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Trabalhadores bancários e trabalhadores vigilantes unidos na campanha nacional deste ano

Participação conjunta é marco na história das duas categorias

São Paulo – Pela primeira vez na história, os bancários contarão com o importante apoio dos trabalhadores vigilantes na campanha nacional. Com perfis diferentes mas uma luta em comum, as duas categorias se unem para cobrar dos banqueiros melhores condições de trabalho e, principalmente, mais segurança.

A Confederação Nacional dos Trabalhadores Vigilantes (CNTV), filiada à CUT, anunciou, durante a 10ª Conferência Nacional dos Bancários, que vai realizar uma campanha extraordinária reivindicando a mudança da sua data-base para 1º de setembro, a mesma da categoria bancária, além da equiparação de direitos como o valor do vale-refeição dos bancários e plano de saúde. “Nossa participação na Conferência Nacional dos Bancários foi um marco para os trabalhadores das duas categorias. Conseguimos consolidar um debate que vínhamos construindo a um bom tempo”, afirma o presidente da CNTV, José Boaventura Santos.

A principal reivindicação comum às duas categorias trata da segurança bancária. Questões como o número de vigilantes nas agências, porta de segurança no auto-atendimento, vidros blindados, adicional de risco e a contratação de empresas de segurança privada qualificadas são consenso entre os representantes de bancários e vigilantes. “Queremos que os bancos cumpram a lei. Muitas instituições financeiras, por exemplo, contrataram empresas de segurança privada sem o mínimo de qualificação, o que coloca em risco bancários, clientes e vigilantes. Nossa atuação em conjunto tem como objetivo combater esse desrespeito”, diz Boaventura.

Greve – No início de junho, durante a greve dos vigilantes, os bancários tiveram participação decisiva ao denunciar a postura dos bancos em abrir agências mesmo sem as condições mínimas de segurança. A paralisação durou três dias e durante esse período os bancários e clientes ficaram sob constante risco por culpa dos banqueiros. O representante dos vigilantes lembra do episódio e fala que a atuação dos bancários na greve exemplifica exatamente como deve ser relação entre as duas categorias. “É impossível imaginar o trabalho do bancário sem a presença do vigilante, portanto nessa campanha acima de tudo queremos estabelecer uma relação fraterna, leal e de confiança”, diz.

O diretor do Sindicato e membro da Comissão Consultiva para Assuntos de Segurança Privada (CCASP) Daniel Reis comemora a participação dos vigilantes na Campanha Nacional dos Bancários. “A greve dos vigilantes com a nossa atuação foi uma demonstração que unidos somos mais fortes”, afirma.

Reivindicações que unem vigilantes e bancários:

– Atualização da lei federal 7.102/83;

– Continuidade da Comissão de Segurança, com representantes dos trabalhadores e banqueiros;

– Adicional de risco para quem trabalha em agências e postos de atendimentos; e

– Instalação de portas de seguranças em todas as agências já no auto-atendimento.

Por Carlos Fernandes – 31/07/2008.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.spbancarios.com.br.

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Trabalho em conjunto pode melhorar condições de segurança nos bancos

Encontro temático sobre Segurança Bancária denuncia descaso dos banqueiros em relação ao problema na Conferência Nacional dos Bancários

A circulação do dinheiro está gerando muitas mortes. Bancários, clientes e vigilantes são vítimas constantes dos ataques a agências e postos bancários em todo o País. Embora o problema seja abrangente, os bancos manifestam todo o seu descaso quanto à preservação da vida daqueles que geram seus lucros exorbitantes.

Enquanto o movimento sindical bancário tenta implementar uma série de ações conjuntas buscando o diálogo com órgãos como a Polícia Federal para melhorar as condições de segurança, os bancos fogem do debate e ainda tentam boicotar a Comissão Paritária de Segurança Bancária, regulamentada pela Convenção Coletiva dos Bancários.

Na abertura do Encontro sobre Segurança Bancária nesta sexta-feira, que ocorre dentro da programação da 10ª Conferência Nacional dos Bancários, o secretário geral da Contraf/CUT, Carlos Cordeiro, destacou a dificuldade de negociação com a Fenaban com relação à segurança. “Queremos garantir a segurança nos locais de trabalho e a segurança pública também. A negociação deste tema com os bancos é muito difícil, mas nosso papel é este, negociar até a exaustão”.

O sindicalista informou que os dados da pesquisa sobre segurança nos bancos, feita pela Contraf/CUT, federações e sindicatos em 2007, não podem ser divulgados porque a Fenaban obteve uma liminar na Justiça. Além disso, os bancos já anunciaram a intenção de excluir da Convenção Coletiva de Trabalho a cláusula que regulamenta a Comissão Paritária de Segurança Bancária, fórum que visa ampliar o debate sobre segurança e busca soluções para o problema.

O doutorando da Unicamp, Cléber da Silva Lopes, que realiza atualmente um estudo específico sobre o tema, repudia a atitude da Fenaban. “Informação é indispensável para discutir qualquer tipo de política pública. Precisamos ter dados para fazer este debate com mais qualidade”, afirma.

Estatística

A Contraf/CUT irá disponibilizar em seu novo portal, que está na WEB desde ontem (24), um contador de assaltos, que vai facilitar o registro de ocorrências em todo o País. Através deste sistema, os sindicatos poderão informar detalhes sobre os ataques a bancos, contribuindo para a elaboração de um banco de dados sobre assaltos, roubos de malotes, seqüestros, arrombamentos e outros tipos crimes.

PF quer intensificar a troca de informações

O delegado da Polícia Federal, Adelar Anderle, observa que existe uma preocupação em facilitar o acesso da população ao dinheiro que contrasta com a falta de estrutura de segurança.

Em recente visita à França, ele obteve dados que revelam a drástica redução dos ataques a bancos naquele país devido a um conjunto de medidas adotadas desde 2002. “Em 2007 só houve 30 roubos a banco e carro-forte na França. Eles utilizam recursos como a blindagem transparente nos caixas de atendimento, que protegem a vida do trabalhador. A realidade brasileira é outra, mas vamos adaptar aqui o que for possível”.

Anderle salientou que é preciso criar uma nova legislação mais eficaz a partir de três princípios: segurança da população, segurança dos bancários e segurança dos vigilantes. Ele reconhece que há dificuldade quanto à criação de um projeto de lei que contemple estas três perspectivas porque há muitos interesses em jogo.

Por Marisane Pereira/Feeb-RS – Rede de Comunicação dos Bancários.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.contrafcut.org.br.

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