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Por 19:47 Sem categoria

Brasília e Curitiba tiveram a realização de paradas da diversidade neste final de semana

Organizadores da Parada Gay de Brasília estimam participação de 35 mil pessoas

Brasília – A 16ª Parada Gay de Brasília, que está sendo realizada neste momento na Esplanada dos Ministérios, deverá reunir, até o final da manifestação, cerca de 35 mil pessoas, segundo estimativa dos organizadores do evento. A Polícia Militar, que, às 16h45, havia calculado em 6 mil o número de pessoas no Eixão, no início da noite, elevou a estimativa para aproximadamente 22 mil participantes.

Como pediu a Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (GLBT), algumas pessoas participam do evento com roupa de camuflagem para protestar contra a prisão, pelo Exército, do sargento Laci de Araújo. O companheiro de Laci, Fernando Alcântara, disse aos participantes que não esperava todo esse apoio e que agora “vai às últimas consequências para provar a inocência de Laci”.

Alcântara disse que sua baixa, concedida nesta semana pelo Exército, trouxe um misto de liberdade e angústia: “Liberdade por poder regressar ao meio civil, saindo daquele sistema opressor, e angústia porque meu companheiro está lá dentro e está passando por um problema sério, neuropsíquico.

Todos os organizadores do evento e voluntários vestiam camisetas de camuflagem imitando as do Exército.

O Movimento LGBT de Brasília reivindica também que o governo do Distrito Federal acelere o processo de criação do Conselho de Cidadania local. Segundo Jandira Queiroz, do Coletivo de Mulheres Lésbicas e Bissexuais, essa é uma promessa feita no ano passado, que ainda não foi cumprida pelo governador José Roberto Arruda.

O movimento pede ainda a aprovação do Projeto de Lei 122, que se encontra na Comissão de Assuntos Sociais do Senado. Já aprovada pela Câmara dos Deputados, a proposta estabelece penas para práticas homofóbicas.

Participantes da manifestação criticaram integrantes da Assembléia de Deus que, na semana passada, fizeram um movimento no Congresso Nacional pela rejeição do Projeto de Lei 122.

Relatada pela senadora Fátima Cleide (PT-RO), a proposta levou sete anospara ser analisada e votada na Câmara dos Deputados. No Senado, a matéria tramita há mais de um ano. O projeto de lei estabelece umasérie de situações que caracterizariam atitudes homofóbicas como, porexemplo, a demissão de um trabalhador ou trabalhadora por causa de sua opção sexual.

Para o senador Magno Malta (PR-ES), que participou do ato, o projeto cria “um império homossexual no Brasil”. Segundo ele, qualquer um que criticar ou rejeitar alguém para emprego ou transação comercial em virtude da opção sexual poderá ser preso.

Por Marcos Chagas – Repórter da Agência Brasil.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.agenciabrasil.gov.br.

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Camuflados, mas assumidos: Parada Gay não se rende à chuva

Caso do sargento do Exército que se assumiu homossexual foi lembrando na mobilização

Quando a Rainha da Parada 2008 tomou seu posto diante dos carros de som e deu os primeiros passos em direção à Avenida Cândido de Abreu, na tarde de ontem, já havia gente esperando nas laterais da “passarela”, dançando, beijando, cantando, conversando, rindo, enfim divertindo-se em mais uma edição da Parada da Diversidade de Curitiba, a Parada Gay. Tendo como meta reunir 150 mil pessoas, a organização chegou a anunciar a chegada aos 120 mil participantes, número igual ao de 2007. A Polícia Militar, no entanto, sustenta que foram 10 mil pessoas apenas. A medição da PM foi feita por volta das 17 horas, da Praça 19 de Dezembro até cerca de 100 metros adiante do Shopping Mueller.

Junto do slogam do ano Viva, Ame e Seja – Homofobia não rima com democracia, várias palavras de ordem e mensagens eram soltas do alto dos carros: “O que assusta não é o grito dos maus, mas o silêncio dos bons.Vamos gritar pela criminalização da homofobia” e “Não queremos nada de diferente, queremos direitos iguais”. O primeiro caso assumido de homossexualismo no Exército – dos sargentos Laci Marinho de Araújo, preso por deserção, e Fernando Alcântara de Figueiredo -, foram lembrados. Várias lideranças usaram roupas camufladas, entre os quais, Toni Reis – e seu companheiro David Harrad – , que deixou claro: “Camuflados, mas assumidos”. A frase foi transformada em bordão e repetida várias vezes.

A ameaça de chuva não afugentou nem a pláteia nem os “passistas” da Parada da Diversidade, que partiram para a Avenida por volta das 16 horas. Mas, no cair da tarde, a chuva veio, dispersando boa parte dos reunidos para a caminhada até a Praça Nossa Senhora de Salete, no Centro Cívico, que contou com 10 carros de som, vários djs, drag queens, travestis, transexuais e fantasiados em geral. No final da passeata, show com a banda Baby Lee e artistas da noite GLBT curitibana.

Se sobrou o colorido, não faltaram também modelitos em preto, roupas mínimas, capas inteiras; langeries, além, claro, de muitas plumas. O artíficio de colorir a rua, entretanto, não diminuiu a força das palavras de ordem ditas todo o tempo do alto do trio elétrico principal. Celebrando o Dia do Orgulho Gay, 28 de junho, a caminhada não esqueceu que o clima tinha de ser também de engajamento e contra a homofobia. Volta e meia, lideranças conclamavam as pessoas a ligarem para o Congresso Nacional para cobrar de senadores e deputados uma postura de apoio ao projeto que criminaliza a homofobia (PLC 122/06), inclusive citando os nomes dos representantes paranaenses. Nem as Igrejas e a bancada Evangélica no Congresso foram esquecidas. “As religiões maltratam sim os homossexuais. Vamos dizer aos senadores evangélicos que queremos direitos iguais”. Sintonizadas no crescente número de simpatizantes que vão às ruas na Parada, as lideranças agradeceram também às famílias presentes: “Dizem por aí que nós queremos destruir famílias. Mentira, nós queremos é poder construir as nossas famílias”.

Considerada uma das mais importantes no País, a Parada curitibana, que começou esquálida, com umas 30 pessoas participando, cresceu muito nos últimos três anos e ano passado, passou dos cem mil participantes – em 2005, foram 30 mil e 2006, 70 mil.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.bemparana.com.br.

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