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Cheque especial tem maior taxa de juros desde 2003

A Fundação Procon-SP, órgão vinculado a Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania realizou dia 4 de novembro, em dez instituições financeiras, pesquisa de taxas de juros de empréstimo pessoal e cheque especial para pessoa física.

Os bancos pesquisados foram Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, HSBC, Itaú, Nossa Caixa, Real, Safra, Santander e Unibanco.

Neste mês, a pesquisa de taxas de juros detectou aumento das taxas médias nas duas modalidades estudadas. A taxa média do empréstimo pessoal desde o mês passado vem rompendo a barreira dos seis por cento e isso quer dizer que estamos voltando aos patamares do primeiro semestre de 2003, época em que o cenário externo também era motivo de apreensão.

O mesmo acontece com o cheque especial, que neste mês registrou a maior taxa média desde julho de 2003 (9,27%). Dos dez bancos pesquisados nessa modalidade, sete elevaram suas taxas.

No cheque especial a taxa média dos bancos pesquisados foi de 9,24% a.m., superior à do mês anterior, que foi de 8,96% a.m., significando um acréscimo de 0,28 ponto percentual.

As altas verificadas nas taxas de cheque especial foram:

Bradesco: alterou de 8,05% para 8,64% a.m., o que significa um acréscimo de 0,59 ponto percentual, representando uma variação positiva de 7,33% em relação à taxa de outubro/08;

Real: alterou de 9,28% para 9,85% a.m., o que significa um acréscimo de 0,57 ponto percentual, representando uma variação positiva de 6,14% em relação à taxa de outubro/08;

Safra: alterou de 11,79% para 12,30% a.m., o que significa um acréscimo de 0,51 ponto percentual, representando uma variação positiva de 4,33% em relação à taxa de outubro/08;

Santander: alterou de 9,28% para 9,70% a.m., o que significa um acréscimo de 0,42 ponto percentual, representando uma variação positiva de 4,53% em relação à taxa de outubro/08;

HSBC: alterou de 8,91% para 9,25% a.m., o que significa um acréscimo de 0,34 ponto percentual, representando uma variação positiva de 3,82% em relação à taxa de outubro/08;

Unibanco: alterou de 8,39% para 8,59% a.m., o que significa um acréscimo de 0,20 ponto percentual, representando uma variação positiva de 2,38% em relação à taxa de outubro/08;

Itaú: alterou de 8,75% para 8,95% a.m., o que significa um acréscimo de 0,20 ponto percentual, representando uma variação positiva de 2,29% em relação à taxa de outubro/08.

Os demais bancos mantiveram suas taxas de cheque especial.

As altas verificadas nas taxas de empréstimo pessoal foram:

Bradesco: alterou de 5,47% para 5,99% a.m., o que significa um acréscimo de 0,52 ponto percentual, representando uma variação positiva de 9,51% em relação à taxa de outubro/08;

Itaú: alterou de 6,89% para 7,09% a.m., o que significa um acréscimo de 0,20 ponto percentual, representando uma variação positiva de 2,90% em relação à taxa de outubro/08;

Real: alterou de 7,95% para 8,15% a.m., o que significa um acréscimo de 0,20 ponto percentual, representando uma variação positiva de 2,52% em relação à taxa de outubro/08;

Santander: alterou de 5,90% para 6,00% a.m., o que significa um acréscimo de 0,10 ponto percentual, representando uma variação positiva de 1,69% em relação à taxa de outubro/08;

HSBC: alterou de 4,82% para 4,85% a.m., o que significa um acréscimo de 0,03 ponto percentual, representando uma variação positiva de 0,62% em relação à taxa de outubro/08.

Os demais bancos mantiveram suas taxas de empréstimo pessoal. No Empréstimo Pessoal a taxa média dos bancos pesquisados foi de 6,15% a.m., superior à do mês anterior, que foi de 6,04% a.m., significando um acréscimo de 0,11 ponto percentual.

Considerando que existe a possibilidade de variação da taxa do empréstimo pessoal em função do prazo do contrato, foi estipulado o período de 12 meses, já que todos os bancos pesquisados trabalham com este prazo.

Vale lembrar, também, que os dados coletados referem-se às taxas máximas pré-fixadas para clientes não referenciais, sendo que para o cheque especial foi considerado o período de 30 dias.

Na reunião de outubro do Comitê de Política Monetária (o Copom), o Banco Central decidiu manter os juros básicos da economia em 13,75% anuais. Para essa decisão pesou o fato do Brasil estar convivendo com um problema sério de falta de liquidez, que levou o Banco Central a injetar dinheiro no mercado. Nesse cenário, prevaleceu o temor de que um maior aperto da política monetária poderia agravar os efeitos da crise externa na economia, com impacto no emprego e na renda.

Não há dúvidas de que para o tomador de crédito, a situação piorou muito. As instituições financeiras decidiram apertar o crédito e as taxas de juros voltaram a subir de maneira expressiva. Se antes o cheque especial já era uma linha de crédito muito cara, agora se torna impraticável.

Portanto, os técnicos do Procon-SP alertam que o momento é para muita cautela e recomendam que o consumidor aguarde momentos mais favoráveis para a contratação de empréstimos.

Fonte: IG

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