O grupo financeiro espanhol Santander anunciou nesta terça-feira, dia 29/07, que obteve lucro de 4,73 bilhões de euros (US$ 7,43 bilhões) no primeiro semestre do ano, com alta de 22% sobre o mesmo período do ano passado.
O Brasil, com um lucro líquido de 501 milhões de euros (R$ 1,24 bilhão), 10,3% a mais em relação ao mesmo período do ano anterior, foi de novo o país que mais apresentou ganho na região. O banco continua lucrando graças à exploração da população, com sua política de juros altos e tarifas, e dos funcionários, submetidos a metas abusivas . “Os empregados do Santander são os responsáveis por esse resultado. Vamos lutar na campanha salarial para dividir os lucros, garantir empregos e condições dignas de trabalho”, destaca o diretor do SindBancários e funcionário do Santander, Mauro Salles.
Prova do descaso com os bancários são apresentadas no próprio balanço semestral do banco. O Santander informa que, no Brasil, aumentou em 4,12% o número de pontos de atendimento (que inclui agências e postos avançados), para 2.121. Ao mesmo tempo, reduziu em 2,06% no número de funcionários, para 21.249, o que aumenta ainda mais a sobrecarga de trabalho e o acúmulo de funções pelos trabalhadores, que acabam vítimas de doenças ocupacionais.
A receita líquida obtida no país foi de 1,522 bilhão de euros (R$ 3,76 bilhões), com avanço de 25,6% sobre o mesmo período do ano passado.
Na América Latina, o banco teve um lucro de 1,42 bilhão de euros (cerca de US$ 2,23 bilhões), um aumento anualizado de 4,4%.
Em segundo lugar, o México alcançou 367 milhões de euros (US$ 576,3 milhões) de lucro, 14% a mais, seguido de Chile, que ficou em 259 milhões de euros (US$ 406,7 milhões) de lucro, em um aumento anualizado de 6,7%.
O valor total na região da América Latina é um pouco menor do que um terço do lucro semestral global da empresa.
O Santander ressaltou que os resultados, que teriam crescido em torno de 8,5% se não fossem prejudicados pelo efeito da taxa de câmbio, foram impulsionados pela atividade dos bancos comerciais, que avançou 8% e se consolidou como o motor do crescimento.
Após quase um ano de turbulências financeiras nos mercados mais desenvolvidos, o Santander destacou que as economias da região não sofreram um impacto significativo no crescimento, mas sua taxa de inflação foi elevada.
Além disso, o crédito a pessoas físicas sofreu uma desaceleração após amarrar vários anos de forte expansão, enquanto o crédito a empresas e instituições mantiveram altos ritmos de crescimento.
O crédito de pessoas físicas e pequenas e médias empresas aumentou 21% durante no primeiro semestre e já representa 52% do crédito total do grupo na América Latina, enquanto o de consumo avançou 15%, o de cartões, 29%, e os hipotecários, 18%.
No final de junho, a base de clientes do grupo na América Latina subia para 26,3 milhões, aumentando em 2,4 milhões em comparação com um ano antes.
Fonte: Imprensa/SindBancários com informações da Efe e Folha Online.
NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.sindbancarios.org.br.