar reforça críticas a taxas de juros no país

Brasília – Um dia antes de o Comitê de Política Monetária (Copom) iniciar reunião em que decidirá se eleva novamente a taxa básica de juros (Selic), o presidente em exercício, José Alencar, voltou a criticar os juros adotados no país.

“A política de juros altos para combater a inflação no Brasil é inócua. Essa inflação não é de demanda, é de custo no campo das commodities e do petróleo. Não é com taxa de juros que vamos combatê-la”, disse.

Alencar destacou que a alta taxa de juros inibe o investimento. “O regime de juros no Brasil é um regime que não ajuda, não dá condições para o investimento. A taxa de juros alta é usada como instrumento de combate à inflação porque ela inibe o consumo e os investimentos. Precisamos estimular o investimento e o consumo porque o Brasil ainda é um país de subconsumo”, completou.

Analistas de mercado esperam que o Copom eleve a Selic de 11,75% para 12,25% ao ano, conforme projeção do boletim Focus, publicação do Banco Central elaborada semanalmente com base em pesquisa feita com os principais indicadores da economia.

A expectativa é que a Selic chegue a 13,75% até o final do ano, com redução em 2009 até fechar o período em 12,50%. Na semana anterior, a projeção dos analistas era que a Selic chegasse ao final deste ano em 13,50% e ficasse em 12,25% em 2009. O Copom reúne-se amanhã (3) e quarta-feira (4).

Por Carolina Pimentel – Repórter da Agência Brasil.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.agenciabrasil.gov.br.

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Coordenação dos Movimentos Sociais prepara protesto em Brasília

Economia para pagar juro ultrapassa meta e atinge 6,82% do PIB

O superávit primário atingiu R$ 18,712 bilhões em abril, totalizando em R$ 61,743 bilhões (6,82% do PIB) no quadrimestre a reserva para pagamento de juros. Para o ano, a meta estabelecida é de 3,8% do PIB. Segundo os resultados fiscais divulgados pelo Banco Central, em abril foram gastos com juros R$ 4,870 bilhões. No acumulado no ano, nada menos que R$ 54,858 bilhões (6,06% do PIB).

“Infelizmente, o Banco Central continua na contramão das nossas expectativas. A política de juros altos e elevado superávit primário é neoliberal, atenta contra o desenvolvimento e o próprio espírito do Programa de Aceleração do Crescimento. Nós defendemos um estado indutor, com mais investimentos em políticas públicas. A prioridade deve ser para saúde, educação, moradia, o que é incompatível com a manutenção desta sangria pelo senhor Henrique Meirelles”, declarou Antonio Carlos Spis, da executiva nacional da CUT e da Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS).

Com a palavra de ordem “Menos juros, mais desenvolvimento”, a CMS convocou manifestação para o próximo dia 19 de junho, em frente ao Banco Central, em Brasília.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.cut.org.br.

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CMS convoca mobilização em frente ao BC: “Menos juros, mais desenvolvimento!”

Antonio Carlos Spis, da executiva nacional da CUT e da CMS
Reunida nesta sexta-feira (30/05), em São Paulo, a Coordenação dos Movimentos Sociais decidiu ampliar a convocação para a mobilização em frente ao Banco Central, em Brasília, no próximo dia 19 de junho (Quinta-feira).

De acordo com Antonio Carlos Spis, da executiva nacional da CUT e da CMS, é fundamental o envolvimento do conjunto do movimento sindical e social para garantir uma manifestação representativa, e que expresse o repúdio do povo brasileiro à manutenção de uma política monetária que atenta contra o interesse nacional e o desenvolvimento. “Juros e superávit primário nas alturas só alimentam a especulação e representam um tiro no pé do crescimento. Desenvolvimento se faz estimulando a produção, gerando emprego e distribuindo renda. Nós queremos mais recursos para políticas públicas, acelerar a inclusão social”, declarou Spis.

Condenando as armações do tucano Henrique Meirelles, a CMS lançou um manifesto de convocação para o dia 19 de junho, onde condena o assalto aos cofres públicos: “Os números comprovam que o gasto com juros em apenas quatro meses é imensamente superior a todos os investimentos previstos no Orçamento da União de 2008, que mal chegam a R$ 40 bilhões”.

Abaixo, leia a íntegra do manifesto da CMS

Menos juros, mais desenvolvimento

Em defesa do Brasil e do povo brasileiro, vamos às ruas no próximo dia 19 de junho, realizando em Brasília uma grande manifestação em frente ao Banco Central. Por menos juros e mais empregos, por uma reforma tributária que garanta justiça social; por uma reforma agrária que dê terra a quem nela mora e trabalha; por uma reforma urbana que garanta moradia digna à população de baixa renda e combata à especulação imobiliária; por uma reforma educacional, que amplie o financiamento público e amplie a democracia e qualidade do ensino; por uma reforma política que aprimore e fortaleça a participação popular, colocando o povo como protagonista da sua própria história; e da democratização dos meios de comunicação, que em nosso país têm cada vez mais confundido liberdade de imprensa com liberdade de empresa, manipulando, mentindo e criminalizando os movimentos sociais.

De costas às necessidades do povo brasileiro, que cobra mais recursos para a saúde, habitação, educação, reforma agrária e urbana, o Banco Central, com o tucano Henrique Meirelles à frente, mantém sua política monetária de juros altos e elevado superávit primário. Assim, continua assaltando os cofres públicos para transferir gigantescos recursos da produção e do desenvolvimento nacional para o cassino da especulação. É uma lógica perversa, que atenta contra os interesses do país, pois cria um círculo vicioso de juros altos, aumento da dívida pública, juros altos, aumento da dívida…

Os gastos do governo federal no primeiro quadrimestre demonstram que já foram sangrados do Orçamento – e pagos em juros e encargos da dívida pública – nada menos do que R$ 44,441 bilhões. Os números comprovam que o gasto com juros em apenas quatro meses é imensamente superior a todos os investimentos previstos no Orçamento da União de 2008, que mal chegam a R$ 40 bilhões.

A irracionalidade desta lógica fiscalista de Meirelles, mantida pelo governo Lula, é facilmente comprovada: embora sangre o país para manter em dia os pagamentos aos especuladores, os juros estratosféricos elevaram a dívida líquida do setor público para R$ 1.141,3 bilhões (41,2% do PIB) em março. Ou seja, quanto mais o país paga, mais deve.

Como bem demonstra o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o caminho do desenvolvimento é outro. Passa pelo fortalecimento do papel indutor do Estado, pela garantia de contrapartidas sociais para os investimentos com recursos públicos, pela indução do crescimento com geração de emprego e distribuição de renda.

Juntos, começamos a construir um novo tempo. Agora, com a nossa unidade e mobilização, removeremos os obstáculos que impedem o pleno desenvolvimento das imensas potencialidades de um país rico, de um povo criativo, honesto e trabalhador, que merece e vai ser senhor de seu destino.

Vamos à luta e à vitória!

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.cut.org.br.

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