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Bancários nas ruas dia 17 em defesa de empregos e direitos

Descaso dos banqueiros motiva a reação dos trabalhadoresSão Paulo – Com a intransigência de Itaú e Unibanco, que se negam a assinar um acordo que dê garantia de emprego aos bancários dos dois bancos e coloca em dúvida a palavra empenhada por seus presidentes, Roberto Setubal e Pedro Moreira Salles, bancários de todo o país irão às ruas no próximo dia 17 com uma Campanha em Defesa dos Empregos e Direitos dos Bancários.

A mobilização começará com os bancários do Itaú e do Unibanco, mas atingirá os trabalhadores de todos os bancos, que também têm seus postos de trabalho em risco por conta de outras fusões, como nos casos Santader-Real e Banco do Brasil-Nossa Caixa.

Na reunião de terça, dia 9, a postura dos representantes do Itaú e do Unibanco foi de desrespeito aos trabalhadores na negociação com o Sindicato, ao se negarem a formalizar a suspensão das demissões durante o processo de fusão das duas instituições financeiras.

“Em coletiva à imprensa os presidentes dos bancos informaram que não haveria demissões. Os representantes dos bancos já enviaram várias mensagens aos trabalhadores de que a fusão será tranqüila. Ora, isso só ocorre de fato quando os bancários têm a segurança de que estarão empregados. E essa certeza só vem com um acordo formalizado com o Sindicato, com regras claras”, destacou o presidente do Sindicato, Luiz Cláudio Marcolino, ao sair da negociação.

Dias antes da reunião, o Sindicato enviou para ambas as instituições propostas para a proteção ao emprego. O documento que foi elaborado a partir das discussões no encontro que reuniu as comissões de empresa dos bancários do Itaú e do Unibanco.

Mais fusões – Atualmente a batalha dos trabalhadores da Nossa Caixa está na Assembléia Legislativa, onde tramita o projeto de lei que irá permitir a venda para o Banco do Brasil. Os bancários lutam pela inclusão de emendas de proteção ao emprego na proposta enviada pelo governador José Serra, a qual ignorou completamente a situação dos trabalhadores.

Os bancários levaram a mobilização também para Brasília, onde será votada a medida provisória 443, que permite que o Banco do Brasil e a Caixa Federal comprem outras instituições. O objetivo é o mesmo: incluir cláusulas de proteção ao emprego na medida.

No Santander/Real, os funcionários trabalham nas ruas, com mobilizações contra demissões – a próxima está marcada para sexta-feira, dia 12 – e em diversas negociações. Em novembro, a direção do Santander apresentou um programa de realocação de funcionários após reivindicação do Sindicato.

Crise internacional – Possíveis demissões causadas pelos efeitos da crise financeira internacional também gera a mobilização, lançada em toda a América Latina pela UNI América Finanças e pelo Comitê de Finanças da Coordenadora das Centrais Sindicais do Cone Sul (CCSC).

“Não aceitaremos que os bancários paguem por eventuais perdas dos bancos no sistema financeiro internacional”, diz o presidente do Sindicato, Luis Cláudio Marcolino. “Até por que os números mostram que, no Brasil, os banqueiros continuam voando em céu de brigadeiro”, completa.

A campanha foi decidida durante a 4ª Reunião Conjunta das Redes Sindicais de Bancos Internacionais, realizada na sede da Contraf/CUT nos dias 20 e 21 de novembro.

André Rossi
Fonte: Contraf/CUT

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