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Bradesco, HSBC, Itaú, Real, Santander e Unibanco: confira as deliberações dos trabalhadores bancários que participaram dos encontros específicos

Funcionários do Bradesco mostram disposição de intensificar ações

Os bancários do Bradesco de todo o Brasil decidiram, durante a campanha nacional da categoria, intensificar ações de mobilização para cobrar do Bradesco o auxílio-educação, plano de cargos e salários, melhorias no plano de saúde, com a inclusão de pais e a remuneração variável. O encontro dos trabalhadores aconteceu nesta segunda-feira, dia 28, na Conferência Nacional dos Bancários.

Na reunião, os funcionários assistiram a um vídeo sobre as atividades da campanha de valorização dos funcionários que aconteceu em todo o Brasil.

Foi divulgado, também, o resultado da pesquisa que elegeu as questões prioritárias para os bancários do Bradesco e que fazem parte da pauta de reivindicações que será entregue no dia 13 de agosto à Fenaban.

“Temos o entendimento que todas as questões encaminhadas são importantíssimas para a mobilização dos trabalhadores do Bradesco e para conseguirmos intensificar nossas ações, mas o auxílio-educação mostrou-se o principal componente”, afirma coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados do Bradesco da Contraf/CUT e diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo Neiva Maria dos Santos.

Por Carlos Fernandes/Seeb-SP – Rede de Comunicação dos Bancários.

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Temas gerais da Campanha Nacional mobilizam bancários do HSBC

Emprego, remuneração, segurança e condições de trabalho: os principais pontos de reivindicação definidos para a Campanha Nacional dos Bancários na plenária da conferência atingem os problemas enfrentados pelos bancários do HSBC. Essa foi a conclusão do encontro dos trabalhadores do banco, realizado nesta segunda-feira, dia 28, na Conferência Nacional dos Bancários.

“A pauta aprovada pelos trabalhadores de todos os bancos cai como uma luva para o HSBC. Isso é importante para conseguirmos mobilizar os trabalhadores para a luta da categoria”, avalia Miguel Pereira, secretário de Finanças da Contraf/CUT.

As questões de emprego e condições de trabalho são fundamentais no HSBC. A falta de trabalhadores nas unidades é gritante em todo o país e demissões constantes só pioram o quadro. “Nesse sentido, a luta pela ratificação da convenção 158 da OIT – que limita as demissões sem justa causa – proposta pela conferência é um caminho para lutar contra essa condição”, avalia Miguel. Além disso, os trabalhadores continuarão com a campanha nacional Contratações Já!, lançada recentemente.

A terceirização também aparece como um problema grave, da mesma forma do uso inadequado dos adolescentes do programa Jovem Aprendiz. Os jovens recebem R$ 350 para cumprir uma jornada de seis horas, além de um ticket-refeição de R$ 8. A função principal deles é a orientação de clientes e usuários no auto-atendimento, mas as entidades sindicais bancárias têm recebido denúncias de que muitos têm sido deslocados para realizar funções tipicamente de bancários, como retaguarda.

A falta de funcionários leva a uma deterioração das condições de trabalho, que são afetadas também por outros fatores. O banco instituiu a jornada de 8h para os caixas nas agências Premiere (voltadas para clientes de alta renda). Além disso, o banco tem realizado pré-contratação de horas-extras, excedendo a jornada legal de 6h diárias. Na área de saúde, os trabalhadores têm enfrentado a descaracterização de doenças ocupacionais e demissões por justa causa de lesionados, além das constantes denúncias de assédio moral.

As propostas aprovadas na minuta geral de criação de um Plano de Cargos e Salários (PCS) para todos e de regulamentação da remuneração variável também contemplam reivindicações dos trabalhadores do HSBC. Um informativo completa a respeito de PPR/PSV do HSBC será disponibilizado posteriormente.

Outra proposta importante é a criação de um plano de previdência complementar fechado para todos os bancários de banco privados. “É uma proposta positiva para o diálogo com o bancário”, diz Miguel. O banco já possui um plano fechado de previdência, mas que precisa de melhorias.

Foi definida ainda a realização de um Encontro Nacional dos Trabalhadores do HSBC, que deverá acontecer este ano após o encerramento da campanha salarial. O objetivo do evento será organizar o processo de negociação permanente com o banco.

Por Nicolau Soares/Contraf-CUT – Rede de Comunicação dos Bancários.

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Insegurança, plano odontológico e metas na pauta do Itaú

A reunião dos representantes dos funcionários do Itaú na 10ª Conferência Nacional dos Bancários, na segunda, dia 28, pontuou que dentre os problemas mais graves enfrentados pelos funcionários estão as conseqüências das metas abusivas, o plano de saúde e a insegurança nas agências e de postos de atendimento.

