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Trabalhadores farão manifestações contra demissões por causa da crise

São Paulo – O presidente nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique, afirmou hoje (19) que a central realizará uma série de manifestações contra demissões de funcionários de empresas afetadas pela crise. Em entrevista coletiva concedida em São Paulo, ele anunciou um calendário de ações da entidade.

Amanhã (20), trabalhadores farão manifestações em Sorocaba, na rodovia Castelo Branco, em frente às montadoras da região do ABC Paulista e de Taubaté. “Vamos ter um dia inteiro de mobilizações e assembléias de trabalhadores”, afirmou.

Na quarta-feira (21), dia de reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), a CUT e demais centrais sindicais farão manifestações em frente aos escritórios do Banco Central nas capitais pedindo a redução da taxa básica de juros (Selic).

Já no próximo dia 11, no Rio de Janeiro, os sindicalistas devem fazer mobilizações em frente à mineradora Vale do Rio Doce, que já anunciou demissões depois do agravamento da crise.

Além disso, representantes da central em estados e municípios vão marcar reuniões com prefeitos e governadores para cobrar a manutenção dos investimentos e desonerações fiscais. Também devem ser agendadas reuniões com entidades empresariais para negociar medidas contra a crise que não prejudiquem salários e direitos dos trabalhadores.

Por Vinicius Konchinski – Repórter da Agência Brasil.

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CUT rechaça “oportunismo” e defende garantia de empregos contra crise

São Paulo – O presidente nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Arthur Henrique, reconheceu hoje (19) as dificuldades que a crise trouxe a alguns setores da economia brasileira, mas criticou alguns empresários que, segundo ele, têm sido oportunistas ao tratar do tema. Henrique disse que algumas empresas que anunciaram cortes de emprego foram beneficiadas por ações do governo, tiveram grandes lucros e, por isso, têm a obrigação de garantir o posto de trabalho aos seus funcionários.

“O impacto da crise é diferente em diversos setores”, disse Henrique, em entrevista coletiva. “Você tem os setores prejudicados, como o exportador, e outros que estão se aproveitando da crise para apresentar propostas de redução de trabalho e renda.”

De acordo com Henrique, resultados obtidos por bancos, grandes montadoras, companhias do setor de energia elétrica e do setor de mineração demonstram que esses segmentos têm condições de manter seus postos de trabalho. Contudo, algumas dessas empresas anunciaram que pretendem demitir “porque devem crescer menos em 2009”. “Não estamos nem falando de redução na produção, só em crescer menos do que no ano passado”, complementou.

“Uma montadora do Paraná diz que vai crescer dois pontos percentuais a menos e chamaram os trabalhadores para negociar”, exemplificou o sindicalista. “Querem cortar a jornada de trabalho com corte no salário do trabalhador. Isso não vamos aceitar.”

Segundo o presidente da CUT, as empresas têm alternativas que podem ser usadas antes da suspensão de contratos de trabalho ou da dispensa de funcionários por causa da crise. Ele citou como exemplo as férias coletivas, o corte de horas-extras e até mesmo folgas que depois podem ser compensadas.

Para ele, a suspensão do contrato ou a demissão reduziriam a renda da população, o consumo e, por conseqüência, a produção – o que agravaria ainda mais a situação das empresas já prejudicadas. “Isso [demissão] deveria ser a última medida e não a primeira, como tem sido proposto.”

Henrique disse ainda que vai aproveitar a reunião marcada para hoje (19) com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para pedir que todas as empresas beneficiadas por redução de tributos ou empréstimos de bancos públicos garantam a manutenção dos postos de trabalho.

“É necessário ter contrapartidas das empresas beneficiadas tanto por empréstimos do BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social], Banco do Brasil e Caixa como na utilização de recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador [FAT]. E a contrapartida é a garantia do emprego”, defendeu.

Por Vinicius Konchinski – Repórter da Agência Brasil.

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