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Desaquecimento da economia global pode afetar Brasil, diz presidente do BNDES

Rio de Janeiro – O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, acredita que a desaceleração da economia mundial poderá influenciar o comportamento da economia brasileira, que, em 2009, poderá ter o seu crescimento encolhido para algo em torno de 4%.

Na avaliação do presidente do BNDES, ainda não é possível precisar a intensidade do desaquecimento da economia global, até porque as perspectivas mudam muito.

Para ele, no entanto, é difícil prever, com exatidão, a dimensão do impacto da recessão norte-americana em economias de países como a Ásia, por exemplo.

Coutinho advertiu que é preciso esperar um pouco mais para fazer projeções mais confiáveis. “Se tivermos um cenário menos desfavorável, externamente, nós poderemos manter um crescimento em torno de 4,5% a 5%. Mas acho que a tendência é de um pouco de desaceleração. Agora, é muito difícil projetar isto neste momento. É preciso aguardar um pouco mais o andamento da atividade econômica mundial para fazermos projeções”, avaliou.

Sobre o comportamento do consumo aparente de bens de capital – que é calculado com base na produção mais importação, descontada a exportação – o presidente do BNDES disse acreditar que feche os 12 meses encerrados em junho em 19,8%.

Para ele, no entanto, um crescimento dos investimentos em torno dos 12% ao ano é compatível com a meta do governo de elevar a taxa de investimento da economia do país para 21% do Produto Interno Bruto (PIB), em 2010.

O superintendente da área de Pesquisa Econômica do BNDES, Ernani Teixeira Torres, disse que o banco não tem qualquer indicativo de que o país possa vir a fechar o ano com crescimento inferior aos 5% previstos pelo governo.

“Até este momento, não tem uma indicação de que, para 2008, a economia vá ficar abaixo dos 5,5% que nós previmos. A partir da virada do semestre, com a divulgação dos dados de julho, nós vamos poder avaliar melhor para saber se mantemos a previsão ou se a reavaliamos para baixo. De qualquer maneira, o movimento de deterioração da inflação, que é o que está em jogo, é muito recente. Ele foi muito rápido. Em janeiro ninguém estava percebendo uma inflação tão forte e é um fato que se dá em todo o mundo. Provavelmente algum impacto haverá, mas em 2009 provavelmente”, previu Torres. Ele acredita que o crescimento deva ficar acima dos 5% este ano.

Por Nielmar de Oliveira – Repórter da Agência Brasil.

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