fetec@fetecpr.com.br | (41) 3322-9885 | (41) 3324-5636

Por 11:59 Sem categoria

A ganância dos patrões banqueiros continua e já falam em aumentar os juros dos empréstimos consignados; movimentos sociais precisam organizar a reação de clientes e usuários do sistema financeiro

Bancos querem aumentar juros do consignado

Aumento da Selic é a desculpa do setor financeiro para lucrar mais

São Paulo – Com o aumento da taxa Selic promovido pelo Banco Central, no último dia 23, os bancos privados querem a elevação das taxas cobradas no crédito com desconto em folha (consignado) de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

O superintendente de Projetos Especiais da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Jorge Higashino, afirma que a entidade já fez a solicitação ao ministro da Previdência, José Pimentel, sobre a ampliação do teto de juros desse tipo de crédito que atualmente está em 2,5% ao mês na modalidade tradicional e 3,5% ao mês no cartão de crédito consignado. O argumento é que o aumento da Selic, de 12,25% para 13%, reflete no custo de captação de recursos financeiros para os bancos. De acordo com Higashino, o ministro pediu um tempo para analisar o rumo da taxa Selic nos próximos meses. A Febraban informa que existem cerca de 60 instituições financeiras que operam com o crédito consignado.

“Os bancos fazem parte de um setor que ganha em qualquer cenário econômico. No de inflação e juros altos, o lucro é ainda maior”, afirma o presidente do Sindicato dos Bancários, Luiz Cláudio Marcolino. “Estão em dívida com a população, devem contrapartidas sociais e poderiam começar por reduzir juros para o crédito consignado e para o produtivo”, disse.

A taxa de 2,5% ao mês já representa juros de 34,49% ano, bem mais elevado do que a Selic de 13%. “Ou seja, um spread altíssimo que não se justifica. A concessão de crédito consciente e sustentável gera ganhos saudáveis para o país e para a sociedade e esse é verdadeiro papel que os bancos deveriam cumprir”, completa Marcolino.

Por Cláudia Motta – 31/07/2008.

==================================================

Juro bancário é o maior desde abril de 2007

Pesquisa mensal do Banco Central passaram de 47,4% para 49,1% ao ano

São Paulo – Mais uma vez os bancos aumentam a taxa de juro nas principais modalidades de crédito para pessoa física e na contramão da evolução do crescimento econômico.

A pesquisa mensal de juros do Banco Central, divulgada nesta terça-feira, dia 29, aponta que houve alta nas taxas do cheque especial, empréstimo pessoal e aquisições de veículos.

Na média, os juros passaram de 47,4% para 49,1% ao ano, a maior taxa desde abril de 2007. No final do ano passado, a taxa ao consumidor chegou a cair para 33,8% ao ano, mas voltou a subir em 2008, atingindo o pico no mês de junho.

No cheque especial, a taxa passou de 157,1% para 159,1% ao ano entre maio e junho. A maior taxa registrada até hoje no cheque especial foi verificada em julho de 1994 (294% ao ano). No empréstimo pessoal, a taxa subiu de 48,4% para 51,4% ao ano. Na aquisição de veículos, passou de 30,6% para 31,1% ao ano.

O movimento veio na esteira do aumento da taxa básica de juros, que começou o ano em 11,25% e chegou a 13% ao ano na semana passada, e mantém a elevação do spread bancário (a diferença entre o custo de captação dos bancos e a taxa efetiva cobrada dos clientes). Do aumento de 1,7 ponto percentual nos juros para pessoa física no mês, 1,2 ponto percentual se refere ao spread e 0,5 ponto ao aumento dos juros.

“Esse quadro precisa mudar. A redução dos juros e a ampliação do crédito produtivo são preocupações dos bancários e do movimento sindical. Acreditamos que essas duas medidas contribuirão para que o país continue a crescer e a gerar emprego e renda. As duas reivindicações são eixos da Campanha Nacional dos Bancários 2008”, disse Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato.

A redução dos juros também é tema de discussão do grupo de trabalho formado entre representantes sindicais e da Fiesp. A federação dos bancos (Febraban) também será convidada para fazer parte do grupo. “Queremos sair do campo dos discursos e desculpas e criar medidas que possam ser colocadas em prática para que os ganhos econômicos favoreçam a todos. Juros altos não é bom nem para empresários e nem para trabalhadores”, disse Marcolino, ao destacar que no momento em que a taxa Selic sofreu reduções consecutivas, o repasse dessa diminuição de juros ao consumidor não foi feito na mesma proporção que agora, em que população está pagando mais com alta dos juros básicos.

Por Cláudia Motta com informações do UOL – 29/07/2008.

NOTÍCIAS COLHIDAS NO SÍTIO www.spbancarios.com.br.

Close