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Por 21:02 Sem categoria

Brasil não terá pacote anticrise, afirma Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quarta-feira que o Brasil “não vai ter pacote econômico” por conta da crise financeira iniciada nos Estados Unidos. A declaração foi feita após reunião da coordenação política do governo, convocada para discutir os efeitos no Brasil. “Não tem pacote. [A situação] está mais tranqüila”, disse.

Lula se reuniu com o vice-presidente, José Alencar, e os ministros Tarso Genro (Justiça), Guido Mantega (Fazenda), Paulo Bernardo (Planejamento), Dilma Rousseff (Casa Civil), Luiz Dulci (Secretaria Geral da Presidência), Franklin Martins (Comunicação Social) e José Múcio Monteiro (Relações Institucionais).

Mantega tranqüilizou o grupo sobre os eventuais contágios da crise econômica norte-americana ao Brasil. Em uma longa exposição durante a reunião no Palácio do Planalto, Mantega disse que os investidores estrangeiros mantêm as aplicações no mercado nacional e que o Brasil tem uma posição segura. O ministro José Múcio também tratou da crise na reunião ao considerar fundamental manter as oportunidades de crédito – e não permitir que os efeitos da crise afetem as reservas nacionais.

Em debate em São Paulo, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse que o governo acompanha com grande seriedade os desdobramentos da crise e está preparado para adotar as medidas necessárias. “Continuamos como parte da economia internacional. Enfrentamos todos os problemas que outros países estão enfrentando e que enfrentaremos. Mais importante do que nunca é manter a qualidade da política econômica”, afirmou.

Ele disse que, se necessário, o governo vai agir com serenidade, evitando “medidas precipitadas, tomadas no calor dos acontecimentos”. O presidente do BC disse ainda que o país está em condições favoráveis porque soube “tomar partido de um momento benigno da economia mundial”. “Temos um colchão de reservas que acumulamos nos últimos anos e que é de extrema utilidade”, afirmou.

As afirmações rebatem as críticas que o governador de São Paulo, José Serra (PSDB) sobre o que seria uma postura do governo de tratar o Brasil como “uma ilha de tranqüilidade em um mar de turbulências”. Serra condenou o suposto uso de reservas para manter o real valorizado e disse que o país tende a ser atingido pela crise. Segundo ele, a imagem de um Brasil imune à instabilidade internacional pode ser comparada à mesma da década de 70, com a segunda crise do petróleo e a explosão dos juros americanos.

O deputado Fernando Ferro (PT-PE), no entanto, apresentou argumentos contra as críticas de Serra. Segundo o petista, “a economia brasileira tem hoje fundamentos mais consistentes e estáveis que na era tucana”. “A crítica de Serra é feita para tentar marcar posição política, de querer se diferenciar politicamente. Hoje estamos num vivendo um cenário crítico internacional, mas, diferentemente de outros momentos, quando os tucanos comandavam a economia, não estamos em clima de desespero”, disse.

Ferro lembrou ainda que o governo já tomou precauções que deram certa estabilidade à economia e medidas para um crescimento sustentável, e não para “vôos de galinha”. “A situação mundial preocupa, mas não se deve recorrer à prática tucana de uma série de pacotes com medidas duras para a população. Serra deve querer faturar com o cenário ruim. Eles são apóstolos do pessimismo e da derrota e devem torcer para não dar certo, mas está dando certo e o governo tem tido uma postura e um comportamento que tem o respeito interno e externo. Temos mais condições de enfrentar essa crise do que no passado”, afirmou. (Gabriela com agências)

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.ptnacamara.org.br.

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Paulo Bernardo diz que pacote é coisa do passado

Brasília – Com a frase “pacote é coisa do passado”, o ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo, respondeu hoje (1º) aos questionamentos sobre informação atribuída a ele de que o governo faria mudanças no texto do orçamento de 2009.

A divulgação das mudanças no orçamento foi feita pelo jornal O Globo na edição de hoje.

O ministro disse que recebeu o jornalista ontem (30), que lhe perguntou se poderiam mudar alguns parâmetros na avaliação do crescimento e da receita, em função da nova realidade do mercado internacional.

“Eu lhe disse que não”, relatou. Paulo Bernardo lembrou que a elaboração do orçamento envolve também o Ministério da Fazenda e a Casa Civil, além do presidente da República, e “se nenhuma conversa houve nesse fórum, ela não existe”.

A notícia “é falsa”, segundo o ministro, e até despertou a curiosidade do presidente da Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional, deputado Mendes Ribeiro Filho (PMDB-RS), que telefonou ao ministro quando leu a matéria, pela manhã.

Paulo Bernardo lhe disse que “tomou um susto” com a “desinformação”, tanto quanto o presidente da comissão, e lhe assegurou que “se houver necessidade de fazer qualquer coisa, teríamos que conversar com o Congresso”, onde a proposta do Executivo está sendo analisada.

Caso surja necessidade nesse sentido, disse ele, “vamos conversar no final de novembro, ou começo de dezembro. Pode ser que até lá tenha acontecido alguma coisa que justifique mudar alguns parâmetros. Por enquanto, não tem nada”.

O impacto da crise econômico-financeira norte-americana, no Brasil, até agora, conforme Paulo Bernardo foi a redução de linhas de crédito. Ele está confiante de que haverá um “distensionamento” para melhorar a oferta de crédito, assim que o Congresso norte-americano aprovar o pacote de US$ 700 bilhões para socorrer os bancos.

Atenção ao crédito foi uma das recomendações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na reunião de coordenação realizada na manhã de hoje, no Palácio do Planalto. Segundo o ministro, o presidente Lula lembrou que a oferta de crédito precisa ser preservada e teria destacado a proximidade das festas natalinas.

Por Stênio Ribeiro – Repórter da Agência Brasil.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.agenciabrasil.gov.br.

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