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Cada ponto reduzido da taxa Selic representa uma economia de 15 bilhões de reais na dívida pública

Sérgio Mendonça, do Dieese: menos juros

Os economistas Sérgio Mendonça e Ademir Figueiredo, técnicos do Dieese, destacaram a importância da redução dos juros e do superávit primário para o desenvolvimento nacional, sublinhando o significado de ambas as medidas para o fortalecimento do mercado interno, geração de emprego e renda, e combate à crise que sopra com força desde os países centrais. As iniciativas contra a crise deram a tônica ao debate na manhã desta segunda-feira, em São Paulo, com o secretariado da executiva nacional da CUT, dirigentes das CUTs estaduais e ramos.

“Temos uma oportunidade histórica de deixarmos de ser o país dos rentistas, trazendo os juros para os patamares internacionais de 1 a 2% real, contra os 13,75% atuais da taxa Selic”, declarou Sérgio Mendonça, lembrando que a taxa Selic tem forte impacto sobre a dívida pública brasileira. Serginho fez um paralelo entre a crise de 29 e a atual, citando a forma como o presidente dos EUA, Franklin Delano Roosevelt, enfrentou o problema: vitaminando a economia, garantindo emprego e salário.

“Cortar os juros pela metade representa uma economia de mais de R$ 100 bilhões na dívida pública, recursos que poderiam ser aplicados em investimentos diretos. Cada ponto reduzido da Selic representa uma economia de R$ 15 bilhões na dívida pública”, declarou Sérgio, dando a dimensão da montanha de dinheiro que vem sendo esterilizada com os especuladores. Ele frisou que naturalmente, “este é um raciocínio que foge do quadrado do mercado, deste que acabou de falir. “Os conservadores dizem que isso poderia colocar em risco o superávit primário. E daí?”

Segundo Sérgio Mendonça, o que garante emprego é investimento público: “O Brasil tem uma enorme possibilidade de sair na frente. Por isso é importante ampliar a pressão pela redução dos juros, pelo fortalecimento do papel do Estado”.

De acordo com Ademir Figueiredo, as elevadas taxas de juros em nosso país desvirtuam a atividade econômica, com os bancos no Brasil passando a ser corretores da dívida pública. “A inflação é de 5,9%, mas a taxa de juros dá mais de duas vezes mais. Se isso ta garantido, para quê eu vou emprestar. O governo reduz o compulsório, mas eles não colocam para a população, porque exercem uma função de corretagem”, denunciou.

Conforme Ademir, ao diminuir o gasto com juros o governo terá mais recursos, possibilitando a ampliação dos investimentos públicos, “o que poderá ser decisivo para as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)”. Um dos problemas do momento, alertou, é que como houve um recuo da atividade econômica em determinados setores, principalmente os ligados à exportação, tem empresários querendo tirar proveito da crise, propondo medidas que vão ampliar o buraco, como a redução de empregos e salários. “O caminho é o inverso disso”, concluiu.

Entre as prioridades do momento, avaliam os técnicos do Dieese, estão os investimentos no setor da construção civil, pelo número de empregos que gera e pela perspectiva que tem de dar respostas imediatas, priorizando moradia popular e construções de baixa renda. Criticando a ação daninha do Banco Central, “que trata tudo na horizontal”, os economistas do Diiese defenderam que é preciso encontrar saídas específicas para cada setor. A redução dos juros, frisaram, representaria uma melhora para todos.

Por Leonardo Severo.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.cut.org.br.

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Juros altos asfixiam o mercado produtivo, diz ministro do Trabalho

Brasília – O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, disse hoje (19), ao divulgar os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que a alta taxa de juros do país “asfixia” o mercado produtivo brasileiro. Lupi cobrou a redução da taxa básica de juros (Selic) e, conseqüentemente, que os bancos também reduzam os juros cobrados no mercado.

“Defendo a redução de juros, não só do Copom [a taxa básica definida pelo Conselho de Política Monetária], a Selic, mas dos bancos também. Hoje, o que asfixia o mercado produtivo no Brasil são as taxas de juros altas demais”, reclamou Lupi.

“Não adianta o Copom decidir baixar a taxa Selic e os bancos continuarem praticando taxas de juros abusivas. Os bancos tem que acompanhar. Cobrem do governo, que é o papel de todos cobrar. Mas vamos cobrar também dos bancos privados.”

O ministro não responsabilizou o Banco Central e o Copom pela onda de desemprego registrada no último mês, mas reforçou que as taxas de juros têm que cair. “Não digo que [o Banco Central] ajudou [na queda do emprego], o que ajudou a desempregar no Brasil foram os Estados Unidos”.

Lupi preferiu não falar em quanto a Selic deveria ser reduzida, mas afirmou que uma queda de 0,5 ponto percentual é o “mínimo” que se espera. “Tem que ser daí para cima”, pontuou.

Por Ivan Richard – Repórter da Agência Brasil.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.agenciabrasil.inf.br.

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