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Centrais acusam áreas não afetadas pela crise de flexibilizar direitos do trabalhador

Brasília – Dirigentes das principais centrais sindicais do país acusam empresários de setores que não foram atingidos pela crise de aproveitar o momento para flexibilizar direitos dos trabalhadores. Eles citam as áreas de energia elétrica e de cimento, as montadoras de veículos e ps bancos.

O presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah, classificou a atitude das empresas de chantagem. “Até certo ponto, pode-se colocar como uma chantagem empresarial”, disse Patah à imprensa, antes de reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para tratar das demissões.

Já o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique, considera oportunismo dos empresários as alegações de que necessitam reduzir a jornada de trabalho e os salários. Os sindicalistas defendem jornada menor desde que não haja alteração de salários.

“[Isso] coloca por terra a tese dos empresários de que no Brasil é difícil demitir. Se fosse difícil demitir, a gente não tinha tanto trabalhador demitido em 2008”, afirmou Henrique, referindo-se aos dados do Ministério do Trabalho que revelaram o fechamento de 654 mil postos de trabalho em dezembro do ano passado, o dobro da média para esse mês.

Henrique disse que cobrará do governo federal atuação dos banqueiros para minimizar os efeitos da crise, setor, que segundo ele, teve alto faturamento no ano passado e, “sentado na cadeira”, sem adotar medidas anticrise, estaria dispensando funcionários.

O presidente da CUT reclamou ainda de que a equipe econômica não está dialogando com os trabalhadores sobre a crise. “O Mantega [Guido Mantega, ministro da Fazenda] tem que conversar com os trabalhadores, não só com os empresários”, afirmou.

Por Carolina Pimentel – Repórter da Agência Brasil.

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Centrais sindicais vão ao Planalto pedir redução de impostos e da taxa de juros

Brasília – Ao chegar ao Palácio do Planalto para reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os dirigentes das principais centrais sindicais brasileiras afirmaram que cobrariam dele a redução da taxa básica de juros (Selic), de impostos e do superávit primário e também que o crédito chegue às micro e pequenas empresas para evitar demissões por causa da crise financeira mundial.

Para o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique, a hora é do Banco Central adotar política ousada e reduzir mais a Selic, que hoje está em 13,75% ao ano. “Para vocês verem, 1% na redução da taxa de juros representa R$ 15 bilhões a mais na economia”, disse ele, reforçando que o Banco Central precisa de uma proposta muito mais ousada de queda dos juros.

O presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, defende queda de dois pontos percentuais na taxa e juros e propõe aumentar para até dez parcelas o seguro-desemprego, retroativo a dezembro passado. “Isso para garantir alguma sobrevida para as pessoas que são demitidas”, explicou.

Segundo o sindicalista, o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) tem recursos para bancar mais parcelas. Ele informou que vai sugerir ao presidente aumento de 15% no salário mínimo.

Outra proposta dos sindicalistas é criar um banco de horas nos próximos três meses sem redução do salário, ou seja, os trabalhadores ficariam devendo horas de trabalho ao empregador. Elas seriam usadas quando a economia estivesse aquecida. “Reduzir salário, reduzir renda é um tiro no pé, é contra quem quer fazer proposta para sair da crise”, afirmou Henrique.

O presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah, criticou os bancos por usarem crédito facilitado pelo governo para a compra de títulos públicos. Segundo ele, o acesso a financiamentos deve ser facilitado para as micro e pequenas empresas.

“Achamos um absurdo quando se permitiu a utilização do compulsório pelos bancos para a compra de títulos públicos, em vez de se capilarizarem os recursos para os bancos pequenos”, afirmou Patah.

Por Carolina Pimentel – Repórter da Agência Brasil.

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