Nos próximos dias, será feita uma reunião com os dirigentes sindicais para definir como estas questões serão tratadas na campanha nacional.

A insegurança foi citada por quase todas as dez federações presentes, principalmente pela falta de câmeras de vigilância nas agências e postos de atendimento. Os relatos reforçam a multa imposta pela Comissão Consultiva para Assuntos de Segurança Privada (CCASP), coordenada pela Polícia Federal, que, multou o banco em R$ 460 mil, a maior condenação entre todos os bancos, justamente pela falta de segurança.

A Cultura de Performance imposta pelo banco também foi criticada, classificada como instrumento usado para legitimar sua forma de organização do trabalho e que interfere negativamente e de forma direta na qualidade de vida dos bancários.

Outro problema comum pontuado foi a falta de funcionários. Foram citados casos de agências que chegam a funcionar com apenas um trabalhador. O plano odontológico também foi alvo de reclamações de quase todas as federações presentes.

Previdência complementar – A parte da tarde do encontro foi inteira para previdência complementar no Itaú, especialmente para Plano de Aposentadoria Complementar (PAC). Após uma ampla exposição feita por representantes do banco, os trabalhadores fizeram questionamentos e deixaram claro a necessidade da instituição de benefício mínimo, benefício de pensão e alternativas para os mais de 10 mil funcionários que entraram no banco a partir de agosto de 2002 e que estão sem fundo de pensão fechado.

Por André Rossi/Seeb-SP – Rede de Comunicação dos Bancários.

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Bancários do Santander e Real exigem manutenção do emprego e dos direitos

A manutenção do emprego e dos direitos dos bancários do Santander e do Real foi consenso nos debates que nortearam as mesas específicas e conjunta dos delegados das duas instituições financeiras nesta segunda, dia 28, durante a 10ª Conferência Nacional dos Bancários.

Para isso, foram deliberadas ações unificadas como o envio de documento, exigindo abertura imediata de negociações com o presidente do Santander, Fábio Barbosa. Entre os pontos que constarão no documento está a garantida de emprego de três anos dos trabalhadores das duas instituições financeiras e a manutenção dos direitos dos bancários da ativa e aposentados.

Ficou definida também a realização de seminário nacional, no mês de agosto, com os dirigentes sindicais dos dois bancos para aprofundar os debates e intensificar a mobilização. Além disso, a inclusão dos trabalhadores do Real no acordo aditivo do Santander, resguardando-se as especificidades de cada empresa. As negociações específicas ocorrerão concomitantemente às da categoria com a federação dos bancos (Fenaban).

O 14 de agosto foi definido como data indicativa para a entrega da pauta de reivindicações para a renovação do acordo aditivo e também para deflagrar um Dia Nacional de Luta em defesa do emprego e dos direitos dos trabalhadores das duas instituições financeiras.

Por Jair Rosa/Seeb-SP – Rede de Comunicação dos Bancários.

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Bancários do Unibanco definem temas específicos

Após o encerramento da 10ª Conferência Nacional dos Bancários, foi a vez dos 830 delegados se reunirem para discutir as questões especificas de cada banco. Os temas decorrentes do Unibanco foram colocados em pauta na manhã desta segunda-feira, 28 de Julho. Remuneração, PCS, saúde e segurança e os fundos de pensão tiveram destaque nas discussões.

Outros problemas também foram evidenciados, como a questão do plano odontológico, perícia médica, falta de funcionários nas agências, o contrato de metas, doenças ocupacionais, entre outros.

A saúde do trabalhador bancário foi o primeiro tema a ser debatido, com as seguintes propostas:

– Prevenção e reabilitação
– Isonomia de direitos
– Jornada de 6 horas diárias
– Combater o assédio moral
– Respeito à cláusula 79 da CCT
– Cumprimento das normas de segurança

Prevenção e reabilitação

Estabelecer uma política de prevenção, que trate da ergonomia e que discuta a organização do trabalho no banco. Outro problema é a não emissão do CAT pelos bancos (Comunicação de Acidente de Trabalho), não levando em conta também o Nexo Técnico Epidemiológico. “Ele gera estatística e devemos cobrar sua aplicação”, diz Luciana Duarte, secretaria de Assuntos Socioeconômicos da Contraf/CUT e diretora do Sindicato de Belo Horizonte.

Foi proposto que haja uma melhor avaliação ao reabilitado, acompanhado por um médico do sindicato junto ao profissional do banco. Luciana lembra também que há muitos trabalhadores lesionados que são demitidos ao retornar para o banco, como aqueles com doenças crônicas (AIDS e câncer, por exemplo).

