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Centrais sindicais suspendem negociação com empresários

São Paulo – Representantes das centrais sindicais decidiram hoje (15) em reunião, paralisar as negociações com os empresários por dez dias. A decisão foi tomada sem a presença da Central Única dos Trabalhadores (CUT) que não aceita a redução do salário proposta pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Durante esses dez dias, os sindicalistas pretendem se reunir com os governos federal e estaduais para encontrar soluções de combate à crise e, assim, evitar as demissões ou reduções salariais.

De acordo com o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, os sindicalistas decidiram elaborar propostas diretas para auxiliar o governo a conter a crise no país e evitar as demissões. Entre as propostas estão medidas como a redução dos juros, aumento do crédito e redução do spread bancário (diferença que os agentes financeiros cobram entre captação e aplicação). A Fiesp, além dessas medidas, propõe a redução da jornada de trabalho e do salário.

“São medidas que o governo tem que tomar já. Se nós conseguirmos que o governo tome essas medidas talvez não seja necessário a gente fazer essas concessões que os trabalhadores já começam a fazer não só em São Paulo como no Brasil inteiro. Nossa idéia é tentar, aproveitando a onda de demissões, a crise e as dificuldades que os trabalhadores vêm passando, forçar o governo federal e de São Paulo a tomar medidas contra a crise.”

Paulinho disse ainda que o governo também pode reduzir impostos e as empresas garantir os empregos. Para ele, o governo está tomando medidas que beneficiam os empresários e está esquecendo dos trabalhadores. “O governo vive falando mal do Fernando Henrique Cardoso e no governo dele quando isso foi feito [redução de impostos] garantiu-se o emprego.”

Na próxima quarta-feira (21), dia em que o Comitê de Política Monetária (Copom) decide a nova taxa básica de juros, os sindicalistas farão uma manifestação com a presença da Força Sindical, Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), a Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), a União Geral dos Trabalhadores (UGT) e a Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB). Os sindicalistas prometem também fazer manifestações e paralisações nas empresas e fábricas que demitirem funcionários.

Por Flávia Albuquerque – Repórter da Agência Brasil.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.agenciabrasil.inf.br.

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Desenvolvimento X crise

Artur Henrique e o economista Claudio Dedecca debatem alternativas para defender os empregos e os salários.

O presidente da CUT, Artur Henrique, e o economista Claudio Dedecca, professor de Economia do Trabalho da Unicamp, debatem as alternativas para defesa dos empregos e manutenção do crescimento econômico em tempos de crise. O debate aconteceu no programa “Entre Aspas”, da Globo News, mediado pelo jornalista Ricardo Lessa.

Ambos criticaram aquilo que consideram uma visão estreita da Fiesp, que propõe, de primeira, a redução de salários e suspensão de contratos de trabalho para enfrentar a crise. Sobrou igualmente para a Força, que embarcou no ensaio da federação.

“A iniciativa da Fiesp é precipitada. Temos a chance de crescer em torno de 3% este ano, o que será um ganho para o Brasil frente à crise internacional. Temos de procurar construir uma genda de temas relevantes para buscar esse crescimento. Uma discussão que toma como princípio que o desemprego é inevitável é um erro”, disse Dedecca. O professor citou como exemplo o industrial Roberto Simonsen, que na década de 1930 liderou o empresariado numa agenda de desenvolvimento, quando o mundo enfrentava séria crise, e ajudou o Brasil a crescer.

Artur Henrique reiterou que a CUT não vai aceitar redução de direitos como premissa dos debates, e alinhavou algumas propostas para a defesa dos empregos. Uma delas é o estabelecimento de redução da carga tributária, inclusive sobre a folha de pagamentos, como forma de atravessar o período mais turbulento da crise. “Outra medida urgente é a redução drástica de juros e o fim do superávit fiscal”.

O VÍDEO PODE SER ASSISTIDO ATRAVÉS DO SÍTIO DA CUT.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.cut.org.br.

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