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Por 14:30 Sem categoria

Em Curitiba e Região, Sindicato orienta a população a pressionar os bancos por melhorias nos sistemas de segurança

Sindicato orienta para que população pressione os bancos

Irresponsabilidade. Esta é a resposta que a Federação Brasileira dos Bancos dá diariamente para a sociedade brasileira. Na última terça-feira (26), ocorreu mais um triste episódio de violência envolvendo uma agência bancária em Curitiba, que resultou na morte de uma mulher. O episódio retoma a discussão sobre a falta de segurança dentro e no entorno dos bancos em Curitiba e Região Metropolitana.

No dia do lançamento da Campanha Salarial 2008, no dia 14 de agosto, foram outros dois em agências do Bradesco e da Caixa. No dia 23 de junho, um comerciante foi baleado em frente a uma agência do banco Itaú, na Augusto Stresser. No dia 07 de maio, mesma data em que estava sendo promovida uma audiência pública na Assembléia Legislativa sobre o tema segurança bancária, houve um assalto no posto de atendimento bancário do hospital Pequeno Príncipe. Este relato visa apenas levantar alguns casos recentes que fizeram a imprensa a abordar este sério problema.

Enfrentamos um verdadeiro caos em relação a segurança pública em nosso país. Entretanto, este problema é mais abrangente. Não pode envolver apenas o poder público e as polícias, civil, militar e Federal. Os bancos são co-responsáveis e precisam assumir sua parte de responsabilidade aumentando os investimentos em segurança. São medidas simples, que previnem os crimes e dão maior segurança aos bancários, clientes e usuários.

O descaso dos bancos em relação a esta questão ficou evidenciado no caso de morte da cabelereira Rosângela Costa, de 40 anos, com pelo menos três tiros dentro de uma agência Bradesco na Rua Anne Frank (Hauer), por volta das 21h45 de terça-feira. O sistema de segurança da agência foi considerado obsoleto pela própria polícia. As imagens das câmeras do banco, que deveriam identificar os suspeitos, dificilmente vão servir para as investigações. A qualidade das imagens presentes no DVD entregue à polícia estava tão ruim que sequer era possível enxergar a vítima.

O Sindicato dos Bancários de Curitiba e região novamente se manifestou a respeito, repetindo suas reivindicações para dar um basta a esse tipo de violência. Mais uma vez utilizamos a imprensa para cobrar dos bancos uma postura menos covarde e mais digna.

Exigimos mais contratações de vigilantes, o investimento em cursos de capacitação para estes trabalhadores, portas giratórias com detectores de metais e vidros blindados em todas as agências, instalação de grades e vidros blindados e de câmeras de vídeo com filmagem digital.

Além disso, o Sindicato dos Bancários reivindica um sistema de gravação eletrônica de imagens e centrais de monitoramento de vídeo em tempo real, integrada às polícias civil, militar e secretarias de segurança pública.

Todas as tentativas de abrir uma mesa de negociação com o tema segurança foram feitas, mas a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) se nega a dialogar e proibiu a divulgação de dados sobre o assunto. Além de abrir o canal de negociação com a Federação dos Bancos exigindo mais investimento, é imprescindível haver uma fiscalização mais rigorosa por parte da Polícia Federal (PF) dos planos de segurança nas agências apresentados para liberação de seu funcionamento.

Mais do que isso, bancários, clientes e usuários precisam se indignar, reclamar e denunciar. Quanto mais vozes unidas por esta bandeira, maior será a pressão para que os bancos cumpram seu papel. Assumam que as agências são áreas de risco, visadas pelos marginais e que precisam ser protegidas como o tal. Não se pode permitir que visando unicamente sua lucratividade, os bancos estejam colocando em risco a vida dos cidadãos.

Por Junior Cesar Dias, que é trabalhador bancário no Unibanco, dirigente sindical e secretário de bancos privados, e por Marco Aurélio Cruz, que é trabalhador bancário no HSBC, dirigente sindical e secretário de administração do Sindicato dos Bancários e Financiários de Curitiba e Região.

ARTIGO COLHIDO NO SÍTIO www.bancariosdecuritiba.org.br.

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