Perícia

O descaso com o bancário licenciado por doenças ocupacionais é confirmado nas perícias. O trabalhador recebe alta e a previdência o manda de volta para o banco, deixando-o sem respaldo algum. Muitos pedem demissão por conta da situação. Outro problema é visto junto ao posto prisma. O bancário que se licencia pelo posto do Unibanco, localizado no CAU, possui muitas vezes valores a receber pelo INSS que são maiores do que a remuneração que tem no banco, não sendo repassada a diferença dos valores ao trabalhador.

Também será realizada uma pesquisa para mapear quantos bancários existem na base da categoria. A semana de prevenção de doenças do trabalho, que será realizada pela Contraf/CUT, entre os dias 25 a 29 de agosto, também será utilizada para tratar de assuntos específicos do banco.

Segurança

Os tópicos ressaltados foram à inclusão de portas giratórias, as reformas que, durante sua execução, deixam agências mais vulneráveis e o problema de renovação das mobílias, já que há projetos apenas em alguns locais e não no país inteiro. Também foi ressaltada a falta de funcionários nas agencias – há unidades com apenas quatro funcionários.

Combate ao assédio moral

Há diretores que assediam moralmente os clientes que chegam à agência questionando o que eles desejam e terminam deslocando-os aos terminais de auto-atendimento quando não se trata da venda de nenhum produto.

Fim das metas abusivas

No Unibanco há um programa de metas chamado Catavento. Trata-se de uma planilha enviada aos gerentes com metas diárias. Ao final do mês, deve ser apresentado um relatório ao gerente geral da agência. Caso as metas não sejam cumpridas, o bancário é demitido, o que levou muitos trabalhadores a deixar o banco.

“O contrato de metas é o grande vilão do trabalhador”, diz Carlos Damarindo, diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo, que acrescenta: “os trabalhadores no callcenter do Unibanco são os bancários que mais sofrem com este processo. O ITM se tornou um grande foco de bancários com doenças ocupacionais. São três mil funcionários. Além disso, à questão das perícias, os médicos dão alta para todo mundo. É preciso ter ética médica”.

Ressalta também uma pesquisa que há no portal do Unibanco sobre quem tem problema de saúde. “É marcar para ser demitido. O bancário responde a pesquisa e fica a um passo da demissão”, diz Carlos.

Entre os que deixam o banco, 70% dos bancários o fazem por conta própria, além de muitos outros que são demitidos por justa causa, recebendo cartas de advertência até culminar com a demissão.
Segundo Carlos, o diretor da central de atendimento, Fernando Malta, diz que o callcenter é porta de entrada ao banco, mas também pode ser de saída. “Lá se tem o maior índice de adoecimento mental entre as centrais”.

Plano de Cargos e Salários

O Unibanco possui 28 mil funcionários, sendo que 82% atuam com a carga horária de 8 horas. 30% dos bancários possuem uma remuneração abaixo da faixa 1, sofrendo prejuízos com a PLR, remuneração variável, entre outros.

Fundos de Pensão

Atualmente o Unibanco possui o UBB Prev, chamado de fundo inteligente. São 12 mil associados em todo o conglomerado. “Há apenas cinco anos este tema vem sendo discutido pelo movimento sindical no que se refere aos bancos privados”, diz Jair Alves, diretor da Fetec/SP.

Para ele, falta informação do investimento aos bancários, que tem dúvidas se é interessante ou não aderir. Para isto, será criado um seminário para aprofundar o tema entre os dirigentes sindicais, para que estejam prontos a discutir o tema com o trabalhador. Também será criada uma comissão eleitoral para debater o fundo de pensão.

Outra proposta é reavaliar a participação financeira no investimento. Atualmente, banco e trabalhador participam com aplicação de um mesmo valor, R$ 12,00.

Remuneração

O objetivo deste ano é atingir uma remuneração extra, de forma linear a todos os bancários, que será contemplada em uma minuta de reivindicações especificas, visando os acordos coletivos trabalhistas. Regulamentação de remuneração complementar linear será de 5%, sendo anualmente incorporada ao salário, com 1% ao ano.

Respeito à cláusula 79 da CCT

Intensificar a fiscalização no cumprimento da cláusula 79 da minuta. “Todo bancário demitido tem que passar por um exame demissional”, afirma a secretaria de Assuntos Socioeconômicos da Contraf/CUT e diretora do Sindicato de Belo Horizonte. “Os bancários estão sendo demitidos com exame periódico”.

Foi ressaltada também a isonomia de direitos entre os trabalhadores afastados e ativos e a dificuldade que o dirigente sindical possui em dialogar com o RH do banco.

Por Júnior Barreto/Contraf-CUT – Rede de Comunicação dos Bancários.

NOTÍCIAS COLHIDAS NO SÍTIO www.contrafcut.org.br.

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